CAP 78 (Dá licença que a solução chegou😎)

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CAP 78................................................

-- Vamos, Pesadelo! -- Ele gritava enlouquecido. -- Vire meu guardião de uma vez! Quer ser o culpado da morte da sua filha?! -- Apertava mais a faca no pescoço da garotinha

       A Rânia intensificou as lágrimas.

-- Está machucando! Machucando!! -- Queixava afobada

       O Lorran gargalhou.

-- Culpe o seu papai -- Debochou medonho -- Parece que ele não te ama o suficiente para te salvar. Será que eu vou ter que repetir os termos? Ou você vira meu Guardião de uma vez, ou a sua filhinha aqui -- Apertou mais a lâmina. A Rânia gritou. -- Paga -- Prosseguiu sorrindo

   Reparei que o Pesadelo tinha paralisado.

-- Por favor, Arlo, abaixa essa faca -- Teve coragem de tomar uma atitude enquanto se aproximava com cautela

    O garoto pelo contrário, a passou enfurecido em mais um lugar do pescoço da menininha e urrou furioso:

-- LORRAN! EU SOU O LORRAN!

-- Tudo bem, tudo bem -- O Pesadelo concordou com o nome que ele queria ser chamado. -- Lorran, eu estou falando com o Lorran, já entendi -- Garantiu. -- Não precisa se estressar e nem descontar na minha filha. Seu problema é comigo, lembra? Sou eu que te fiz mal, sou eu que mereço ser punido... Solta a Rânia, ela não tem nada haver com isso, solte-a, eu suplico.

    O rei o olhou entediado e rebateu:

-- Não é das suas súplicas que eu preciso. Já disse! Vire meu Guardião e a terá sã e salva.

-- Não posso ser seu guardião -- Enfatizou calmamente e respirando fundo para manter o controle. -- Você sabe o que acontece com nós Senhores depois que os protegidos morrem, ficamos incapazes de escolher alguém, de ter um príncipe... Não conseguimos dividir nossos poderes, você sabe disso. Não tem como forçar o impossível a acontecer. Entenda, Lorran, não seja burro e impulsivo, pense com o cérebro. Solte minha filha.

-- Não! -- Ele negou o fuzilando com o olhar. -- Você deve pagar de algum jeito! E a morte dela vai ser o preço! Já que não posso atormentá-lo pelo o resto da sua vida, que te atormente com isso! Perderá sua primogênita!

     O Pesadelo se desesperou.

-- Será que não percebe que só de o ver já estou sofrendo?! Já estou pagando e sendo atormentado! -- Rebateu com a voz embargada

    O Lorran o olhou confuso.

-- Você era meu principezinho, meu menininho! -- Prosseguiu batendo no peito. -- Eu te vi dar os primeiros passos, te ouvi dizendo as primeiras palavras, te dei colo quando você estava com medo, recebi seu colo quando eu precisava, brinquei com você mesmo quando sabia que era para nós treinarmos, te vi crescer e virar um garoto sonhador, alegre, incrível, o que todos julgavam por ser diferente, mas que era por isso que deveria se amar mais. Vi você ser o vencedor, o perdedor, o melhor e o pior. Mas além de tudo, vi você sendo o meu filho que eu tanto, tanto amava... Mas que eu perdi por um erro meu, porém mesmo assim, eu sabia que ele iria continuar a brilhar, porque você era isso, Arlo, a chave da Esperança, a chave do Arrependimento, a junção mais perfeita que o universo poderia criar... E assim, do nada, lunáticos vem e te transformam nisso? Nesse ser asqueroso e nojento que só se preocupa com o próprio umbigo? Que quer vingança por cicatrizes que precisavam ser feitas para te fazerem crescer? Quer um sofrimento maior do que um ''pai'' ver seu filho se perdendo na própria história?! Se perguntar quem é você? Porque esse não é o garoto que eu criei, aonde está meu menino?

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt