CAP 68 (O que é o processo de morte?🤔)

16 6 6
                                    

CAP 68................................................

         Entramos.

-- Uau! -- Não pude deixar de comentar. -- Que lugar lindo!

       A garota sorriu.

-- Obrigada -- Agradeceu tímida. -- Mamãe sempre prezou por uma decoração acolhedora e cheia de vida, digamos que ela é boa em designer.

-- É mesmo -- Concordei com veemência observando todos os móveis brancos e dourados maravilhosos pela casa

-- Gente -- A Maia voltou a falar -- Esses são os quartos de hóspedes, sintam-se à vontade de escolher o que quiserem, ok? Têm camas suficiente para todos. E, Jun, você que está de muleta, tem elevador lá nos fundos e uma cadeira de rodas, quer que eu providencie uma?

-- Não, obrigado, eu me viro só com o elevador mesmo.

-- Ele quer sim -- A Leila corrigiu. -- Mal consegue andar com essas coisas. Pode me levar onde a cadeira está, Maia, por favor? 

-- Claro. Me siga -- E olhando para nós. -- Gente, caso estejam com fome, o Bernardo e a Caroline estão a disposição de vocês para preparar o que quiserem. Mais uma vez, sintam-se em casa.

-- Obrigado -- Agradecemos

      Olhei para o Arlo.

-- Ela é muito legal mesmo -- Comentei

-- É, eu sei -- Concordou, mas sua entonação não era tão empolgada, estava mais para melancólica

     Me preocupei.

-- Que foi? -- Quis saber

-- Nada não, besteira minha... -- Deixou para lá -- Acho que vou escolher meu quarto... Tchau.

-- Tchau -- Me despedi confusa

      Ia ir escolher o meu também, mas ouvi a voz do Kaleb atrás de mim, explicando:

-- Ele está assim por causa da Esperança e o Arrependimento.

     Tomei um susto. O príncipe parou do meu lado e prosseguiu apontando para uma foto em cima de uma estante que mostrava um casal muito bonito abraçados em um campo florido.

-- Todo mundo carrega seus medos na memória, e o do Arlo é nunca conseguir fazer os Guardiões voltarem e pedir desculpas por ter usado o nome do filho deles, mesmo lá no fundo desejando ser parte dessa família. É bem triste para ser sincero.

     O olhei.

-- Sabe? Vire e mexe a Erika me contava sobre os surtos que seu namorado tinha por causa da Senhora Esperança, que os dois viviam fazendo o impossível para se encontrarem e conversarem, era como se eles precisassem se conhecer, todo mundo achava isso estranho. Sério, o Matteo uma vez até me disse que suspeitava que o Arlo na realidade fosse Lorran, foi a época mais louca da vida do garoto, começamos a fazer pesquisas profundas para descobrirmos a verdade sobre o passado do menino, mas no final veio a decepção, o Arlo é filho de plebeus que não tinham nem como se sustentarem e o jogaram para o Pesadelo... Muitas pessoas iriam se revoltar se descobrissem que sua linhagem não tem nada de real, mas o Arlo não, ele saiu noites e mais noites procurando os pais verdadeiros para verem que o filho deles cresceu e dar lar e sustento aos dois, ter oportunidade de ter uma família de verdade, de fugir com eles para qualquer lugar longe do seu Guardião, finalmente ser filho de alguém, mas a única coisa que ele encontrou, foi que ninguém nunca mais tinha visto seus pais desde que ele nasceu, que os dois evaporaram e sumiram... E o pobre Arlo então depositou qualquer tipo de maternidade na Senhora Esperança, mesmo sabendo que não era filho dela de verdade.

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Where stories live. Discover now