CAPÍTULO TREZE - Tempo.

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Bem vindos (as) ao décimo terceiro capítulo!

Aproveitem cada palavra, comentem muito e divulguem muito!

ATENÇÃO NOTAS FINAIS.

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SADIE

O som estrondoso do choque do carro contra a caminhonete a minha frente faz meus pulmões comprimirem com a respiração profunda que tomo. Sinto tudo rodar e o carro derrapar na pista. Meu corpo é tomado por uma pressão absurda e dolorosa que instantes depois desaparece.

Um apito agudo e alto ecoa no lugar e começo a piscar meus olhos freneticamente procurando alguma reação do meu corpo. Olho pra cima com dificuldade. O carro obtém uma rachadura significativa o suficiente para que eu consiga observar as árvores com seus galhos carregados de neve.

Tento respirar com dificuldade e aos poucos vou cedendo meu corpo a luz branca brilhante que aparece. Uma única lágrima escorre dos meus olhos e eles se fecham naquele momento. Sozinha, no frio, magoada e machucada. Assim seria o meu fim?

Descanso os olhos e deixo tudo aquilo ir embora.

MILLIE

Todos haviam adentrado na cabana. O frio havia se intensificado e eu sentia o arrepio na espinha a cada instante. O nó na garganta parecia queimar cada vez mais, era como se um ferro em brasa tivesse sido estacado em minhas entranhas. Tento respirar fundo e encarar os fatos, mas a covardia me consome e eu mal consigo olhar para Noah.

O silêncio era tão forte naquele ambiente que se podia ouvir a respiração de cada um dos cinco ali. Tomo o único pingo de coragem que obtenho e ergo meu olhar em direção a todos.

Gaten e Caleb estavam escorados na janela virados para o lado, pareciam cochichar algo bem baixo, devem estar comentando essa fatalidade, ou simplesmente tentando entender.

Noah estava sentado na cama com o olhar fixo ao chão. Seus cotovelos apoiados nos joelhos e seus pés presos ao piso de madeira. Ele não demonstrava qualquer reação ou emoção.

Meu olhar roda mais um pouco e ele está ali. Encarando-me da mesma forma que eu o encaro. Com os olhos fundos e marejados, percebo que ele está destruído. Minha vontade era de conforta-lo, mas nossa história pode causar muita dor. Infelizmente, não é mais tão simples.

Percebo um outro olhar sob mim, e dessa vez meu coração quebra em mil cacos. Noah a observar a minha troca de olhares com Finn. Sem acreditar, sem dizer nada ele retorna seu olhar ao chão.

Caminho até o garoto sentado e sento-me ao seu lado sem dizer nada. Sinto as lágrimas começarem a rolar. Era um momento delicado. Não sabia o que dizer ou o que pensar.

-Porque? – Ele perguntou quebrando o silêncio com o tom de voz baixo.

- Eu sinto muito – É tudo que eu podia dizer naquele momento. Não tinha como mentir mais.

-Tudo, eu e você, foi uma mentira? – Noah perguntou levantando o olhar sério pra mim com as lágrimas já rolando pelo seu rosto.

Olho no fundo dos seus olhos e sinto o frio que sua expressão transmite agora.

-Não, nunca foi uma mentira, eu amo você! – Contei respirando fundo.

-Mas? – Noah instigou sabendo que minha fala obtinha um "porém".

-Não tem mas... – Conclui ainda com os olhos focados nos do garoto.

O silêncio veio na hora certa. De forma gradativa os sons das sirenes ecoam. Minha mão começou a suar frio e meu coração a disparar ainda mais. Viro em direção da porta e abro-a rapidamente saindo na área externa em direção a estrada.

WHILE YOU WERE SLEEPINGWhere stories live. Discover now