Capítulo 38: Pupilas dilatadas

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Matsui on

Pisco algumas vezes até conseguir mante meus olhos abertos. Foco em um teto branco, e então percebo que estou com algumas ataduras pelo corpo. Uma em minha coxa e outra em meu braço esquerdo, o qual fui atingida em algum momento da luta.

- Conseguiu dormir, Midorya? - A voz baixa de Todoroki me desperta, fazendo perceber que não estou sozinha.

- Mais ou menos... - Murmura Izuku.

- Eu não. - Diz Iida.

- Bom dia. - Murmuro e os meninos repetem.

- Está se sentindo melhor? - Midorya pergunta calmamente e eu assinto.

O som da porta faz com que todos olhássemos para ela.

- Os feridos acordaram. - O mesmo senhor baixinho de cabelos brancos e roupa amarela fala.

- Gran Torino! - Midorya fala feliz. Porém o senhor não parece muito.

O sorriso de Midorya some ao perceber que o senhorzinho está sério.

Após o delegado de polícia aparecer e falar os motivos nos quais não receberíamos o mérito por derrotar Stain, e sim Endeavor, voltamos para o escritório.

Minha cocha estava doendo, por isso, logo quando cheguei, me deitei na fofa e espaçosa cama. Era meio dia e eu estava morrendo de fome, porém muito cansada para ir até um restaurante próximo para pegar algo. Como se tivesse lido minha mente, Todoroki aparece com uma caixa de pizza.

- Calabresa, Quatro queijos e frango com catupiry. - Sorrio animada - Katsuki me mandou mensagem dizendo que era para eu te alimentar... - Murmurou um pouco incomodado.

- Ele realmente fez isso? - Pergunto pasma.

- Sim. E que era para ficar atenta ao telefone. - Rio enquanto ele senta na beira da cama. Pego uma fatia de pizza e assim passamos a tarde, conversamos tanto, até que ele voltou para seu quarto.

Acordo com meu telefone tocando. Atendo rapidamente antes que a chamada caia.

- Mochi mochi.

- Oi gatinha. - Rio reconhecendo a voz do outro lado - Está melhor? Eu soube do que rolou...

- Estou, só uma dorzinha na cocha. - Falo enquanto me levanto.

- Quer vir aqui em casa? A mãe e o pai vão para uma palestra em alguma cidade aqui perto... No fim voltam só amanhã de manhã.

- Pode ser. As oito, tá?

- Aham. - Nos despedimos e então corro para o banheiro para me arrumar.

Tomo um banho quente e coloco uma calça jeans preta, que tem um rasgo em cada joelho. Uma cropped que infelizmente não apareceria pois tive que colocar um moletom por cima.

Caminho até a janela para confirmar se estava frio lá fora, e para a minha tristeza, estava quase caído neve. Volto para frente do armário e pego minha jaqueta.

Ato meus tênis e finalmente estou pronta. Não gosto de passar maquiagem então apenas passo um creme facial.

Meu telefone toca, tirando-me dos meus devaneios. Bakugo me ligava.

- Estou aqui em baixo. - Respondo e desligo. Fecho a porta do quarto com cuidado e então encaro a porta do outro lado do corredor. Caminho até ela é então dou duas batidinhas de leve.

- Entra! - Shoto grita de dentro do quarto. Abro devagar a porta e lá está ele saindo do banheiro, usando apenas uma toalha na cintura. Quando me vê, esconde-se atrás da porta - Ah, Matsui? - Pisco algumas vezes para garantir que não estão alucinando.

- Bom... Estou saindo, volto mais tarde. Qualquer coisa manda mensagem. - Saio às pressas e então corro para o elevador.

Quando chego na portaria avisto o carro preto estacionado na entrada. E lá está ele, o loiro com seus olhos vermelhos me fitando da janela de trás do carro negro. Me aproximo cautelosamente e então ele abre a porta, enquanto passa para o acento do lado. Observo sua jaqueta

- Boa noite madame. - Fala brincalhão e eu rio.

- Boa noite cavalheiro. - Solto uma gargalhada. Ele me da espaço sentando no banco ao lado.

- Onde vamos agora, senhor? - Pergunta o motorista. do Uber.

- No mesmo endereço que você me busco.

Katsuki me olha sério, totalmente fora do humor que estávamos antes.

- Você não comeu nada certo? - Pergunta ainda olhando. Eu nego com a cabeça - Então hoje você descobrirá que eu sou perfeito. - Fala malicioso e baixinho no meu ouvido, me retraio e sinto borboletas voarem apressadamente em minha barriga.

O motorista pigarreia fazendo-nos olhar para ele. Mas ele não falou nada. Enquanto me distraia olhando para a janela sinto a mão de Katsuki em minha coxa. Minhas bochechas esquentam e então quando o carro passa por cima de um quebra-mola sua mão aperta minha perna levemente.

Se fosse possível eu estar mais vermelha eu com certeza estaria. Bakugo percebe minha vergonha e então sobe um pouco sua mão. Começo a tremer a perna, na qual ele não está com a mão, e então ele percebe o que está fazendo.

- Chegamos. - Bakugo abre a porta do carro, se retira estendendo a mão para mim.

- Boa noite. - Digo para o motorista que vai segundos depois.

O loiro abraça meus ombros e então caminha junto a mim até a porta da casa. Pega a chave e abre a porta de madeira clara.

Tiro meus sapatos na entrada e então adentro timidamente. Vejo a sala de estar, é simples mas bonita e bem decorada, com um sofá preto e cristaleiras de vidro.

- Se a mãe souber que eu deixei a casa bagunçada ela vai me matar... - Murmura Katsuki com sigo mesmo enquanto eu o sigo até a cozinha. Ele puxa uma cadeira da ilha da cozinha indicando que era para eu sentar - O que você quer comer? Eu sei fazer de tudo. - Abre seu típico sorriso levantando apenas um lado da boca bem delineada.

- Eu como de tudo. - Vejo ele murmurar um "ah, eu também" maliciosamente - Cala boca Katsuki. - Ele se vira para mim.

- Vem cala. - Desafia-me. Levanto aceitando seu desafio. Agarro o colarinho da sua blusa e então puxo em minha direção selando nossos lábios. Seu beijo e quente e macio. Lento e viciante. Suas mãos seguram minha cintura como se implorasse para eu não fugir.

Nos separamos pela falta de ar. Quando encaro seus olhos, a pupila está dilatada e as bochechas avermelhadas.

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"Tokoyami, 4 anos

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"Tokoyami, 4 anos

NÃO OLHA"

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Boa noite lindonas! Espero que tenham gostado. Não esqueçam de deixar um comentário para eu saber o que acharam.

Cristal de Sangue - Boku no HeroWhere stories live. Discover now