Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]

CAP 54 (Aonde fica os Guardiões?🤔)

CAP 54...........................................................

           Cheguei a ficar boquiaberta.

-- Nossa, que lugar lindo! -- Comentei ao ver, literalmente, todas as estações do ano juntas em uma só sala

-- Sim... -- O Arlo concordou, mas seu tom de voz, não era de entusiasmo, e sim de angústia... E eu sabia qual era o motivo... As máscaras, ele ainda deveria estar morrendo de medo de, novamente, não ser aprovado

         Por notar isso, apertei um pouco sua mão para lhe passar força e avisei carinhosamente:

-- Ei, relaxa, vai dar tudo certo, não precisa se preocupar.

-- Tá -- Concordou com um suspiro relutante. E me puxando de levinho, informou -- Precisamos entrar antes que a porta feche.

-- Okay -- O segui

     Mal encostamos os pés no piso da sala, quando uma voz muito bonita e feminina apareceu, saudando:

-- SEJAM BEM VINDOS, Arlo Antonie Terceiro e Milena Marquez Rosti! É uma grande honra recebê-los aqui nesta noite para dar-lhes a oportunidade de entrar no meu baile acompanhados!... Ou não.

    No mesmo instante, olhei na direção da voz, e encontrei uma mulher maravilhosamente linda e colorida, vindo na nossa direção com a postura totalmente ereta e elegante. Seu vestido, tinha uma cauda enorme que pegava metade da sala atrás de si, seus cabelos eram muito parecidos com o do Jun, cheios de cores vivas e brilhantes, e estavam presos num coque frouxo e cacheado. Sua pele, parecia obedecer a cor que ela quisesse que tivesse, pois a tonalidade mudava a cada passo que dava, até parar num tom pardo e brilhante. E o que mais chamou minha atenção, ela era bem alta e tinha um sorriso penetrante e lindo, assim como o do seu príncipe.

-- Olá, Senhora das estações! -- O Arlo a saudou numa reverência formal que logo foi imitada por mim. -- É uma grande honra para nós também estarmos perante a sua presença. Desejo de todo o meu coração que este ano eu tenha sorte com as suas máscaras... Se não for pedir muito, eu gostaria bastante de dançar as valsas da sua festa desta vez, e não vê-las acontecendo na minha frente sentado em uma mesa.

     A Guardiã suspirou como se estivesse cansada de ouví-lo dizer aquilo, e rebateu:

-- O mesmo pedido todo ano, e a mesma resposta de sempre: Eu só quero o seu bem, Arlo, já te disse que quando lhe dou máscaras ruins, é porque ainda não estar na hora de te dar a certa. Mas sua sorte, pode mudar hoje, tudo é possível, só basta tentar ser digno de tê-la mais uma vez. Me mostrem que merecem ir ao baile juntos, que eu lhes digo se aprovo. -- E apontando para um caminho, pediu -- Por favor, me sigam.

   Com passadas curtas, a seguimos. Olhei para o lado e vi que o Arlo estava com uma expressão aflita, me preocupei, ele deveria estar muito nervoso mesmo. Tentando descontrair, resolvi distraí-lo, pedindo:

-- Posso te fazer uma pergunta?

-- Claro -- Permitiu me olhando

-- Como a Guardiã do Jun estar aqui sendo que ele está no seu laboratório? Eu achava que vocês e seus senhores sempre ficavam no mesmo lugar, inclusive, por que eu nunca vejo os Guardiões com os seus protegidos?

    O Arlo sorriu como se eu tivesse tocado num assunto legal.

-- Nós somos protegidos, e não a mesma pessoa, isso significa que meu guardião não precisa estar necessariamente comigo para estar me protegendo. A maioria do tempo, eles estão resolvendo a vida deles, e muitas vezes, nos planetas em que vivem... Porém, somos totalmente interligados, isso significa que nossos cérebros, têm acesso ao do outro, como um celular tem acesso às suas informações, por exemplo. E por termos esse acesso mental, podemos meio que agir como se eles estivessem do nosso lado mesmo, pois podemos conversar por telepatia. Chamamos isso, de modo invisível.