+ 98 dias

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Josh

- Quando você vai voltar para a faculdade? – não desviei os olhos da tela do computador, mas sabia que ela revirou os dela.
O sol do finzinho da tarde iluminava todo o quarto, me fazendo apertar os olhos para enxergar melhor o site que eu fingia ler.
- Já disse que não sei – Donnie disse baixinho.
- Se você não sabe, então quem é que vai saber? – provoquei.
- Deixa de ser grosso – ela ainda falava do jeito que me deixava desarmado.
- Não estou sendo grosso, estou fazendo uma pergunta séria... Você não pode ficar pra sempre dentro desse quarto. Já perdeu uns três meses de aula...Você acha que Mike gostaria de saber que você está desperdiçando sua vida assim? – pronto, tinha tocado no ponto fraco. Já me preparei pras lágrimas e a clássica corrida até o banheiro, onde ela se trancaria até eu ir embora, ou pelo menos fingir que ia, e voltar quando ela começasse a chorar de verdade.
Mas pra minha surpresa, Donnie me olhou fixamente por alguns segundos e então levantou, respirou fundo e saiu do quarto. Simples assim. Ela abriu a porta e desceu as escadas. Depois de oitenta dias confinada, ela saiu. E tudo o que eu precisei fazer foi ser malvado. Alguém deveria ter me avisado que ser bonzinho e compreensivo não estava adiantando, eu já teria tentado essa nova técnica há muito tempo.
Desci as escadas atrás dela, e a encontrei na cozinha.
- Senti falta dessa cena – comentei encostado no batente da porta. Donnie estava parada diante da geladeira aberta, sem realmente vê-la, eu sabia. Ela sempre disse que "pensava melhor olhando as prateleiras e comidas", Mike dizia que não fazia sentido, mas eu sempre achei que fazia sim.
Ela não me olhou, nem esboçou reação ao meu comentário. Eu ainda esperava as lágrimas, os soluços desesperados e estava pronto, como sempre, para ambos. Mas Donnie não parecia nem de longe a garota apática que não saía do quarto a dois meses, olhando pra ela vestindo legging preta e a blusa de um pijama que parecia um vestido, quase me lembrei daquela Donnie de antes, a garota vaidosa, um pouquinho esnobe e extremamente de bem com a vida.
- Então, será que rola um daqueles sanduiches que só você sabe fazer? – tentei amenizar o clima, sentando em um dos bancos perto da geladeira. Ela ainda estava de costas para mim quando suspirou e passou a mãos pelos cabelos bagunçados. Esperei algum tempo, ainda com medo que ela se desfizesse em lágrimas, mas torcendo para que ela se mantivesse forte, afinal, só de estar ali na cozinha completamente branca de sua casa, já era uma vitória.
A observei de costas, notando como ela tinha emagrecido, como seus cabelos estavam desgrenhados, como sua postura tinha se tornado ligeiramente encurvada... Mas nem isso tirava sua beleza.
Um dos vizinhos estava ouvindo The Funeral, do Band of Horses, e eu pensei em comentar o bom gosto da pessoa e timing horrível que ela tinha, afinal, quem escuta uma musica com aquele nome no ultimo volume, sabendo que a vizinha estava de luto? Foi quando Donnie virou devagar e me encarou por uns dois minutos antes de dar de ombros. Ela era a personificação da tristeza. E aquilo me destruía.
Também dei de ombros e abri os braços, ela não hesitou em dar um passo na minha direção, passando os braços por meu pescoço e escondendo o rosto ali.  Abracei sua cintura, apertando-a contra mim, e pude constatar que ela havia mesmo perdido muito peso.
Passado um tempo, nenhum dos dois havia se mexido, eu comecei a cantarolar a letra da música que ainda tocava na casa do vizinho.
- And in every occasion I'll be ready for the funeral - cantei bem desafinado e senti Donnie dar uma risadinha sem vida contra meu pescoço. Ela encostou a testa na curva entre meu pescoço e ombro, então começou a cantar bem baixinho.

I'm coming up only to show you down for.
I'm coming up only to show you wrong...
To the outside, the dead leaves, they all blow (alive is very poetic)
For'e (before) they died had trees to hand their hope

At every occasion I will be ready for the funeral
At every occasion once more it's called the funeral
At every occasion oh I'm ready for the funeral
At every occasion of one billion day funeral

Donnie se afastou um pouco e levantou a cabeça devagar; continuou cantando aos sussurros, enquanto observava meu perfil com interesse, e desenhava minha orelha com a ponta do dedo. Com um sorrisinho deprimido nos lábios, diante da minha performance deplorável, na tentativa de animá-la um pouco.
Passei a mão por seu rosto, tirando alguns fios de cabelo que caiam em seus olhos, e cantarolei os uuuuhs finais do jeito mais desafinado possível, fazendo um risinho mais verdadeiro sair dela. Sorri vitorioso e beijei sua bochecha.
- Essa musica é horrível e o Blake é um idiota por ouvi-la tão alto assim – ela disse triste, porém fazendo uma careta. Me abraçou de novo, dessa vez pela cintura, e completou tão baixo que quase não ouvi – Ele não vai voltar, né?
- Não, Donnie, ele não vai – entrelacei uma das mãos em seus cabelos e com a outra a puxei para perto, entre minhas pernas, então a abracei tão forte que fiquei com medo de machucá-la. Fechei os olhos e virei um pouco o rosto, ficando com o nariz pressionado contra seu pescoço; permanecemos assim por vários minutos, dando tempo de Blake, o vizinho, ouvir mais duas músicas do Band of Horses, essas não tão mórbidas quanto a primeira. Não sei dizer se Donnie prestou atenção nas letras, na verdade, ela mal se mexia ou respirava, quietinha contra o meu corpo.
Sem perceber, comecei a passar meu nariz levemente por seu pescoço, fazendo um carinho inocente... Ou assim eu pensava. Segundos depois de ver e sentir a pele da Donnie se arrepiar, ela se afastou de mim e disse sem me olhar.
- Ei, ainda quer aquele sanduiche?

Donnie

Era só o que faltava. E eu achava que não tinha como ficar pior!
Esquecer que o Josh era o Josh!
Aquela cena na cozinha nunca mais se repetiria, jamais.
Josh não era o Michael. Ele não estava ali pra mim daquele jeito.
O pânico de ter esquecido o Michael por alguns minutos e só pensar, ou pior, sentir o Josh, quase não me deixou perceber o grande passo que eu havia dado naquele dia: eu fui até a cozinha. Eu dei uma mordida no sanduiche do Josh, fugindo da minha nova dieta que consistia somente em pedaços minúsculos de frutas e chás que minha mãe levava. Não senti ânsia de vômito, como sempre acontecia quando simplesmente pensava em qualquer comida.
Fato: eu não gostava mais de Band of Horses. Muito menos da versão linda que a Liz Lee fez daquela música horrorosa que o Blake estava ouvindo. Música cruel, vizinho sem coração, momento inadequado e sentimentos mais confusos do que os de sempre.
A única coisa boa que aconteceu durante minha excursão ao andar de baixo de casa, foi ouvir uma conversa do Josh com a minha madrinha, sobre ele ter de ficar em casa naquela noite, pois alguém tinha que tomar conta do Dex, irmãozinho adotivo do Josh, já que os pais teriam uma reunião de ex-alunos da faculdade.
Fiquei exatos trinta e seis minutos longe do meu quarto. Tempo suficiente para me sentir exposta e exausta.
Assim que anoiteceu, Josh foi até o andar de cima buscar seu casaco, e ao voltar parecia hesitante.
- Donnie, se você precisar de alguma coisa, qualquer coisa – ele me olhou fixamente e arqueou as sobrancelhas – Me liga. Eu trago o Dexter junto, ou sei lá, eu dou um jeito...  Promete que liga?
- Eu não vou ligar, não tem necessidade – respondi desviando o olhar, indo até a porta e esperando que ele passasse.
- Promete que vai ligar se não quiser ficar sozinha, ou se quiser conversar, ou se só quiser alguém pra cantar bem desafinado – ele tentou fazer piada, parado diante de mim. Mas eu não mordi a isca.
- Josh, eu sobrevivi sem você antes, pode apostar que eu vou passar uma noite bem sozinha – não era minha intenção soar grosseira, mas foi assim que saiu.
- Ok. Minha mãe já avisou sua mãe que você vai ficar sozinha – ele tentou disfarçar, mas percebi que eu o tinha magoado – Se cuida, tá? Aproveita que já tá aqui na sala e assiste a um filme.
- Quem sabe... – comecei a fechar a porta, não antes de olhar para ele e dizer – Até amanhã, Josh.

Josh

Passei a mão pela cama, sentindo frio. Mas não encontrei nada além de lençóis e o edredom.
- Donnie? – sentei tão rápido que fiquei zonzo, vasculhando o quarto escuro com os olhos, mas ela não estava lá. – Stella?
Levantei da cama e sai do cômodo, sem me importar de estar só de boxer e camiseta. A casa estava completamente vazia e silenciosa.
Meu coração batia tão forte no peito, que parecia ecoar pelo corredor. Onde ela estava?
- Stella? – ninguém na sala, nem na cozinha, nem na sala de jantar... Comecei a ficar realmente preocupado, quando ouvi um barulhinho do lado de fora da casa. – Donnie!
- Ai que susto – ela disse baixinho, com a mão sobre o peito. Ela estava sentada no segundo degrau da escada que dava para o jardim nos fundos da casa. Depois de me ver parado na porta, ela voltou a abraçar os joelhos, vestindo somente uma calça preta de bolinhas brancas e uma blusa bem fina na cor azul, se encolhendo do vento noturno.
- O que você tá fazendo aqui fora? São três da madrugada! – sem pensar, sentei no primeiro degrau, deixando-a entre minhas pernas, e passei os braços ao seu redor, tentando aquecê-la.
- Perdi o sono – ela disse simplesmente, dando de ombros, e se aconchegando contra mim.
- Não faz mais isso... Eu fiquei preocupado – confessei baixinho, o rosto encostado no dela, que estava gelado.
- Não precisava ficar, se eu fosse cometer alguma loucura... Eu te convidaria para ir junto – ela tentou fazer graça, mas eu somente bufei e revirei os olhos.
Ficamos algum tempo sendo torturados pela brisa, até Donnie virar de lado e apoiar o rosto em meu peito. Deixei um dos braços ainda ao redor de seus ombros, enquanto a outra mão foi inconscientemente para seu rosto e cabelos, fazendo carinho, até que ela ficasse sonolenta em meus braços.
- Vem, vamos entrar – eu falei baixo e beijei sua testa. Ela abriu os olhos devagar e me encarou de baixo para cima com a testa franzida. Esticou uma das mãos e voltou a me torturar, como tinha feito mais cedo na cozinha, passando as pontas dos dedos pela minha orelha, me obrigando a fechar os olhos e apreciar o carinho recebido.
- Eu já comentei que você não é tão feio assim? – ela sussurrou, me fazendo rir fraco, ainda de olhos fechados. Senti que ela se moveu, mas antes que pudesse entender o que aquele movimento significava, senti algo macio contra meus lábios, mas tão rápido quanto veio, o contato se foi. Abri os olhos rapidamente e a vi dando um sorrisinho mínimo.
- Donnie?


Donnie

Acordei sobressaltada. Abri os olhos rapidamente só pra me certificar de que estava mesmo no meu quarto. A mente registrou isso muito bem, mas o coração ainda martelava meu peito. Levei alguns segundos para perceber algo de "errado", pois estava ocupada tentando esquecer o pesadelo que me acordara no meio de umas das primeiras noites que consegui dormir de verdade. Quando percebi o que estava diferente, eu simplesmente congelei.
Aquela respiração quente contra a minha nuca, o peito colado ás minhas costas, o braço sobre minha cintura e as pernas entrelaçadas ás minhas.
Eu sabia quem era. Ou melhor, quem não era. E mesmo assim meu coração disparou bem mais do que momentos antes, quando acordara de um pesadelo.
Eu não deveria sentir aquilo. Não. Eu não podia me sentir aliviada de saber que ele estava ali, comigo, na minha cama, mesmo depois de eu ter sido uma vaca com ele.
Mas eu estava. Aliviada, quero dizer... E feliz. Eu me sentia feliz, e isso era estranho. Não lembrava como era sentir algo assim...
Me movi um pouquinho, para ajeitar uma das pernas, e isso serviu para ele me apertar mais contra si, tocando os lábios na minha nuca...
Borboletas no estomago. Elas sobreviveram dentro de mim e deram sinal de vida naquele exato momento.
Aprendida a lição, me mexi mais uma vez na cama, e de novo ele me puxou pela cintura até estarmos literalmente encaixados um no outro; uma leve protuberância se fez presente ás minhas costas e sua respiração passou a sair mais acelerada contra a pele sensível da minha nuca...
Meu corpo inteiro formigava. Eu queria sentir mais...
Virei de lado, deixando a mão dele espalmada na minha barriga e seu rosto próximo á minha orelha. Fiquei imóvel por alguns minutos, indecisa entre a vontade de me apertar junto a ele outra vez e o correto, ou seja, me afastar dele.
- Donnie – ele sussurrou de repente, quase me fazendo pular da cama de tanto susto.
- Oi? – também sussurrei, ainda sem me mexer, mas ciente daquela protuberância se tornando mais firme contra a minha coxa.
- Você quer... – eu queria o que? Inconscientemente cheguei mais para o lado, deixando a minha orelha encostada na boca dele – Você quer que eu... Durma em outro lugar?
O que? Ele só podia estar brincando... Com o coração na garganta e o rosto ardendo de vergonha, sussurrei.
- Não. Pode ficar... – e me virei, ficando frente a frente á ele.
O quarto estava extremamente escuro, mas eu sabia que os olhos dele estavam abertos, e eu sentia o coração dele disparado contra o colchão. Ou seria o meu?
- Donnie? – ele sussurrou outra vez, as palavras batendo contra meus lábios. Uma de suas mãos tinha achado minha cintura outra vez e tinha me puxado para mais perto, nos deixando tão colados um ao outro, que eu pude perceber instantaneamente que rigidez entre suas pernas era dura feito pedra e sua respiração estava descompassada.
- Hum? – resmunguei antes de engolir em seco. Ele nada disse, somente deslizou um dos joelhos por entre as minhas pernas, me fazendo suspirar sem querer. Sua mão que estava na minha cintura desceu até minha coxa e ali ficou fazendo uma leve caricia que eu dificilmente sentiria se não estivesse tão sensível e atenta á ele naquele momento.
Seu outro braço estava por baixo do meu travesseiro, me fazendo sua refém. Uma das minhas mãos, por sua vez, estava ao redor da cintura dele, parcialmente dentro de sua camiseta, enquanto a outra repousava no pequeno espaço entre nossos corpos, as pontas dos meus dedos quase tocando os pelos que começavam a crescer em seu queixo.
Como tinha acontecido horas atrás, levei a mão que estava em sua cintura até seu pescoço, e a deslizei até chegar a sua orelha. Desenhei o formato dela com a ponta do indicador, fazendo-o respirar fundo e voltar a mão para minha cintura, dessa vez por baixo da camiseta que eu usava.
- Não faz isso... Comigo – a voz dele saiu entrecortada e rouca, insuportavelmente sexy, fazendo todo meu corpo arrepiar em milésimos de segundo – Donnie... Acho melhor eu...
- Josh – eu o interrompi e ele se contraiu. Afastando o rosto de perto do meu, tirando a mão da minha cintura e encolhendo um pouco o joelho que até então estava firme entre minhas pernas. Sufoquei um gemido frustrado.
Quando achei que tinha estragado tudo e que ele levantaria da cama e iria embora...
- Donnie – ele disse daquele jeito rouco sexy mais uma vez, e eu poderia jurar que ouvi um sorriso no jeito que ele disse meu nome, então me empurrou contra o colchão, ficando por cima de mim.
Josh passou os lábios por minhas bochechas, então deu uma leve mordida no meu lóbulo, me fazendo suspirar mais alto, depois desceu para meu pescoço, onde me torturou com leves deslizes de lábios pela região, quase sem me tocar. Espalmei minhas mãos em suas costas, o puxando para mim, para entre minhas pernas.
Quando friccionei nossas intimidades, ele soltou o ar pesadamente pelo nariz contra meu pescoço, arrancando um gemido baixinho dos meus lábios.
- Josh – disse mais uma vez, quase implorando.
E então seus lábios estavam nos meus. Como num passe de mágica, ele finalmente estava me beijando.
Sua língua fazia uma exploração minuciosa por minha boca enquanto suas mãos me apertavam e acariciavam ainda por cima do pijama.
Ficamos nesses carinhos por alguns minutos, até que sem perceber, comecei a me impulsionar contra sua ereção. Só percebi que estava fazendo movimentos repetidos contra o corpo de Josh, quando ele mesmo agarrou uma de minhas coxas e se forçou de verdade contra mim, como se pudesse fazer as finas barreiras de tecido que nos separavam desaparecerem só com sua força de vontade.
Sem pensar em mais nada, o fiz ficar de costas para o colchão e me sentei sobre ele, então peguei suas mãos e as levei a barra de minha camiseta, tirando-a sem cerimônias, ficando seminua.
Acostumada com o escuro, pude ver os olhos dele brilhando de ansiedade, desejo e principalmente de incredulidade.
Josh deslizou as mãos lentamente pela lateral do meu quadril até meu pescoço, me fazendo respirar fundo de olhos fechados.
E quando ele cobriu um dos meus seios com a mão, foi magnífico.
Meu olhar teimava em voltar para a boxer xadrez que ele usava, mas ainda sem coragem de tirá-la eu mesma. E como se lesse meus pensamentos, Josh sorriu malicioso e me deitou na cama, ficando parcialmente sobre mim. Pegou uma das minhas mãos e a levou até o elástico de sua boxer, então encostou sua testa na minha e me encarou.
Durante algum tempo os únicos sons do quarto eram as nossas respirações completamente aceleradas e fora do ritmo. Josh estava apoiado em um dos cotovelos, ainda me olhando bem de perto, enquanto a outra mão passeava por minhas costelas até bem perto do meu peito, mas sem realmente tocá-lo.
Até que percebi que não conseguiria resistir aquele momento, á ele.
Então eu mesma tirei meu short, sob o olhar maravilhado do garoto que sorria sem presunção alguma, e coloquei os polegares nas laterais de sua boxer. Abaixei a peça lentamente pelas pernas dele, terminando o serviço com ajuda dos meus pés.
Era aquilo. Josh estava nu na minha cama. Só me restava uma única peça de roupa e nós finalmente teríamos ultrapassado a linha, e não teria mais volta.
Ele passou a dar leves mordidas pelo meu pescoço e ombros, pressionando a cintura contra o calor entre minhas pernas; comecei então a levantar o quadril de encontro ao dele, gemendo baixinho ao sentir aquele volume e dureza contra minha intimidade.
E atendendo as minhas preces, Josh cansou de me torturar e finalmente tirou minha calcinha, sem hesitar ou sequer me olhar para ter certeza se podia.
Quando nossos corpos, livres de qualquer tecido entre eles, se tocaram... Foi indescritível. Meu coração parecia que ia sair pela boa e o ar mal chegava aos pulmões e já saia outra vez.
A ponta do pênis de Josh aguilhoou minha entrada e eu me ofereci mais á ele.
E quando ele estava completamente dentro de mim, não pude reprimir gemer em alto e bom som: Michael.

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