One More Day (H.S)

03|Baby Direction

Melissa.

Depois de um dos dias mais legais da minha vida, eu preferia não ter acordado hoje. Eu estava muito enjoada, e as coisas à minha volta pareciam girar.

- Droga. – reclamei.

Harry, que ainda estava abraçado comigo, começou a se mexer.

- Mel?

- Bom dia Hazza. – eu disse.

- Bom dia. – ele disse. – Que horas são?

- 10h15min. – Louis respondeu. – Estávamos esperando vocês dois acordarem.

- Esperando pra quê? – perguntei.

- Niall quer que você faça panquecas pra ele. Ninguém mais sabia fazer e vocês dois não acordavam, estávamos quase jogando um balde de água gelada em cima de vocês. Zayn até teve que ir no mercado comprar ingredientes.

- É tocante ver o quanto você nos ama, Louis. – eu disse, me levantando. Ou pelo menos tentando, porque eu ainda estava um pouco tonta. Achei que ninguém perceberia, mas Harry não deixou isso passar despercebido.

- Você está bem? – Harry perguntou.

- Sim, eu estou bem. – garanti.

- Você está meio quente. – ele falou, colocando uma mão na minha testa.

- Isso é que é amor, elogiando a namorada até logo depois de acordarem. – brincou Louis.

- Não, idiota. – censurou Harry. – Eu quis dizer que ela está com febre.

Dito isso, todos presentes na sala resolveram se preocupar comigo. Até Niall, que devia estar morrendo de fome e querendo devorar o braço de alguém.

- Eu não estou com febre. – eu disse, sabendo que estava sendo teimosa. – Estou bem, sério. Vou fazer as panquecas que Niall pediu. Não quero ninguém acabe com um membro a menos ou coisa do tipo.

Fui até a cozinha, feliz pela tontura estar melhorando. Comecei a fazer o café da manhã, embora ficar manuseando comida estivesse me deixando mais enjoada do que já estava.

No fundo, eu sabia que algo assim não demoraria a acontecer. A verdade, é que eu sou praticamente um ímã para doenças e ferimentos. Em geral, eu fico doente a cada dois meses. Pode ser gripe, crise de bronquite, pneumonia… qualquer coisa que acabasse comigo de cama e minha mãe reclamando por gastar tanto dinheiro com remédios. Eu esperava que aqui em Londres fosse diferente, e já estava até começando a me animar por não ter ficado doente nenhuma vez, e só ter torcido o tornozelo há alguns meses. Mas, pelo visto, não se pode ter tanta sorte assim.

Consegui terminar de fazer o café da manhã para todos, mesmo sem a mínima intenção de comer com eles.

Todos sentaram-se na mesa que havia na cozinha, e começaram a comer. Fiquei apenas olhando, enquanto a tontura meio que começava a voltar, obrigando-me a segurar no balcão com medo de perder o equilíbrio e cair. O enjoo também estava piorando.

- Mel, você não vai comer? – perguntou Duda.

- Não. Na verdade, acho que vou esperar lá na sala… – eu disse, minha voz falhando um pouco. No fim, eu não fui para a sala. Ao invés disso, eu meio que corri até aquele banheiro onde eu havia tomado banho ontem, a tempo de começar a vomitar.

Droga, como se não bastasse estar com febre e tontura, tem que ficar enjoada e vomitar também.

Senti uma mão em meu ombro.

- Ainda acha que está bem? – disse Harry.

- Talvez. – retruquei.

- Posso ser a madrinha? – perguntou Duda. Espera, de onde ela surgiu?