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Já era sete da noite, ainda estávamos dentro d'agua sentados na pedra de mármore, Sina estava deitada em meu peito e brincava com a água que escorria de seus dedos enquanto eu a envolvia com os braços. A única iluminação presente eram as das janelas da casa e a luz azul que a piscina exalava quando anoitecia.
- Lembra de como corríamos esse gramado inteiro? - Perguntou
- E como lembro... Eu era todo apaixonadinho na baixinha loirinha, te seguia para todos os lados.
- Eu acho que não cheguei a ser assim pelo menininho moreno dos olhos verdes - Tenho a impressão de que ela sorri
- Mas agora é? - Pergunto e ela olha para cima se vira pra mim
- Tem dúvidas? - Pergunta séria e me beija devagar
Ficamos em silêncio por um momento, eu tinha certeza de que pensávamos a mesma coisa, dois jovens sempre grudados que em breve serão separados. Ela suspirou e a apertei mais contra o meu corpo.
- Não da pra mudar o que já está feito, Noah... - Comenta séria
- Tem razão
- Posso te perguntar uma coisa? - Dispara
- Pode - Estranho e ela se vira totalmente para mim
- Você tem total certeza de que esse bebê é seu?
- Sina...
- Não, porque ela simplesmente te fala que tem um filho e você acredita? Eu também poderia ter feito isso para te segurar aqui, ela pode muito bem ter feito o contrário.
- Sina, aquele bebê é meu - Falo sério
- E como tem tanta certeza? - Me pergunta franzindo a testa como se fosse óbvio
- Porque eu sei a besteira que fiz
- Noah...
- Sina! Eu sei o que eu fiz, fiz besteira! Fui irresponsável! Tentar arrumar desculpas para esse filho não ser meu não vai resolver nada!- Falo alterado até demais, ela só está fazendo o mesmo que eu, tentando arrumar uma solução para o nosso problema. Sina volta para a mesma posição de antes e eu a abraço - Desculpe, eu não quis...
- Tudo bem, Noah - Fala e novamente percebo que está séria
- Eu só... Não entendo porque isso está acontecendo com a gente - Falo sentindo a raiva me preencher por dentro - Assim que percebemos o que realmente sentimos um pelo outro o destino resolve nos afastar - Ela se mantém muda por um tempo.
- Curtimos bastante a nossa amizade, éramos inseparáveis... - Finalmente ela parece sorrir - Obrigada - Completa
- Pelo que?
- Por sempre estar presente nos melhores e nos piores... - Ela parece se lembrar da perda da mãe e do irmão - momentos da minha vida. Vai ser difícil agora, um dos piores momentos que vou passar você não vai estar aqui pra me ajudar a superar.
Sinto um nó se formando na minha garganta.
- Perdão - Falo e novamente o silêncio toma conta.
  Ela nega com a cabeça, como se falasse que não é minha culpa
  - Como você mesmo fala, não vamos pensar nisso agora, temos que aproveitar o tempo que ainda temos - Sina se vira colocando uma mão em meu ombro e a outra em minha nuca e sela nossos lábios em um beijo quente e esperançoso.
  Como o clima mudou rápido, quando começamos a ficar melancólicos damos um jeito de esquecer os problemas e nos concentramos no presente. Sina estava nas minhas costas e tampava meus olhos.
  - Pra direita! - Gritava
- Eu tenho certeza de que é esquerda!
Provavelmente ela estava me enganando para eu dar de cara com a parede.
- Se for esquerda você deixa eu te jogar pra cima?
- Ah não, Noah! - Fala rindo
Tiro suas mãos dos meus olhos e ela estava me enganando. Mergulho e coloco suas pernas em meus ombros enquanto a mesma dava gritinhos e esperneava.
- Noah, por favor! Eu vou bater a cabeça! - Ela gargalhava
- Eu não sou tão louco assim! Um...
- Naaaao!!! - Choramingava de brincadeira
- Dois... Três!
Joguei a loira para trás que caiu com tudo na água. A peguei no colo e fiquei girando na tentativa de irritá-la
- Gostou little Urrea?
- Não big Urrea! - Fingiu estar brava
- Se minha mãe tivesse aqui... Ela nos mataria por isso - Dou risada
- Se ela fosse nos matar por cada coisa errada que já fizemos... - Ela ri
- Nossos beijos as escondidas eram os piores! A gente morria de medo que alguém descobrisse!
- E você acha que ninguém descobriu? Tenho até fotos! Depois eu te mando, mamãe registrava cada passo nosso.
- Tem razão - Admito rindo e sina solta um espirro que me dá vontade de aperta-la
- Que fofo - Sorrio
- Meu espirro? - Pergunta sem entender e espirra novamente. Resolvemos entrar. Saio da piscina rapidamente para desligar o aquecedor e sinto um frio infernal, meu Deus! Como tão quente pela manhã e gelada à noite?
Desligo o aquecedor da piscina enquanto ela cria coragem pra subir a escadinha. Pego sua toalha pra que Sina congele menos que eu e a seguro aberta na frente da escada. Sina sorri e sobe correndo se enrolando na toalha. Abraço a mesma que está toda embrulhada e dou um selinho demorado em seus lábios, a garota da um beijinho na minha bochecha e sai correndo para dentro.

Sina

Corro para dentro o mais rápido que posso, o frio é um dos meus pontos fracos. Adentro a grande (BEM grande) suíte e abro um sorriso, meus pais dormiam nesse quarto, e agora seria a minha vez. Entrei no banheiro e tomei um banho de água pelando lavando o cabelo, demorei mas consegui sair daquela água tão convidativa. Me sequei e fui a mala escolher algo para vestir, optei por um blusão quente e um short de pano bem curtinho, peguei um cardigã e coloquei por cima, pois o frio lá fora estava insuportável, coloquei meias e desci novamente.
Senti imediatamente a diferença de clima, lá em cima o aquecedor estava ligado. Fecho mais meu cardigã e me deparo com a cena de Noah tirando uma pizza quentinha do forno. Aguei no mesmo momento. Corri para o balcão e me sentei faminta.
- Você não sente frio não? - Perguntei sorrindo a Noah que ainda estava sem camisa e com a bermuda encharcada.
- A friorenta aqui é você - Fala com um sorrisinho no rosto
- Noah Jacob Urrea, se você não colocar uma blusa nesse instante eu não sei o que faço com você! - Ameaço de brincadeira e ele revira os olhos
- Ah não, mãe! - Faz beicinho
Balancei a cabeça negativamente e peguei meu celular, logo lembrei de algo.
- Vem cá! Deixa eu te mostrar uma coisa
Ele chega mais perto e encara a tela

  - Vem cá! Deixa eu te mostrar uma coisa   Ele chega mais perto e encara a tela

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I will come Back to You - noart concluída Donde viven las historias. Descúbrelo ahora