CAP 2 (Acho que eu me enganei... Eu vou querer ficar perto dele...😬)

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CAP 2.............................................................

            Entrei na escola mais perdida que o normal. Ouvia as pessoas me dando parabéns e as agradecia, mas minha cabeça estava no Príncipe dos pesadelos... Por que será que ele estava tão afobado ultimamente? Antes, ele aparecia para mim uma vez ou outra em algum sonho. Agora, além de tentar falar comigo todos os dias, ainda surgia quando eu estava acordada.

           Eu tinha tanto medo dele... Ele era tão medonho. Sempre fica escondido num traje preto com um capuz... E a única coisa que deixa visível, são seus olhos, sempre vermelhos demais, ou pretos demais... E a voz dele então? É tão assustadora, que nem consigo me mover quando fala... Mas tem uma coisa muito estranha nele... Ele não parece ser mau... Só parece que quer me contar alguma coisa. E eu sei disso, por causa dos pesadelos... É como se o príncipe estivesse tentando me preparar para algo que vai acontecer, me contando uma história.

        Estava tão focada em desvendar o que estava acontecendo comigo, que nem reparei quando a Alícia parou na minha frente me dando o abraço mais apertado que podia enquanto gritava eufórica:

-- PARABÉNS, AMIGA!! 

      Sorri e apertei o abraço.

-- Obrigada, Ali -- Agradeci até achando graça que um dia, a menina que me zoava na creche, viraria minha amiga mais próxima.

-- Toma, comprei para você! -- Me deu uma caixinha de presente.

-- Ah, valeu! Não precisava, mas obrigada, de verdade! -- Agradeci abrindo o mais rápido que consegui e até lhe dei outro abraço ao ver o que era -- Ah! Que fofo, Ali! -- Comentei vendo o colar -- Eu adorei, obrigada!

-- De nada -- Sorriu contente por eu ter gostado. E parecendo se lembrar de algo -- Aé, minha mãe falou que o bolo hoje é por conta dela lá no restaurante, okay?

     Fiquei meio sem reação... Que restaurante? 

-- Como assim?... -- Fiquei confusa.

-- Ué, o Kaique não te contou? -- Franziu as sobrancelhas.

-- Não -- Neguei entendendo que deveria ser uma festa surpresa.

    Percebendo que fez besteira, ela deu um sorrisinho amarelo e pediu:

-- Pelo amor de Deus, finge que não sabia de nada quando chegar a hora então, por favor?!

    Gargalhei.

-- Tá -- Concordei. A Alícia sempre dava uma bola fora nessa questão de esconder segredo, por isso, nunca a contei sobre meus pesadelos e nem nada, éramos amigas na escola e ponto final. E na verdade, eu nem andava tanto com ela, não andava com ninguém em específico, era amiga de todo mundo, mas não permitia que se aproximassem o bastante para descobrirem meu segredo.

      Estava rindo ainda, quando senti alguém esbarrar em mim fazendo com que meu presente caísse.

-- Ops! Foi mal -- A Sara Fernanda, minha pior inimiga desde os tempos da creche, se fingiu de arrependida. -- É que eu achei que você fosse um espírito, Queimada.

     Revirei meus olhos e peguei o colar do chão. EU ODIAVA QUE ME CHAMASSEM DE QUEIMADA!

-- Meu nome, é Milena -- Tentei ser educada, pois definitivamente não estava com saco para discutir hoje. -- E minha queimadura não é apelido e nem meus pais são chacota -- Completei com firmeza.

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora