DOMINIC

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SEGUREM O CORAÇÃO!!!!

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Júpiter está me seguindo com seu carro  e eu tenho certeza que essa noite pode resultar em um erro gigantesco. Agora, minha atração que já era gigantesca por Júpiter, está beirando a insanidade. Nós dois sozinhos em um lugar nada profissional, pode liberar o pior – ou melhor de nós dois.

Eu sei exatamente o lugar em que estou levando-a, e sei que não vou me arrepender de mostrá-la meu lugar secreto para pensar na vida e relaxar. É um bar intimista com a melhor cerveja artesanal da cidade. Quando estacionamos, percebo que Júpiter trocou os saltos por tênis e sorrio a sua visão. Ela sorri de volta e entramos juntos.

A luz baixa e as cabines iluminadas individualmente, tudo com o tema dos anos 50 fazem Júpiter sorrir. Continuo seguindo até o segundo e depois terceiro andar, até chegarmos a minha mesa favorita. O bar nos dá uma vista inteira da cidade e do céu límpido. Permito que ela sente primeiro e depois eu a sigo, me sentando em sua frente.

- Esse lugar é incrível. – Ela diz, ainda olhando a vista. E olhando para ela, sou obrigado a concordar. Ela, com essa vista ao fundo, é simplesmente incrível. – Como você descobriu isso aqui?

- Na faculdade. – Respondo, em quanto chamo o garçom. – Eu vinha pra cá trabalhar quando cansava do escritório ou de casa. Tem música boa e cerveja também. – conto. O garçom se aproxima e peço duas cervejas da casa e alguns aperitivos.

- Quantos anos você tem? – Júpiter pergunta, e eu sorrio.

- faço 29 em novembro, e você? – rebato, mesmo já sabendo a resposta.

- 26. Sua cor favorita? – Ela pergunta.

- Preto. E a sua?

- Preto também. – Ela diz e eu sorrio. E então nós continuamos esse jogo débil por mais quarenta minutos. Um fazendo perguntas ora bobas ora profundas para o outro e por conta de nossa aposta, éramos obrigados a sempre sermos sinceros.

- Sua banda favorita? – Ela pergunta, me olhando com os olhos semicerrados, e sei que essa pergunta significa muito.

- Rolling Stones. Você?

- Led Zeppelin. – Ela diz e eu sorrio. Eu a imaginava como uma garota do pop.

- Você é do tipo filhinho da mamãe ou do tipo que renega suas raízes? – Ela brinca, dando um gole em sua cerveja, e meus olhos são atraídos para o movimento suave de seu pescoço delicado.

- Os dois. Amo minha família, mas não nos vemos muito. – Eu digo, simplesmente. – E você?

- Sou muito próxima aos meus pais e nos vemos com frequência. Então acho que a primeira opção. – Ela diz, sorrindo. Continuamos conversando por mais vinte minutos ou meia hora, mas já tomamos duas cervejas cada um e estamos dirigindo, então concordamos que é hora de ir. Eu pago a conta e caminhamos juntos até nossos carros, ainda nos fazendo perguntas aleatórias.

- Seu maior medo? – Eu pergunto, olhando em seus olhos, conforme andamos devagar. A noite está silenciosa e gosto disso.

- Perder meu pai. – Ela fala, simplesmente e pelo seu tom, sei que esse é um assunto do qual ela prefere não falar sobre. Respeito seu silencio e absorvo toda a sua presença do meu lado. Quando chegamos ao seu carro, ela destranca as portas e segura a maçaneta, mas para no meio do caminho e me olha com seus olhos doces e atrevidos. Sua boca rosada é perfeita e forço meus olhos de volta aos seus para entender sua hesitação.

- Uma última pergunta. – Ela fala, se virando em minha direção e queimando meus olhos com os seus. – Qual é a coisa que você mais quer na vida? – Ela sussurra, e eu sinto a tensão tomar conta de todos os meus músculos conforme a compreensão de suas palavras me arrebate. Ela parece prender a respiração e sei que ela está sentindo o mesmo que eu. Nós dois sabemos que devemos falar a primeira coisa que tivermos na cabeça e é por isso que não me impeço de dar um passo em sua direção, ficando tão perto que nossas respirações se misturam. Júpiter está com uma blusa fina e está sem sutiã então posso ver e quase sentir seus mamilos apontados, pedindo atenção. Seu lábio inferior estremece e isso me faz abrir um sorriso de canto. Ela me quer. E é por isso que faço questão de dizer lentamente.

- Você. – sussurro. – A coisa que eu mais quero é você. – termino, e antes que qualquer um de nós pudesse compreender, nossas bocas já estão juntas, se devorando vorazmente. Júpiter está entregue, seus lábios são macios e cheios e se encaixam com perfeição nos meus. A pressiono firmemente contra a lataria de seu carro e permito que minhas mãos passeiem por seu corpo curvilíneo, conhecendo cada curva, cada canto, cada toque desesperado. Júpiter morde de leve meu lábio e meu pau lateja. Suas mãos estão presas em meu cabelo, fazendo um carinho quase inconsciente em minha nuca e eu a sinto arrepiar dos pés a cabeça. Cada movimento da sua língua contra minha, cada suspiro e pequeno gemido que ela me entrega, fazem com que eu fique cada vez mais duro e que a sensação magnânima que estou sentindo se alastre por cada canto do meu peito. Seu corpo, seu gosto, sua voz, ela inteira foi feita pra mim. Tiro suas mãos do meu pescoço e as prendo na lateral de seu corpo enquanto desço meus beijos por seu rosto, deixando um rastro por seu maxilar, até chegar em seu pescoço. Ela parece sôfrega e geme baixo conforme eu alcanço e descubro cada ponto sensível do seu pescoço e ombros e sinto que estou perdido. Perdido para sempre. Ela se remexe, tentando se soltar, mas a mantenho presa sobre meu aperto delicado, deixando-a a minha mercê. Ela se remexe e sei exatamente aonde ela quer que eu a beije. Tenho que me lembrar que estamos em público, então tudo o que eu faço é manter minha boca em seu pescoço enquanto circulo seu mamilo por cima da camisa. Ela está de olhos fechados absorvendo cada sensação e eu sorrio.

- Você é o paraíso, Júpiter. – Eu digo, baixinho, voltando a beijar seus ombros e pescoço. – Que boca doce. – Eu falo, voltando a chupar levemente seu lábio inferior. Ela me puxa e me beija profundamente mais uma vez e eu solto um grunhido baixo, desconfortável com o volume dentro da minha calça.

- Doce... – Eu repito. – Tão doce... – E eu volto a beijá-la. Júpiter parece tão perdida quanto eu, mas, subitamente, ela para de me beijar e me empurra para longe. Sem entender o que acabou de acontecer, fico parado a olhando com o cenho franzido.

- M-me desculpe. – Ela fala, endireitando a blusa e os cabelos. – Isso foi uma péssima ideia. – Ela diz e eu nego automaticamente.

- Eu fiz alguma coisa que não te agradou? – Pergunto, com cuidado.

- Não, é claro que não. – Ela garante. E me sinto aliviado. – É só que... Nós não deveríamos. Você é meu chefe e isso não é certo. – Ela diz e antes que eu possa rebater, seu celular toca e ela olha o visor rapidamente antes de desligar. – Eu preciso ir. – Ela diz, já completamente composta.

- Por que você está fugindo? – Eu pergunto, confuso.

- Eu não estou. – Ela fala, e nós dois sabemos que ela está mentindo. Magoado com a mentira, me limito a ficar sério e concordar com a cabeça ainda sentindo meu corpo pedir o seu.

- Boa noite, Júpiter. – Eu falo, seguindo para o meu carro.

- Boa noite, Dominic. – Ela responde, e em dez segundos ela já sumiu estrada a fora. Respiro fundo, ligo o carro e vou pra casa.  

O UNIVERSO ENTRE NÓS  - COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora