Capítulo 22

5.1K 340 37
                                    

Na hora que eu estou quase conseguindo o que eu queria... o maldito celular toca! Miséria!

Ela salta de mim, como se fosse despertada de um transe! Droga! Mil vezes droga!

Olho no visor e vejo o número do meu pai! Mas não é possível que ele esteja me rastreando!

A voz do meu pai era de desespero no outro lado da linha, parece que havia acontecido um atentado terrorista... meu pai não sabia ao certo. Ele estava desesperado! Ele nunca tinha esquecido completamente minha mãe, embora tantos anos tivessem se passado.

Deixei transparecer toda minha magoa e rancor que nutro pela minha mãe na frente dela, não devia ter feito isso! Ela me olha desconfiada novamente e agora coberta de razão. Na volta eu tentaria reconquistar a confiança dela.

Saio em disparada para o aeroporto onde meu pai me esperava. Meu irmão estava vindo da Europa, onde tinha ido palestrar sobre as novidades neurológicas, no qual ele era um dos melhores, ou o melhor do mundo.

Cheguei e fui informado que o meu pai já tinha embarcado. Deixei o carro com o motorista e entrei na aeronave. Meu pai estava sentado, olhando para fora fixamente. Eu tinha que escolher bem as palavras, ele já não estava muito bem comigo, qualquer palavra errada ele descontaria tudo em mim.

Me sentei de frente para ele, mas ele continuava imóvel. O piloto informou decolaríamos, apertamos o cinto.

Já tinha passado algum tempo quando meu pai finamente falou.

- Sua mãe está desacordada. - Falou com a voz embargada.

- O que aconteceu de fato pai! - Tentei mudar de assunto. Depois de tantos anos meu pai ainda se preocupava com ela? Achava que até que ele ainda a amava.

- As informações são desencontradas, parece que um rapaz entrou na área próxima emergência e soltou uma bomba. Algumas pessoas se feriram e sua mãe, que estava de plantão e desceu para socorrer as vítimas, só que tinha outro escondido... malditos vermes!

- E a polícia...

- Está investigando, mas a prioridade agora é o socorro às vítimas, até agora foram cinco. - Ele parou por um momento e disse: - Geralmente vc sabe todas as informações antes de mim, o que aconteceu? Onde vc estava Jack?

- Eu estava na boate!- o que era uma meia verdade.

- Não parecia que estava lá. Estava tudo silencioso demais!

- Eu estava no escritório! - Menti, não queria entrar numa briga com meu pai, ele tinha pedido para eu me afastar de Angel e eu estava fazendo tudo ao contrário.

Ele me olhou desconfiado, mas estava mais preocupado com a minha mãe, que nas minhas aventuras sexuais.

A viagem era meio longa. Sabia que teríamos um dia cheio pela frente. Meu pai foi para a suíte e eu me acomodei na poltrona confortável e adormeci, queria mesmo era está dormindo nos braços de uma loirinha incrivelmente gostosa.

            _*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

Chegamos amanhecendo o dia. Antes que o avião aterrizasse eu escovei meus dentes e joguei uma água no rosto. O dia seria longo. Meu pai fez o mesmo.

A limusine já nos aguardava no aeroporto. Meu pai foi o primeiro a entrar. Nosso assessor de imprensa, e o chefe de polícia nos esperava no carro. Nos deixou a par da real situação. A polícia tinha encontrado o apartamento deles e possivelmente eram apenas os dois terroristas. Nenhuma organização terrorista tinha assumido a autoria.

Descemos no hospital. E durante o dia dava para ver a real situação do lugar! Tinha acabado a parte da emergência do hospital. Sorte que o seguro cobriria tudo, mas era uma obra gigantesca que viria pela frente.

Amantes na noite (Lovers at night)Where stories live. Discover now