JÚPITER - PARTE II

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- Surpresa! – Rodrigo fala, com um sorriso assustador cravado em seu rosto. Eu olho para Dominic, minhas mãos estão tremendo.

- Que porra é essa? – Dominic pergunta, a confusão marcando cada uma de suas palavras.

- Você fode com a gente, e a gente fode com vocês. – Giovanni fala, com tanto ódio que estremeço.

- Do que diabos você está falando? – Eu pergunto, saindo de trás de Dominic.

- Júpiter, docinho... – Rodrigo fala, comendo meu corpo com os olhos. – Você é apenas dano colateral. Já que o casal feliz não se larga nem um minuto do dia, tivemos que pegar você também. – ele explica, caminhando pelo quarto. – E bem, Eva queria se divertir um pouco com você. – ele diz, dando de ombros.

- Sim, nós ainda vamos nos divertir muito. – Eva diz, me olhando como uma caçadora. – Vou te fazer aprender a não roubar o homem dos outros. – Ela grita, vindo na minha direção, mas Rodrigo a segura.

- Calma, lindinha. Teremos tempo. – ele diz, em seu ouvido, lambendo seu pescoço depois, e meu estomago revira. Dominic aperta minha mão.

- O que vocês querem? – Eu pergunto, baixinho. Os brutamontes mascarados olham descaradamente para meus seios.

- Muitas coisas... – Giovanni diz, correndo os olhos por meu corpo. – Mas, o principal é que você Dominic vai desfazer todos os contratos com a Golveia, e nunca mais vai por a porra de um dedo em nossos contratos, entendeu? – ele pergunta. – Isso aqui é só um pequeno susto amigável, para você saber o que acontece com quem irrita aos irmãos Golveia, e bem... A uma viciada em pó. – declara, rindo.

- EU NÃO SOU VICIADA! – Eva berra, e ri em seguida. Completamente alucinada.

- Onde Eva entra nisso? – Dominic pergunta, enojado.

- Você faz perguntas demais para um homem sequestrado, Dominic. – Rodrigo diz, sério.

- Ela tem uma boceta deliciosa e achamos que seria divertido separar o casalzinho depois de toda a dor de cabeça que vocês nos deram. E meu velho pai também, mas ele não será mais um problema. – Giovanni diz, dando de ombros. – A morte natural é ou não é algo chocante? – ele pergunta, se aproximando de mim, as mãos correndo pelo meu braço. Dominic se retesa ao meu lado.

- Por que vocês simplesmente não tentaram convencer o pai de vocês? – Dominic pergunta, me puxando contra si.

- O velho tinha senso de moral. Não concordava com nossas outras atividades. – ele responde, e fico tonta com a menção de seu pai em tempo passado. Monstros.

- Vamos logo com isso, querido. – Eva diz.

- Nós não queremos machucar nenhum dos dois, isso aqui é apenas uma brincadeira amigável e o cumprimento de uma promessa. Se vocês se comportarem e assinarem o contrato que trouxe comigo, desfazendo nossas conexões e doando 50% de suas ações para a Golveia, nós deixaremos as portas abertas e um celular para você chamar a cadelinha do Gael. E nem tente nos denunciar, porque você não terá provas nenhumas. Somos muito cuidadosos com nossos passos e rastros.

- Considere isso, uma oferta de paz. Cada um seguirá sua vida sem se meter nos negócios do outro. Até porque, seremos sócios, precisamos nos dar bem, não é, Dom? – Rodrigo pergunta, rindo. Então ele coloca a mão dentro do paletó, e então eu vejo a arma presa a sua cintura. Ele tira um saquinho cheio de pó branco do bolso e Eva abre um sorriso em excitação. Vejo Rodrigo colocar uma carreira na própria mão e cheirar profundamente. Depois faz mais outra e estende a mão para Eva, que parece prestes a ter uma síncope. Ela cheira a carreira e cambaleia, anestesiada.

O UNIVERSO ENTRE NÓS  - COMPLETOWhere stories live. Discover now