Cap.38 - "Isabele Johnson, não consigo te colocar em palavras"

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POV NICHOLAS CÁRTER

Fazia alguns dias já que eu tinha perdido a Isa, o que mais me assombrava era que eu tinha uma parte da culpa, eu era a pessoa que mais a matou. Eu fui o motivo pelo qual ela havia tirado sua própria vida. O meu erro foi pago pela vida dela....

Só conseguia lembrar daquelas íris confusas e decepcionadas olhando para mim quando entrou naquele quarto. Como eu fui um idiota lascrifento!

  Aquela cena dela cortando sua própria garganta espantava meus sonhos, fazendo cada vez mais a culpa se instalar em meu peito.

Meus pensamentos estavam uma loucura enquanto eu a colocava confortavelmente em cima da pilha de lenha.

Havia roubado um vestido branco de seda com detalhes dourados de uma loja de uma cidade ali perto. Minha suicida não poderia ser queimada com aquelas roupas encharcadas de sangue e com uma energia negativa. Eu não queria ter minha última lembrança dela assim.

  Arrumei seus cabelos cuidadosamente, colocando flores ao seu redor, ela parecia um lindo anjo dormindo, dormindo para sempre.

- Isabele Johnson, não consigo te colocar em palavras - comecei a falar, passando meus dedos pálidos em seus cabelos, segurando minhas lágrimas - não sei se foi burra demais por se envolver comigo ou amável demais para ver algo bom em mim.

Passei meus olhos pelo seu rosto tão sereno, me perguntando silenciosamente se veria novamente o castanho magnífico e profundo dos seus olhos.

- Me desculpe por tudo isso, - suspirei, dando permissão para minhas lágrimas - eu fui um filho da puta com você, por minha culpa você está deitada aqui, sem vida.

Não aguentei, me joguei em cima do seu corpo, fazendo algumas flores caírem no chão, me agarrando em seu copinho delicado.

- Pode deixar minha suicida - murmurei aos prantos - eu entregarei sua carta, vou pegar seu carro e andar esse país inteiro para entregar pessoalmente para sua mãe e me desculpar por causar a morte da sua filha.

Seu corpo era gelado em baixo do meu, me assustando.

- Eu sou um monstro - as lágrimas desciam quentes em minhas bochechas - fui tão longe que cheguei ao ponto de ser a sua dor, dor da pessoa que eu mais amei!

Me endireitei, levando os dedos aos meus olhos, limpando as lágrimas.

- Me desculpe... - levei a mão ao bolso, tirando meu isqueiro, o acendendo - Eu sempre vou te amar Isabele Johnson.

Joguei o isqueiro na pilha de lenha, o fogo começou a ganhar vida, queimando tudo. Imaginando o dia em que eu acordar e não lembrar do som da sua voz, do som da sua risada...

Desculpaaa pelo atraso desse cap! Eu realmente não consegui escrever ontem, porém tá aí! Já vou escrever outro agora, finalizando eu posto, para me redimir

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Desculpaaa pelo atraso desse cap! Eu realmente não consegui escrever ontem, porém tá aí!
Já vou escrever outro agora, finalizando eu posto, para me redimir.

Um dia após meu suicídio. Where stories live. Discover now