CAPÍTULO TRINTA - O Passado.

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Bem vindos (as) ao trigésimo capítulo!

Aproveitem cada palavra, comentem muito e divulguem muito!

ATENÇÃO NOTAS FINAIS.

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SADIE

Do fatídico dia do acidente tudo que me recordo são pequenas coisas atuando como flashes na minha mente. Vultos que me lembravam de poucas coisas como se fossem filmes cortados, mínimos detalhes apenas. Gritos, discussões e lágrimas, mas o contexto de tudo era perdido em minhas memórias falhas.

Forcei-me dia após dia para tentar lembrar, tentar entender, mas tudo que passa na minha cabeça é um grande branco, um nada.

Já era noite. Ao que fiquei sabendo iria acontecer uma festa esta noite, porém infelizmente encarando meu estado de saúde atual o que me restaria era ver tudo pelo meu celular.

Respirei fundo deitada naquela cama. É tedioso estar aqui todo dia, o dia todo, sem fazer absolutamente nada. Meus pais estavam exaustos então insisti para que fossem para casar dormir de forma adequada na noite de hoje.

Sou tirada de meus devaneios quando meu celular vibra ao meu lado e logo atendi a chamada notando ser Finn.

-Oi – Falei ao atender sentindo minha garganta arranhar. Ainda era difícil falar ou formar frases, mas eu estava melhorando.

-Quer que eu fique com você? – Perguntou ele preocupado.

- Não precisa, pode ir se divertir – Respondi calma, eu não podia privar o garoto.

- Qualquer coisa me ligue – Pediu ele.

-Tá bem – Respondi encerrando a ligação.

Eu o sentia distante. Sentia que ele me ligava ou se importava muitas vezes por pena ou culpa. Ele não era o mesmo. Eu não queria prendê-lo a mim se essa não fosse a vontade dele, por isso, nos últimos dias tenho tentado deixar as coisas fluírem de forma confortável para ambos.

Deixei o celular em cima da bancada ao lado da cama e em instantes a enfermeira do turno da noite entrou no quarto medindo meus parâmetros, tomei alguns remédios enquanto ela trocou o soro. Por fim ela me entregou meu jantar.

Como a comida de hospital a qual já estava enjoada mesmo estando a poucos dias acordada. Era boa, porém sem sal, tempero e quem me conhece sabe que eu gosto de uma comida bem temperada.

Terminei de jantar e com dificuldade arrisquei caminhar até o banheiro para escovar os dentes. Me apoiando no suporte do soro como uma bengala em passos calmos cheguei ao meu destino. Penteei meu cabelo que estava cheio de nós.

Terminando meus afazeres retornei para a cama e fito o teto por alguns instantes. Nessa rotina já havia se passado das duas da manhã, eu? Eu estava com um total de zero sono.

Meu celular apitou e eu o agarro percebendo ser uma mensagem de texto.

"Olha pra porta"

Dizia a mensagem no anônimo. Fitei então a porta no mesmo momento franzindo o cenho e percebi pela sombra em baixo da mesma que alguém se encontrava atrás dela.

-Entra – Pedi aflita de quem iria se revelar.

A porta se abriu e me surpreendeu ver quem era.

-Caleb? O que faz aqui? – Perguntei com dúvida.

-Vim ver como minha amiga está, percebi que todos estavam na festa e comentaram que seus pais não estariam aqui, achei que gostaria de companhia – Ele alegou e eu sorrio.

WHILE YOU WERE SLEEPINGWhere stories live. Discover now