CAP 14...........................................................
-- Arlo! -- O gritei no minuto que eu o vi sentado no banco de sempre. E sem controlar meus sentidos, quando dei por mim, já estava o abraçando, que pareceu até ficar paralisado de início com minha demonstração de afeto, mas quando percebeu que era real e que eu, realmente, queria seu carinho naquele momento, me abraçou tão bem e apertado, que até me senti alguém especial .-- Eu estava preocupada com você -- Revelei. -- Seus pesadelos estão esquisitos... Está tudo bem contigo?
Ainda me abraçando, ele respondeu com a voz meio embargada:
-- Sabia que é a primeira sonhadora que se preocupa comigo? -- Contou, e me surpreendendo, completou -- Não sei, Milena, mas você é diferente dos outros... Eu me sinto até alguém importante do seu lado... Obrigado.
Me afastei com um sorriso e me ajoelhei na sua frente, avisando:
-- Mas você é. Pode me falar o que está acontecendo, prometo que vou tentar te ajudar.
-- Você se cobra demais, sabia? -- Rebateu. -- Do mesmo jeito que estar preocupada comigo, estou com você... Sua cabeça está um turbilhão essa semana por causa das pessoas, você se sente obrigada a ajudá-las... Não quero ser mais um motivo de preocupação para você.
Forcei um sorrisinho.
-- Mas é que eu não vou ficar bem sabendo que... Meu príncipe?... -- Fiz graça --...não estar. Pode me falar, sério.
Ele suspirou parecendo mais incomodado.
-- Seu príncipe? -- Duvidou. -- Está vendo? Você é... Ahh, sei lá... É só que... Tenho medo de você me odiar também. Nesses dias, isso virou meu maior temor na realidade... Eu não quero que você não goste de mim... -- Pausou para me olhar, e estava mesmo apreensivo enquanto completava -- Como a Loriave... Ela me odeia, e com razão. É verdade, eu fui muito cruel com ela! Eu fiz uma criança sonhar com pessoas mortas... Isso me torna mau, né?
Era aquilo, eu sabia que era culpa da Loriave. Suspirei.
-- Não. Você só queria ajudá-la.
-- Mas ela tem razão, eu não a mostrei o pesadelo certo... Eu não adiantei de nada... E ela só está desamparada na outra linha temporal agora, porque toda minha atenção, tem que estar voltada em você nesse momento, para salvá-los... Porque estamos sem chaves aqui, eu só quero dar a eles a oportunidade de se livrarem de verdade do caderno... E também porque, se eu a mostrasse qual era a chave, os guardiões não iam aceitar. Qual é a lógica de dar algo que tem que ser merecido a alguém que já sabia o que era?... E o último motivo, é que ela nem tinha certeza se eu existia ou não, achava que eu era um personagem fictício muito mau, o monstro do olho vermelho, era assim que a menina me chamava... Até que resolvi parar de assustá-la com meus olhos feios, sendo que só queria ajudá-la, mas a garota nunca entendeu isso, tinha medo de mim... Só quis parar de lhe causar tormento.
-- Viu! Você é bom! -- Me alegrei ao ver que, realmente, tinha um motivo para ele tê-la deixado "sozinha" -- Mesmo de longe, está a ajudando, só que a Lori é muito cabeça dura para perceber isso. Você é incrível, Arlo!
-- Não sou não -- Negou baixando a cabeça. -- E vai descobrir isso quando vier para cá... Confesso que estou pensando seriamente em te impedir... Deve existir outra forma de salvar o Kaique e a Loriave... Eu vou resolver... Só preciso pensar.
-- Arlo! -- Me levantei revoltada. -- Não estou me matando de desenhar à toa, me impedir de salvar meu irmão que vai me fazer te odiar.
Dizer isso, o deixou desesperado, pois logo levantou, pedindo:
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Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]
Science FictionME DIGA COMO SAIR DAQUI, conta a história da Milena sendo a nossa conhecida "Garota ruiva." Nessa continuação, além de descobrirmos vários mistérios que não foram respondidos no livro 1 (Me diga seu nome), nos depararmos com uma doença mortal qu...