JÚPITER

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Eu o amava tanto.

É a primeira coisa que me pego pensando quando chego em casa após ter acordado com Dominic aninhado a minha barriga em sua casa, depois de dois meses sem nem ao menos ouvir sua voz. Eu ainda o amo tanto quanto antes. Na verdade, acho que amo até mais. Se é que isso era possível. Eu ainda estava magoada, mas não podia e nem queria me fechar para um recomeço. Nós já havíamos perdido tempo demais. Quando acordamos embolados, Dominic tinha o sorriso mais lindo do mundo estampado em seu rosto, ele me deu um leve beijo na testa e um abraço firme antes de me soltar e fazer café para nós dois. Esclarecemos alguns pontos chave que havíamos atropelado na noite anterior, como não termos contato íntimos até estarmos juntos pra valer, se isso viesse a acontecer. Conversamos sobre meu trabalho na Arquity e fiquei orgulhosa por ele ter tentado me convencer a voltar para a Riviera – apenas! – duas vezes. Não contei para ele que estava apenas em um contrato de três meses com a Arquity para ser diretora de um projeto solo e que depois voltaria para a Riviera de qualquer forma. Ele que cozinhasse em banho morno, sabendo que eu estava com o inimigo por tempo indeterminado. Ele fingiu estar bravo, mas era nítido sua felicidade por me ter ali novamente. Ele havia passado metade da manhã conversando com o bebê e o incluindo em todas as nossas conversas. Combinamos de começarmos a ver móveis e todo o resto do enxoval na semana seguinte. Ele não invadiu meu espaço em nenhum momento ou tentou me tocar de qualquer forma que não fosse ingênua e apreciei isso. Quando ele me deixou em casa, prometendo vir me buscar para jantarmos com meus pais, apenas me deu um leve beijo na bochecha e outro em minha barriga. Assim que entro em casa uma Luísa me esperava largada no sofá. Assim que ela me vê, ela abre um sorriso gigante.

- Finalmente! – Ela grita. – Aposto que sua perereca estava com mais saudade do perereco dele do que todo o resto! – Ela diz, com um risinho malicioso e eu caio na gargalhada.

- Perereco e perereca? – pergunto, ainda rindo. – Qual o seu problema e de Jade em falar boceta e pau?

- Não seja tão rude, Júpiter. – Ela fala, num tom mandão, imitando minha mãe e eu rio mais.

- Não transamos. – digo, finalmente. – Só conversamos e esclarecemos tudo.

- Ele parecia muito atordoado na festa. – Luísa diz, com pesar. – Não é todo dia que se descobre que será pai. E como ele reagiu?

- Da melhor forma possível. – digo, com um sorriso. – Está mais babão que eu.

- E vocês? – Luísa pergunta, com um sorriso. – Como casal?

- Nós nos amamos, mas temos um longo caminho a percorrer antes de voltarmos a ficarmos juntos de verdade, Lú. – digo, sendo sincera. – Preciso voltar a confiar nele completamente. Ele sabe disso também então combinou de não forçar a barra.

- Quanta maturidade! – Luísa grita, batendo palmas orgulhosas. – Não foi tão difícil, foi? – Ela pergunta, empurrando meu ombro com o seu, me olhando com carinho.

- Não, Lu. – solto, respirando fundo. – Acho que foi um passo na direção certa.

- Sabe o que isso significa? – Ela pergunta, abrindo um sorriso. E faço que não com a cabeça. – Que seu felizes para sempre está de volta aos trilhos, planetinha! – Ela grita, estalando um beijo em meu rosto. – Agora vai tomar um banho que Thomas está vindo aí.

- Fazer o quê? – pergunto, apesar de saber da resposta.

- Maratonar Friends, é claro! – Ela diz, com obviedade e eu caminho até o banheiro com um sorriso de orelha a orelha. Não lembrava a ultima vez que havia tido um dia tão bom.

O UNIVERSO ENTRE NÓS  - COMPLETOHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin