56- A culpa não é sua Part. 2

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                 P.O.V. Bridgette

Abro meus olhos com dificuldade e pisco um pouco até me acostumar com a claridade, encaro o teto branco olhando ao redor com um pouco de dificuldade e supus que estava em um quarto de hospital.

— Ela acordou! — ouço uma voz feminina dizer e um homem que parecia ter aproximadamente uns trinta e poucos anos e que usava um jaleco branco vir até mim, provavelmente um médico.

— Como está se sentindo? — ele pergunta parando ao meu lado e me olha com atenção.

— Bem, eu acho...

— Você... — ele começa mas eu o interrompo.

— O bebê está bem?! — olho para ele com medo.

— Se ele está cem porcento bem eu já não sei, porém vivo eu sei que ele está — confirma e torna a fazer a pergunta — Está sentindo alguma dor?

— Só uma leve pontada na barriga — confesso fazendo careta.

— É normal, depois do que aconteceu — ele sorri fraco.

— Foi por conta dos remédios né? — abaixo o olhar.

— Sim, principalmente da aspirina, como é a base de ácido ele não deve ser tomado na gravidez sem conhecimento médico, porque doses acima de cem gramas podem ser prejudiciais e causar um aborto instantâneo, mas por muita sorte você não passou por um — explica olhando fixamente para mim, confesso que não entendi nada do que ele falou, só consigo me sentir um mostro.

— Entendi, minha família está lá fora? — olho para porta, meu receio é que todos tenham descobrido minha intenção e não queiram nem olhar mais na minha cara.

— Um grupo enorme, nunca vi tanta gente esperar por um paciente — a enfermeira responde por ele e solta um sorrisinho no final.

— Não exagere Francine — ele revira levemente os olhos e solta um sorriso no final, noto que a enfermeira cora levemente.

Aí tem coisa!

— Você quer vê-los? — pergunta desviando o olhar dela e olha pra mim agora.

— Sim, muito! — meus olhos começam a se encher de lágrimas.

— Eu só vou pedir para que fique calma e não passe por estresse tudo bem? Não queremos que a situação da criança piore — responde calmamente e eu assinto limpando as lágrimas.

Ele abre a porta e a enfermeira vai rapidamente atrás dele e sai quando o mesmo sai também. Ouço alguns burburinhos do lado de fora e reconheço a voz deles me fazendo sorrir para o nada.

Depois de um tempinho mamãe entra com pressa e chorando, depois de acalma-lá ela me pergunta porque fiz isso e enquanto eu explicava pude notar a decepção em seus olhos, mas ela disse que entende totalmente o meu lado e que não iria me julgar por isso porque o importante é que eu e o bebê esteja bem, ela ligou para o papai e me fez conversar com ele e explicar tudo também, claro que não contei a ele que estava grávida, só falei que passei mal e com isso vim parar no hospital.

Não me julguem! Não estou pronta para contar tudo ao papai.

Passamos bastante tempo conversando até eu perguntar sobre a Mari e ela se levantar da poltrona de onde estava e se lembrar que tinha mais gente querendo me ver e isso arrancou uma gargalhada minha.

Assim que mamãe saiu entrou a Mari que fez eu me acalmar com o jeitinho maravilhoso dela.

Logo depois Emilie e Ellie todas chorosas dizendo que morreram de medo de me perder e que se eu tentasse fazer isso novamente ela iriam me matar, eu acabei rindo do comentário das duas, mas no final elas disseram o quanto me amavam e que queriam a criança bem pra elas apertarem bastante as bochechas, essa criança nem nasceu mas já estou morrendo de pena.

All We Need Is Love [Em Correção] - [Hiatos]Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon