WHILE YOU WERE SLEEPING

CAPÍTULO OITO - O Amanhã.

Bem vindos (as) ao oitavo capítulo!

Aproveitem cada palavra, comentem muito e divulguem muito!

ATENÇÃO NOTAS FINAIS.

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MILLIE

-Boa Noite dorminhoca – Gaten sorriu rindo.

-Dorminhoca? – Caleb perguntou franzindo o cenho – Porque sempre está de pijama? – Questionou o garoto rindo.

- Não é pijama, isso é uma calça de moletom e uma blusa normal! Idiota – Praguejei em meio a risada.

-Liguei pra falar com ela só faltou me matar via telefone, devia estar tendo um sonho muito bom ou muito ruim – Gaten contou debochado.

-Já perceberam que a Millie é sempre a última a chegar? – Sadie apontou rindo.

-Meu Deus, eu mal pisei aqui é já me bombardeiam assim, Oi pra vocês também pessoal – Cumprimentei debochando.

-Você sabe que a gente te ama e principalmente eu – Noah lembrou vindo até mim e me beijando.

Sorrio pra ele sento-me ao seu lado no chão onde estavam mil coisas espalhadas. Todos estavam ali, exceto Finn. A curiosidade me ataca e a vontade de perguntar me invade, porém permaneço-me em silêncio.

Dormir por tanto tempo e a caminhada até aqui me deu fome. Levanto-me de onde estava e caminho até a cozinha descontraída. Mexendo no celular acabo por não me dar conta de quem estava na cozinha.

Assim que chego em frente da geladeira abro a mesma e pego um suco de laranja. Giro meus calcanhares fechando a porta da geladeira e um grito escapa de meus lábios enquanto dou um pulo pra trás.

-Estou tão feio assim? – Ele perguntou rindo baixo.

-Não é isso, quero dizer, você não está feio, só assustei porque não tinha te visto – Expliquei claramente nervosa tropeçando em todas as palavras.

-Certo Brown – Ele se deu por vencido – Vai querer? Eu mesmo que fiz, são caseiros – Ele perguntou apontando pra chapa onde ele estava fritando um hamburguer.

-Sério? – Perguntei desconfiada e ele assente com a cabeça – Então eu quero – Respondi sorrindo e ele joga mais um hamburguer na chapa.

Era estranho. Essa era pelo visto nossa primeira conversa que eu me lembre depois de muito tempo. Mesmo que era óbvio que tenhamos trocados quase mais do que palavras na noite da festa, eu não conseguia me recordar de uma palavra se quer. Era diferente e estranho, era como se estivéssemos a quilômetros de distância, sendo que estamos a centímetros um do outro.

-Vai preparando os pães aí – Ele instruiu e eu assim faço em silêncio.

Pego os pães e arrumo. Com salada, queijo, e todo o resto. Assim que ele termina ele coloca os hambúrgueres nos pães e eu fecho ambos.

-Acho melhor comermos aqui, se sair com isso pra lá vai acabar antes que morda – Finn sugeriu rindo e eu concordo.

Ambos sentamos na ilha de centro que existia na cozinha que obtinha bancos em volta.

-Está muito bom – Elogio assim que mordo.

-Obrigado – Agradeceu o garoto com a boca cheia toda suja de molho em volta.

Rio da situação em que ele se encontrava e ele limpa a boca.

Terminamos de comer em um silêncio matador. Assim que eu termino de comer caminho até a pia para lavar meu prato. Ouço passos se aproximarem e um corpo atrás de mim. Finn passa por mim e se posiciona ao meu lado. Começamos a lavar os pratos sujos e tudo que havíamos sujado.

Em um gesto rápido e que passará despercebido pelos meus olhos, Finn agarra a torneira móvel e vira a ponta dela em minha direção lançando um jato de água em meu rosto me ensopando por quase completo.

-EU NÃO ACREDITO – Gritei fitando o garoto boquiaberta.

Tomo o objeto de sua mão e faço o mesmo com ele que me olha perplexo e assim começamos a correr pela cozinha. Me desligo por um segundo e escorrego na água quase indo ao chão se não fosse por ele agarrar minha cintura.

- Opa – Ele alertou rindo.

- Interrompo? – Escutei uma voz dizer da porta da cozinha, era Sadie – Está tudo certo por aqui? – Ela perguntou intercalando seu olhar entre meus olhos e os do garoto.

-Não, digo, sim está tudo certo... Finn e eu só estávamos jantando – Respondi e saio o mais rápido possível da cozinha.

-Porque está molhada? – Noah questionou assim que chego na sala.

-Finn molhou ela – Sadie contou voltando pra sala acompanhada de Finn.

Noah me encara sem entender e faço sinal que explicaria depois pra ele. Percebo que um clima estranho passa a pairar no local. Eu e Finn nos entreolhamos e percebo que ele está tão sem graça quanto eu.

-Bom...o que está combinado? – Perguntei tentando aliviar a tensão.

-Seguinte – Caleb começou – Devido ao meu vexame ontem preciso me redimir com meus queridos amigos que não aproveitaram a festa ontem, então estaremos indo amanhã para o Lago, todos prontos as seis da manhã na casa do Noah, iremos em dois carros, no do Noah e no meu! Amanhã dividimos quem vai em qual! Já reservamos a cabana, pegamos uma maior, então todos ficaremos juntos, iremos acertar os valores lá então levem os cartões – Caleb explicou.

-Certo, preciso só comunicar lá em casa disso, ficaremos quanto tempo fora? – Perguntei nervosa com o que pode acontecer.

-Quatro dias – Ele respondeu e eu sinto minha garganta travar.

-Tudo isso? – Questionei.

-Sim, essa será uma viagem de despedida de todos, após isso sabe lá quando viajaremos novamente, será inesquecível – Gaten afirmou sorridente.

Apenas assinto com tudo e permaneço em silêncio o resto da discussão. A nossa pequena reunião acaba e Noah me deixa em casa já que estava de carro. Chego em casa e meus pais ainda estão acordados na sala.

Explico sobre nosso breve passeio de última hora. Custou muito, já que eles não estavam tão felizes por eu não parar em casa, mas eles acabaram por permitir já que daqui a pouco tempo jamais iriamos conseguir reunir todos juntos com frequência.

Corro para o andar de cima chegando no meu quarto. Arrumo minha mala e depois checo se estou levando tudo. Deito-me na cama e fecho os olhos tentando manter a cabeça no lugar e tentando respirar fundo para não pirar.

Amanhã iria ser nossa viagem, inesquecível? Com certeza, essa viagem vai trazer tantas coisas, vai revirar o passado, vai bagunçar sentimentos mais do que já estão sendo bagunçados por si só. Eu iria experimentar reviver meus maiores pesadelos ousando encostar uma última vez na ferida que por tanto tempo esteve aberta escondida entre as alegrias do dia a dia. 

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