I will come Back to You - noart concluída

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Saí do hospital oito da noite por vontade própria, primeiro houve um incêndio no motel, depois um incêndio em um prédio e o mesmo desabou logo depois, trazendo o triplo de vítimas, resumindo: meu dia foi BEM agitado. E eu achando que o primeiro dia seria leve.
Mesmo assim ao sair do hospital recebi uma mensagem do proprietário do apartamento perfeito avisando que eu poderia passar lá para uma visita. Ignorei o fato de que já estava escuro e fui mesmo assim. O moço era um senhorzinho simpático, fez questão de me mostrar as instalações extras do condomínio como a piscina e um jardim com parquinho que possuía. O apartamento ficava no oitavo andar, ao entrar pela porta um grande sorriso surgiu nos meus lábios fazendo com que o senhor sorrisse também. A sala era pequena e aconchegante, tinha uma lareira e possuía um conceito totalmente aberto, uma cozinha americana estava localizada no cantinho. O imóvel possuía uma suíte e um quarto de hóspedes, ambos de tamanho bom. Tudo era muito bem ventilado, ficava perto da praia e do hospital ao mesmo tempo, a cada sorriso sincero e gritinho de animação que eu dava o senhor soltava uma risadinha fofa de se ouvir de um velhinho.
Depois de analisar cada detalhe do apartamento nos sentamos no balcão da cozinha para acertar valores. Sua primeira oferta foi alta, por isso dei uma um pouco mais baixa e ele aceitou.
Ele me contou que viajaria em dois dias e que precisava alugar o apartamento o mais rápido possível, por isso fiz a transferência da primeira parcela na hora e trataríamos de documentos e papelada amanhã de manhã antes do meu plantão. Ele me entregou as chaves, amanhã mesmo eu já começaria a trazer tudo e quem sabe passar a primeira noite, já que o imóvel já vinha mobiliado.

Um mês depois

Em pouco mais de um mês minha vida em Miami já estava totalmente perfeita, tinha meu pai, meus amigos, meus amigos do trabalho, o emprego dos sonhos e um apartamento maravilhoso para morar. Tudo estava dando certo, tirando apenas a minha vida amorosa, que continuava na mesma.
Eu e Brandon saímos mais algumas vezes, ele era um cara legal, ainda mais depois de saber que eu estava grávida, ele ficou muito feliz. Ah sim, agora todos sabem que eu estou grávida, foi motivo de festa, todos estão muito animados, meu corpo já deu sinal de vida, a barriga é que ainda não cresceu tanto, acho que em poucos meses já está uma grande bola.
Saí de casa as quatro da tarde, hoje seria meu plantão, por isso só voltaria para casa em 24 horas. Liguei o carro e segui caminho para o hospital. Ao entrar na sala dos residentes todos se preparavam para o plantão, coloquei meu jaleco e meu estetoscópio no pescoço.
- E aí, loirinha - Dylan me envolveu com o braço
- E aí, gatinho, quantas vezes hoje?
- Cinco provocações e três cantadas, consegui um tapa no final - Falou
- Um dia vocês ainda vão se casar - Falo colocando o crachá
- Minha relação com a Lisa é confusa, mas nem é pra tanto
- Uhum - Ironizo com uma risada
- E o Brandon? - Perguntou colocando seu jaleco
- Não sei... Ele é um cara legal, mas não consigo sentir absolutamente nada, além do que ele beija mal pra cacete - Reclamo e ele ri
- Não sei porque você ainda tá com ele - Dylan franze as sobrancelhas - Saiba que pra uma rapidinha eu sempre to aqui - Pisca
- Cala a boca - Dou um tapinha - É estranho, eu realmente não sinto nada
- Talvez seja porque você não se permite sentir - Ben chega abraçado com Heyoon - Culpa daquele seu amigo
- Não vamos falar dele... - Fujo do assunto da minha maior alegria, porém maior tristeza - E vocês dois, quando vão assumir? Às escondidas na sala de descanso são sem graça - Reviro os olhos e eles coram
- Sina! - Heyoon solta uma risada nervosa
- A inocente do grupo chegou! - Lisa abre a porta da sala fazendo charme com um braço levantado e um biquinho
- Inocente... - Dylan comenta - Esse povo precisa coisar com você pra aprenderem de verdade o oposto da inocência
Ela revira os olhos
- Cala a boca Dylan - A ruiva da um tapinha no ombro dele
- Cili i biki Dylin - Ele a imita e ela revira os olhos com uma risada indo até seu armário
- EI, QUEM PEGOU MEU DESODORANTE? DYLAAAN! - Lisa exclama nervosa
- Porque sempre eu? - Ele faz chocho
Os dois começam uma discussão enorme sobre desodorantes e pegar coisas que não são suas, claro que Dylan não perdeu a oportunidade de falar um "Quer dizer que se eu pegar você, você é minha? Então pode vir pra o papai" idiota.
- Ei - Ben fala comigo e com Heyoon - Estão dizendo que a Dra.L teve problemas com um filho e vai ser substituída
- Por quem? - A coreana pergunta
- Me disseram que é um tal de Dr.Ted, nunca ouvi falar...
Antes que Ben pudesse concluir sua fala um médico de uniforme azul escuro (O que quer dizer que é um médico superior) de cabelo loiro bem curto e ralo entra na sala, ele era alto e usava óculos redondos e pretos minúsculos
- Grupo 2 dos residentes me acompanhem - Fala e logo me toco de que esse é o tal de Dr.Ted, provavelmente o substituto da Dra.L
Saímos da sala dos resistentes e ficamos o esperando no corredor. Até que a figura minimamente estranha aparece diante de nós.
- Muito bem, hmm... - Ele analisa cada um de nós de cima a baixo, olho para Dylan que encara o sujeito com uma expressão debochada - Loira, ruiva, preta - Apontou com a caneta para mim, Lisa e Heyoon - Torrada e bochechas - Aponta para Dylan e Ben
- Torrada? - Dylan aumenta sua expressão debochada
- É, você me lembra torradas - Fala simplesmente fazendo Dylan apertar os olhos diante de tanta estranheza - Hoje vocês só atenderão os pacientes na clínica
Murmuramos um "ahh" em conjunto, poxa, eu quero é a emergência, os pacientes graves, o desespero, a adrenalina, os casos mais estranhos já vistos... Não atender simples pacientes na clínica. Isso é chato e sem graça.
- Mas e a emergência? - Heyoon pergunta
- Nada de emergência para vocês hoje, os pacientes da clínica serão prioridade - Fala e reviramos os olhos
- Ótimo, ficamos com o louco - Sussurro no ouvido de Lisa e uma risada escapa dela
- É só falta de sexo - Dylan sussurra para mim me fazendo rir
- Algum problema, loira? - O homem estranho e esquelético na minha frente pergunta
- Não, nenhum - Sorrio tentando conter o riso
- Ótimo, bochechas para a sala 15, Torrada para a 13, ruiva para a 10, preta para a 8 e loira para a 6, avaliem o paciente com a consulta completa, façam os prontuários e depois de tudo terminado me bipem - Ele sai em direção à emergência
- Mas que sacana! - Dylan exclama - Manda a gente pra consultas sem graça enquanto vai pra emergência? Otario
- Eu tava louca pra descobrir um tumor e trabalhar com o médico bonitão da neuro - Lisa fala sonhadora
- Ah, aquele médico, eu sou melhor que ele - Dylan se gaba
- HAHAHA, você está a anos luz de distância - A ruiva solta uma risada e Dylan revira os olhos
- Vamos logo para as consultas... - Heyoon Fala e saímos todos em direção à nossas salas de consulta
Passo no armazém de dados e pego um kit consulta completo. Antes de abrir a porta sinto algo estranho, uma sensação estranha. Que se dane, deve ser só um mal estar ou coisa do tipo.
  Abro a porta e o paciente está de costas
  - Boa tarde, sou a Dra. Deinert e vou fazer a sua consulta
Passo direto e pego o prontuário que está em uma bolsinha na parede, o leio com atenção, é a minha primeira consulta, não posso errar nada. Caminho concentrada até perto da minha cadeira atrás da mesa.
- Veio aqui com bronquite aguda há pouco mais de uma semana... Te receitaram um remédio... Ficou de voltar para fazer alguns exames ok... - Procurei seu nome e gelei no mesmo momento, não é possível, eu estava lendo errado.
Baixei o prontuário do rosto e ali estava, o motivo da minha tristeza e da minha euforia, das batidas descontroladas do meu coração, do meu maior sorriso e das minhas lágrimas mais sinceras. O motivo do meu desespero.
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  Eita, não vou falar é nada.
  Será que deixo vocês morrendo até amanhã? Vou pensar no caso kkk
 
Beijinhos com medo de que vocês me matem e me trucidem
  Clara😬