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Meu sábado já começou bem, papai estava em casa e tomamos café juntos, é sou dessas que fica feliz com qualquer coisinha por mais simples que seja. Assim que terminei de comer,  fiz o almoço para meu pai e subi para tirar meu celular do carregador e descer com minha mala. Iríamos embora na segunda bem cedo...
Noah perguntou se gostaria de chamar Jojo, Sabina, Heyoon e os amigos dele já que a casa possui seis quartos mas achei melhor não, concluímos que seria bom passar esse restinho de tempo grudados e sozinhos.
As nove em ponto Noah estava me ajudando a colocar a mala no carro de sua família, Noah falou com meu pai e jurou que cuidaria bem da pequena dele (meu pai é um fofo kkkk) e logo depois de prometer mil vezes que ficaríamos bem papai nos liberou.
O caminho até a nossa casa de infância, vulgo lugar onde nos conhecemos com dois anos de idade, foi demorado mas bem animado. Não íamos lá há uns doze anos, quando minha mãe morreu papai resolveu deixou a casa apenas para a família do Noah, e os mesmos a venderam depois de constatarem que não era possível visita-la sem sentir saudades de sua amiga querida.
Chegamos dez e meia, encarei a grande propriedade e flashbacks de nós dois com quatro anos de idade correndo e brocando no gramado e na piscina invadiram minha cabeça juntamente com a nossa musiquinha.
- Pula na cadeira, da uma rodadinha, dança da galinha, cai na piscininha e sobe de mansinho - Ele cantarolou no meu ouvido
- Ciranda cirandinha, cavalo cavalinho, abraça o amiguinho e um beijinho vou te dar! - Completei baixinho e quando menos esperei ele me puxou forte para si
  Que pegada esse menino tem... Já fiquei toda mole quando me deu o puxão, quando selou nossos lábios eu já estava bamba, mas Noah resolveu esse problema me pegando no colo e indo para dentro.
  Fiquei arrumando as coisas na cozinha enquanto Noah levava nossas coisas para a suíte. Estava colocando batatas fritas no freezer quando meu celular começou a tocar.
  - Oi, Sabi
  - Oi o que? VIADAAAAA!!!
  - O que foi agora, Sabina Hidalgo?
  - Nem me falou que ia passar seu fim de semana sozinha em uma casa maravilhosa só com o Noah!
  - Foi tudo muito rápido... - Mordi o lábio sorrindo enquanto apoiava o celular no ombro e abria o freezer
  - entendi... safada!
  - Porque? - Sorri
  - Quer que eu desenhe, amore?
  - Já entendi Sabina! - Dei risada
  - Ah, eu vim aqui na sua casa te procurar e seu pai me convidou para almoçar
  - E você?
  - E você já viu Sabina Hidalgo recusar comida?
  - Verdade - Ri - Eu fiz o almoço pra o meu pai às pressas
  - Percebi, e eu acho que eu nunca vi ninguém com o dom de fazer com que o macarrão fique com um gostinho tão delicioso de cimento!
  - Sabina! - Rio passando papel em um prato e sinto Noah me abraçar  por trás
  - Que merda a Sabina fez agora? - Ele pergunta beijando a minha bochecha
  - Ela fica falando mal do meu macarrão! - Reclamo dando risada, ele abre um sorriso divertido e pega o telefone da minha mão.
  - Da licença, Sabina, mas você está atrapalhando o meu fim de semana com seus comentários lindos, então vai fazer sua comida e deixa que eu cuido de fazer a Sina cozinhar direito
  Protestei dando um tapinha de leve o fazendo rir, Noah não esperou resposta da Mexicana e desligou o telefone.
  - Pronto, agora podemos... - Ele diz aproximando seu rosto do meu, mas viro minha cara e ele acaba me dando um beijo na bochecha
  - Já que acha que eu cozinho tão mal, sem beijo pra você! - Fiz birra e ele cerrou os olhos
  - Ah então tá bom, duvido que você consiga ficar dois minutos sem me beijar! Quando eu for embora vai sentir falta!
  Pela primeira vez ele tocou no assunto de sua ida e eu não tive vontade de me matar, mas depois pensei duas vezes e constatei que seria verdade.
  - Verdade, eu vou sentir muita falta de beijar você
  - Só de me beijar?
  - É - Brinco - De nada mais
  - Então tá bom, eu venho, te dou um beijo e volto, tá bom pra você? - Sorri e faço cara de indignada
  - Ah não... - Choramingo
  - Quer parar de drama e me beijar logo, to ficando agoniado - Fala e levanto as sobrancelhas
  - Pois então vai ficar agoniado! Eu estou em greve de beijos, faça o que quiser que eu não vou ceder! - Falo colocando minha mão na boca.
  - Qualquer coisa então? - Pergunta e balanço a cabeça afirmando
  - Ok - Fala satisfeito - Veja se consegue
  Noah me puxa mais para perto colando nossos corpos, se continuar assim vou perder o jogo em menos de dois segundos. Ele aproxima seu rosto do meu pescoço e começa a trilhar beijos naquela região, ah não... É tortura! Me mantenho firme (na medida do possível) e ele não satisfeito me coloca em cima do balcão. Urrea, Urrea. Ele vai subindo e descendo mais lentamente a cada segundo, minha mão na boca está deixando tudo menos confortável, decido me render e a coloco em seus fios, ele sorri satisfeito mas enrola na subida demorando mais do que o necessário, quando finalmente chega a minha boca, Noah termina seu show com um beijo lento como sabe que eu gosto, suas mãos descem até minhas pernas e ele me puxa mais para a ponta do balcão, sorrio e coloco uma mão em sua nuca, onde a acaricio fazendo o garoto perder o ritmo.
  - Eu posso ter perdido a batalha, mas nunca perco a guerra - Falo quando afasta seu rosto do meu
  - Muito bem, Deinert, vai ter volta. - Fala e cruzo os braços
  - Agora eu já sei um de seus pontos fracos - Falo acariciando sua nuca e sussurrando em seu ouvido, seu corpo se contrai e implora para que eu chegue mais perto
  - Dois agora - Desço do balcão sorridente e subo e saio da cozinha rumo a escada
  - Você ainda me mata! - Escuto ele falar
  13:00. Estávamos indo à praia, chegando lá fizemos um bolo de areia para servir de apoio para nossas cabeças e colocamos a canga por cima, o sol não estava tão forte, nem um pouco na verdade.
  Ficamos de lado apenas curtindo o sol e nossa companhia. Sorri sozinha e me lembrei dele mais novinho. Noah tinha crescido tanto, apesar de sua personalidade ter permanecido sempre presente, ele sempre fora brincalhão, fofinho, preocupado com quem ama, sempre foi o garoto que todas queriam namorar, vou admitir que já havia tido uma quedinha por ele lá pelos nossos treze catorze anos, eu me gabava para as outras meninas que sabia todos os segredos dele e que já havia me pedido em casamento, não é que as pequenas levavam a sério?
  - No que está pensando? - Perguntou
  - Nesse momento? Em você - Ele sorriu
  - O que exatamente?
  - Ah, varias coisas... Em como você mudou de uns anos pra cá, em como eu já tive uma quedinha por você quando éramos mais novos...
  Ele riu baixo
  - Teve? - Perguntou retoricamente - Eu também, sempre achei que casaríamos - Falou
  - É o que você me prometeu... - Comento e ele me puxa para mais perto acariciando meus fios
  - E quem disse que não vou cumprir? - Sorri e ele me beijou
  - Sabe, apesar de já ter gostado de você, nunca acreditei que um dia chegaríamos nessa fase
  - Nem eu, você sempre gostou dos loiros - Brincou
  - Que mentira! Eu sou muito mais fã dos castanhos
  - Aham, então me fala quem foi o seu primeiro amor famoso e o seu primeiro namorado! - Levantou as sobrancelhas
  - Justin e Taylor... - Falei revirando os olhos - Mas sabe que de uns tempos pra cá eu passei a ter uma preferência pelos morenos? - Sorri
  - É? - Ele colocou seu braço direito do meu lado livre - Algum em especial?
  - Talvez - Falei e ele começou a trilhar beijos da minha bochecha até o canto da minha boca
  - Entendi - Selou nossos lábios e sorri
  Ficamos na praia até três horas, depois voltamos para a casa morrendo de fome.

I will come Back to You - noart concluída Donde viven las historias. Descúbrelo ahora