Epílogo

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Entro em casa e jogo minha bolsa em cima da bancada da cozinha. A casa está uma bagunça e já sei de quem é a culpa.

Adentro a grande e iluminada casa e então finalmente avisto Katsuki. Ele está deitado no chão, enquanto sua antiga guitarra pesa sobre seu corpo. Suas mãos descansam sobre ela enquanto seus cabelos estão bagunçados o deixando parecido com um leão.

— Oi amor — ele diz depois de um tempo.

— O que você está fazendo aí? — pergunto para ele que solta uma risada nasal.

Afasto os brinquedos que o cerca e deito do seu lado.

— Crianças são cansativas — diz ele enquanto larga a guitarra de lado — eu brinquei, joguei videogame, vi filme e minha última tentativa era tocar guitarra. Adiantou, por um tempo.

— Mamãe! — Mizu adentra a sala seguida de seus irmãos.

— Kazuki, Katsuo, Mizu! Gostaram de passar o dia todo com o papai? — pergunto e os vejo sorrirem. Os trigêmeos são quase idênticos, todos tem cabelos castanhos claros, uma junção perfeita minha e de Katsuki. Mizu, a única menina do trio, que se diferencia por seus olhos verdes como os meus. Já seus irmãos tem olhos vermelhos brilhantes como pérolas idênticas às do pai.

— Eu adorei! — Mizu diz sorridente abraçando minha perna.

— Papai é muito ruim jogando vôlei explosão. — Katsuo fala cruzando os braços e fazendo uma feição brava, exibindo seus traços parecidos com os do pai.

— Ele explodiu duas bolas — Kazuki murmura escondendo-se atrás do irmão.

— Amanhã a gente compra mais bolas então. Todo mundo pro banho, vocês estão grudentos de suor. — digo e os vejo correr pelo corredor.

— Vem amor. — estico minha mão para ele que me puxa para um abraço apertado.

— Te amo — diz no meu ouvido e me sinto tão ingênua como uma adolescente que se esconde nos corredores do colégio para beijar a pessoa que gosta.

— Eu amo mais. — digo e seus braços descem safados pela minha cintura, até pararem na minha bunda, onde Katsuki finaliza com um apertão forte.

— Eca! Mamãe e papai estão se beijando! — Katsuo grita e viro para trás para olhar as três cabecinhas que nos espiam no batente da porta.

Katsuki solta uma das mãos da minha cintura. Todos os olhinhos estão atentos as rubis vermelhas do pai. Logo uma explosão sai de sua mão.

— Eu vou pegar vocês! — ele fala com aquela voz rouca que me faz arrepiar do pé a cabeça. Me dá um selinho e então caminha em direção das crianças que desaparecem pelo corredor.

Depois de colocar as crianças para dormir, eu e Katsuki nos direcionamos para nosso quarto que é cercado de grandes janelas de vidro que dão uma bela vista para cidade de Tokyo.

Deito na cama e sou seguida por Katsuki. Viro para ele que me segura da cintura e sorri com apenas um canto da boca, como sempre fez. Sorrio para ele mas logo em embrulho no estômago sobe minha garganta me obrigando a correr até o banheiro do quarto e vomitar no vaso sanitário.

Sinto as mãos de Katsuki segurar meus cabelos curtos enquanto ele senta na ponta da banheira.

Ele sorri sabendo o significado disso.

Depois de finalmente o enjoo passar, deito na cama junto dele e pego no sono sentindo suas mãos fazendo carinho no meu rosto.

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Cristal de Sangue - Boku no HeroWhere stories live. Discover now