I will come Back to You - noart concluída

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-Eu amo você, Noah- Sorrio encostando a cabeça em seu ombro

  -Eu amo você, Sina - Ele me envolve
com os braços

    Ali, naquela cadeira alta de salva vidas de frente para o por do sol mais lindo que já vi e com a maré mais calma já presenciada por mim, eu e Noah descansávamos depois de um dia exaustivo. Simplesmente me permiti curtir o momento apesar de todos os problemas, estranho como eles pareciam sumir quando estava em seus braços. Fechei os olhos quando ele começou a acariciar meus fios que voavam pouco pelo vento.

  Me distanciei apenas o bastante para conseguir encara-lo, Noah sentiu meu olhar e se virou para mim sorrindo sem dentes, uma rajada de vento fez com que seus fios se descabelassem completamente, ri baixo ao ver a cena e tentei arruma-los. Sua expressão mudou ao sentir meu toque e ele segurou de levinho minha mão, que estava perto de sua bochecha, ficamos sérios e estávamos a poucos centímetros de distância, conseguia sentir sua respiração no meu rosto, uma atração muito forte percorreu todo o meu corpo e borboletas surgiram no meu estômago.

Ele estava tão lindo, seus olhos verdes estavam ainda mais claros com o sol e seus traços perfeitos me faziam querer ter a sensação de como seria toca-lós livremente. Pisquei algumas vezes e ele me olhava como se eu fosse a mulher mais bonita do mundo.

  Ele começou a acariciar minha mão que ainda segurava junto a seu rosto e uma eletricidade percorreu todo o meu corpo, aproveitei a visão de Noah com os últimos raios de sol, foi quando ouvimos um grito e despertamos do nosso transe pessoal. Que momento bom aquele com meu melhor amigo.

  O sol já havia se posto e começou a esfriar, subimos a areia fofa até a minha casa e nos despedimos na porta dos fundos, Noah me deu um beijo pouco demorado na minha bochecha me fazendo corar instantaneamente, me repreendi mentalmente por ter reagido desta maneira.

- Até amanhã, paquera - Disse me fazendo sorrir

- Até amanhã, paquera - Encostei na pilastra de madeira

Fiquei olhando ele andando pela areia até que sumisse da minha visão, paquera, era um apelido carinhoso nosso, quando éramos pequenos ele me pediu em casamento e eu disse que éramos muito novos mas que quando fossemos adultos eu aceitaria, ele ficou triste então eu disse que poderíamos nos paquerar (acho que eu nem sabia o que significava paquerar, essa expressão ainda é usada?), Noah ficou todo feliz e a partir daquele dia passamos a falar assim.

Entrei em casa com um sorriso bobo no rosto, mas porque? Ele é o meu melhor amigo! Dei de cara com papai na cozinha:

- E aí gatinha - Ele me cumprimenta com um abraço

- Oi pai - Sorrio e me afasto indo em direção ao bebedouro

- Estava com o Noah? - Perguntou

- Estava, como sabe? - Rio baixo e ele se vira para mim

- Vocês andam grudados, nunca vi! - Falou secando um prato - Não sei como nunca se beijaram

- Pai! Nós somos amigos

- Tá bom então - Ele levanta as mãos se rendendo

Encerro a conversa e subo para o meu quarto, tomei um banho quente demorado e lavei meus cabelos que estavam cheios de areia, obrigada Noah e suas táticas de guerra. Sorri ao me lembrar do nosso deslise hoje no fim de tarde... eu e ele já tivemos nossas recaídas e nossos momentos em que sentimos uma atração fora do normal um pelo outro, mas achamos que é só a convivência diária, e quando digo diária quero dizer uma boa parte do dia, acho que passo mais tempo com ele do que qualquer outra pessoa, incluindo a Zoe.