CAP 10 (MEU DEUS, PABLO, MEU DEUS!😱)

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CAP 10...........................................................

-- Calma, vai passar, vai passar -- Tentou me acalmar enquanto me guiava para algum lugar comigo encolhida em seus braços e com a cabeça apoiada em seu peitoral.

           Eu não tinha certeza se passaria, estava me sentindo um lixo, mas decidi ficar quieta e continuar recebendo seu carinho, me sentia segura em seus braços. Quando resolvi conferir para onde estávamos indo, até me assustei um pouco ao ver que era para uma mesa da cantina no pátio exterior. Franzi as sobrancelhas e com a voz meio nasal, perguntei:

-- Por que me trouxe a lanchonete?

          Me sentando e ajeitando meu cabelo, avisou se ajoelhando para que me encarasse:

-- Para comprar sorvete para a gente. Pode me dizer qual quer que eu pago. Sugiro que escolha um bem recheado e gordo. 

     Sorri.

-- Não precisa -- Avisei.

-- Mas eu faço questão -- Rebateu com a expressão de comovido. E me olhando envergonhado, contou -- Descobri que não gosto de te ver chorar... Então, acredite, vou comprar até o mundo se for preciso para devolver seu sorriso.

     Senti meu rosto queimar, mas fingi que estava bem e informei:

-- Quero de bombom com ovomaltine então. 

-- É para já -- Saiu se levantando e se dirigindo para a cantina.

     Quando ele voltou, admito que senti muita inveja do sabor que havia comprado para ele. Peguei o meu praticamente babando no do garoto. E o Pablo percebeu, pois pediu rindo:

-- Não olha assim para o meu sorvete, ele vai acabar caindo desse jeito.

     Abri um sorrisinho amarelo e falei:

-- Mas o seu está tão bonito...

-- Não vou trocar, se é o que está pensando -- Me descobriu abrindo um sorriso sapeca. -- Mas... Pode pegar um pouco do meu, se quiser...  E acredite, a hora de fazer isso, é agora. Depois que eu encostar a boca na colher, ela vai pegar minha saliva... E enfim, não vou deixá-la chegar perto do meu pote depois disso, e não é por maldade, é para te proteger... -- Avisou sentando na cadeira e jogando seu sorvete na minha direção arrastando sobre a mesa.

     Peguei me sentindo meio mal... Qual era o problema da saliva dele? Percebendo que eu havia ficado estranha com seu último comentário, informou se levantando:

-- Se for para ficar com pena de mim por eu ter falado isso, eu vou embora.

-- Não -- O impedi. -- Não estou com pena... É porque... É uma lástima eu não poder pegar mais depois... O seu, realmente, parece delicioso... Hum -- Arrumei uma desculpa esfarrapada.

    Ele sabia que eu estava mentindo, mas relevando isso, sentou meio cabisbaixo na mesa e sussurrando:

-- O que te fez chorar hoje?

     Suspirei.

-- É melhor deixar para lá... Eu nem sei porque decidi te perturbar... Meu plano, era ficar na minha o resto do dia -- Avisei, acarretando que o menino me olhasse meio preocupado.

-- Foi algum babaca? Quem foi? Eu juro que vou atrás dessa pessoa -- Se alarmou.

-- Não... A única babaca hoje, sou eu -- Forcei um sorrisinho. -- Briguei com meu irmão e agora, ele está passando mal por minha causa... Só isso... 

     Ele franziu as sobrancelhas.

-- Hum... Por que não pede desculpas? -- Propôs.

-- É um pouco complicado... O Kaique está evitando barulho hoje... Se é que me entende...

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Where stories live. Discover now