Cap. 37 - A carta

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"Querido Nicholas Cárter,

  Estas são as minhas últimas palavras para você. Queria muito ter dito isso enquanto podia ver seus lindos olhos de tempestades, porém não tive coragem, tive que ser colocada contra a parede para finalmente aceitar meus sentimentos por você.

  Eu te amo Nicholas, mesmo com seus ataques de raiva, mesmo com essa máscara de sociopata que você vive colocando sobre seu rosto, eu te amo como nunca amei na vida.

  Você me proporcionou momentos maravilhosos, sempre fazendo piadas, sendo bobo, sarcástico, safado... Pena que não podemos ter mais momentos juntos...

  Nicholas, me prometa que vai viver intensamente a partir da hora que acabar de ler essa carta, me prometa que não vai mais se segurar para não sentir qualquer coisa! Porque a vida é um sopro, ela passa diante dos nossos olhos sem percebermos. A vida é curta demais para vivermos nos segurando para não sentir.

Se jogue de cabeça em tudo, em relacionamentos, momentos, viva intensamente, para não precisar se perguntar se realmente aproveitou tudo.

Fiquei sabendo sobre sua mãe, sinto muito mesmo, queria ter descoberto tudo isso em outra ocasião, ao seu lado. Você não faz ideia o quanto gostaria de te abraçar forte e falar que tudo vai ficar bem, que eu estaria ali ao seu lado para o que você precisar.

Te desculpo por tudo o que você me fez, não se preocupe, morri sem ressentimento pela nossa briga e obrigado por fazer minha cicatriz favorita.

Tenha uma boa vida Nicholas Cárter, estou te tirando de um problemão! NÃO ENTRE EM OUTRO!

Ps: Junto com essa carta escrevi mais uma, que contei com muitos detalhes tudo o que aconteceu, quero que mande-a para minha mãe, aquela vadia tem que saber como a própria filha morreu e saber que um pedacinho da culpa foi dela.

Vou estar sempre contigo Nicholas, de olho em cada passo que você der e se precisar de um ouvido pra desabafar, olhe para a estrela mais brilhante do céu, eu estarei lá.

Adeus Nicholas Cárter, meu sociopata.

   De sua pequena suicida,
Isabele Johnson."

Um dia após meu suicídio. Donde viven las historias. Descúbrelo ahora