Cap. 10 - "Temos que ir embora!!"

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⁃  Oi?! Fedelha! - Ele balançou as mãos em minha frente, tentando chamar a minha atenção - Temos que ir embora!! É sério!

⁃  Mas por que? - Perguntei distraída - Para que tudo isso Nicholas?

O rapaz bufou um pouco, levando as mãos ao rosto, passando as pontas do dedos em seus cabelos escuros.

⁃  Você não entende!

⁃  Não entendo o que? – Eu ainda estava muito distraída, prestando atenção na comida – Tente me explicar. - olhei pra ele que ainda passava as mãos nos cabelos pensativo, revirei os olhos, continuando - coma algo, você deve estar com fome, não comeu nada a manha toda.

Nicholas pigarreou um pouco, ele estava aflito, ansioso, me observou com aqueles olhos escuros comer por alguns segundos, até que se esticou por cima da mesa, pegando o dinheiro que eu havia deixado do lado do meu prato.

Contou o dinheiro rápido, colocou a quantia certa do prato e do serviço no mesmo lugar e o que sobrou em seu bolço e me pegou pelo pulso, me puxando para fora do restaurante.

   ⁃   Ei! O que você está fazendo? - Falei tentando tirar sua mão de meu pulso - Da última vez que você me puxou assim não acabou muito bem para mim!

O rapaz não deu ouvidos, me segurou mais forte, meu pulso doía a cada vez mais a medida que o moreno me puxava.

Viramos a esquina, Nicholas pisava cada vez mais forte a cada passo, ele estava muito estranho, para não o irritar mais, parei de tentar me soltar de suas mãos, e comecei a andar na mesma velocidade que ele, silenciosamente.

Até que chegamos na porta da sua casa, em silencio levei uma das mãos ao bolço do moletom pegando a chave e a entregando para Nicholas. Ele destrancou a porta apresado, me puxando para dentro e a trancando novamente.

Estávamos dentro da casa, agora a cozinha e a sala de estar estavam toda desarrumada, mais que antes, havia pegadas de espumas vindas da lavanderia.

   ⁃ Eles já vieram aqui. - Nicholas murmurou indo até uma pequena janela da sala de estar - Talvez ainda não foram embora.

Eu ainda estava parada em frente a porta, o observando apreensiva, não estava entendendo nada.

   ⁃ Eles quem? - O observei mexer em seus cabelos escuros, pensando - Deus Nick! Me explica o que está havendo aqui! Eu preciso saber para poder te ajudar!

Nicholas ainda olhava pela janela apreensivo, mexendo em seus cabelos, em silencio. Eu não estava entendendo nada, estava preocupada com Nick naquele estado.

   ⁃ Se "eles" ainda podem estar aqui, por que você não vai verificar? Faça alguma coisa moleque!

Ele me olhou bravo por alguns breves minutos então pegou sua pistola no bolço, a destravou, então andou calmamente até seu corredor, entrando em cada cômodo lentamente, eu o segui logo atrás.

A casa estava toda desarrumada, os moveis estava revirados, até que chegamos ao quarto de Nick, que estava desarrumado, mas como eu já tinha me acostumado com ele já bagunçado, não vi muita diferença.

O moreno foi até seu guarda-roupa, então se virou com um pedaço de papel de cor preta nas mãos, com os olhos ainda no papel, ele disse com sua voz rouca:

   ⁃ Precisamos ir, ainda hoje, pirralha. É sério, agora você vê a real situação?

Agora seus olhos escuros estavam me fitando aflitos, eu concordei com a cabeça silenciosamente, se até Nicholas estava com medo, eu não queria conhecer "eles".

Nicholas então, pegou uma mochila que estava em cima de seu guarda-roupa, ele começou a jogar algumas roupas ali dentro rápido.

   ⁃ Você pode sair e trazer o carro aqui na frente? – Ele falou jogando as chaves do meu carro em minha direção, e ainda enchendo a mochila de roupas.

Eu concordei novamente com a cabeça e me virei, saindo do quarto, então o ouvi vindo até mim.

   ⁃ Me prometa que você vai tomar cuidado! - Ele suspirou - Sei que está tudo confuso para você, mas, não posso te explicar ainda, você não está preparada.

Eu me virei, o abraçando, o rapaz se assustou com a minha aproximação repentina, dando umas batidinhas nas minhas costas desengonçado.

   -  Eu prometo.

Nos olhamos por breves segundos, até que Nick se virou indo para seu quarto, e eu passei pelo corredor indo até a porta, abrindo-a e saindo.

 Quando cheguei em meu carro, o destranquei, abri a porta, ouvi alguns passos vindos até mim, passos rígidos, meio apresados, eu gelei na mesma hora, meu coração acelerou, um gelo nasceu na boca do meu estômago, gelando todo o meu corpo

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Quando cheguei em meu carro, o destranquei, abri a porta, ouvi alguns passos vindos até mim, passos rígidos, meio apresados, eu gelei na mesma hora, meu coração acelerou, um gelo nasceu na boca do meu estômago, gelando todo o meu corpo.

Fingi estar calma abrindo a porta do carro e já entrando, fui fechar, uma mão a segurou, me impedindo de realizar tal ato.

Um dia após meu suicídio. Where stories live. Discover now