JÚPITER

6.1K 601 30
                                    


- Por onde você estava esse tempo todo? – Eu ouço a voz rouca de Dominic perguntar para meu corpo sonolento. O sol esquenta a cama e nos envolve deliciosamente. Estou nua, coberta por um lençol leve e seguro a vontade de sorrir para sua declaração. Me mexo, fingindo despertar e rolo até ficar em cima dele, que solta um som rouco de aprovação. Beijo seu pescoço, ombros e queixo e aproveitando que está distraído, rolo para fora da cama e arrasto o lençol comigo. Dominic me encara confuso, mas tudo que consigo fazer é deslizar meus olhos por seu corpo nu perfeito. Seu membro está ereto e eu lambo os lábios. Levo meus olhos aos seus e ele me olha como um predador. Pisco duas vezes para quebrar o feitiço e corro para o banheiro me trancando lá. Sem chance de beijá-lo com hálito matinal. Escovo meus dentes, uso o vaso sanitário e prendo meus cachos em um coque alto. Quando abro a porta do banheiro, mal tenho tempo de pensar antes do vulto maciço de Dominic me atingir. Ele me levanta do chão e crava a boca em meu pescoço.

- Preciso estar dentro de você agora. – Ele murmura e eu gemo em concordância. Antes que eu perceba, o lençol já está no chão, Dominic já desenrolou uma camisinha em seu membro e dentro do chuveiro, a água cai firme e torrente sobre nós enquanto ele me preenche.



________________



Vou pra casa e encontro Luísa deitada no sofá, lendo alguns papéis. Ela está concentrada e sei que está trabalhando.

- É um sábado de manhã, você não deveria estar trabalhando. – Eu brinco, passando a mão por seu cabelo. Ela sorri pra mim e volta seus olhos para os papéis.

- Estou adiantando. – Ela diz. – E aí, como foi sua escapada noturna? – ela pergunta, me olhando, com um risinho.

- Maravilhosa. – Eu digo, deitando ao seu lado. – Épico. Extasiante...

- Já entendi, já entendi... – Luísa diz, tapando os ouvidos.

- E você??? – Pergunto. – Como foi com o Gael???

- Foi muito bom. - Luísa diz, com o cenho franzido. – A gente dançou a noite toda juntos... Você sabia que ele sabia dançar daquele jeito??? – ela pergunta.

- De que jeito? – Eu indago, confusa.

- Muito bem. – Luísa responde. – Muito bem tipo... profissionalmente.

- Eu não fazia ideia – Respondo, chocada.

- Nem eu imaginaria, ele é gigante e cheio de músculos. – Ela diz... mordendo o lábio e eu rio.

- E por que você parece tão decepcionada? – pergunto, a cutucando. Ela desvia os olhos dos meus.

- A gente se beijou... Furiosamente... – Luísa conta. – Achei que nós fossemos para os finalmentes, mas ele simplesmente congelou e acabou com o clima.

- Como assim? – Pergunto confusa.

- Eu não sei... Uma hora ele estava fervendo sobre mim e na outra parecia que tinha visto um fantasma. – diz, triste. – Ele me colocou no carro, me trouxe pra casa, se desculpou e foi embora.

- Eu não estou entendendo nada. – Eu disse, totalmente perdida. – Isso não faz sentido nenhum.

- Pois é. – Luísa diz, dando de ombros. – Devo ter feito algo que ele não gostou, ou algo assim.

- Não pensa assim, Lu. – Eu digo, segurando sua mão, odiando ver a tristeza em seu rosto. – Vocês vão conseguir esclarecer isso. – garanto.

- Não sei, não. – Ela diz, se levantando. – Agora, você vai se arrumar, vamos almoçar com meus pais.

- Sim, senhora. – Eu digo, me levantando e seguindo para meu quarto.

Uma hora depois, chegávamos a casa dos pais de Luísa num bairro residencial. Sua família era maravilhosa e me tratavam como uma filha. Era sempre maravilhoso estar com eles. Eles moravam em uma casa aconchegante e arejada, onde Luísa havia passado poucos anos de sua vida, já que havia morado no exterior desde a infância. Seus pais se mudaram para a Inglaterra quando ela tinha oito anos e só voltaram quando ela tinha 18.

- Oi minhas meninas! – tia Cora diz, nos recebendo com um abraço. Ela continuava a mesma de sempre, os cabelos castanhos ondulados, os olhos claros, o mesmo sorriso de Luísa.

– Que bom que vocês chegaram. – Ela diz, nos levando para dentro. – Já servimos o almoço. – Ela conta. – Recebemos uns amigos de longa data, que não víamos desde nossa adolescência no Sul! – Ela diz, animada. – Eles vieram visitar o filho e decidiram almoçar conosco.

- Que legal, tia Cora. – eu comento, sorrindo. Continuamos andando para os fundos da casa, onde fica sua grande mesa de jantar. Mas assim que chegamos eu empaco. A mesa está cheia de pessoas sorridentes, que nos encaram com interesse genuíno. Mal posso ouvir tia Cora nos apresentando, porque tudo que consigo ver é Dominic sentado na ponta da mesa me encarando surpreso. Levo meus olhos para os outros membros, e percebo que todos são incrivelmente parecidos. Os cabelos fartos e negros de Dominic, os olhos escuros, a estrutura óssea. É a família de Dominic me encarando. O pai, a mãe e a irmã, é óbvio. Estremeço da cabeça aos pés. Estou fodida. 

O UNIVERSO ENTRE NÓS  - COMPLETOWhere stories live. Discover now