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Uma pandemia não era o melhor cenário para seu namorado comemorar seu 23º aniversário.
Não era apenas o fato de você não poder sair de casa para comemorar e festejar como você sabia que ele queria, mas não havia muita escolha do que fazer.
Arón e você planejaram embarcar em um avião depois de festejar a noite toda e ir visitar a família dele no norte, sabendo que ele sentia falta da família e também queria que você conhecesse o lugar que ele chamava de lar e amava tanto.
Obviamente, nada disso era possível agora. Você nem tinha tudo o que precisava para fazer um bolo decente e Arón insistiu que ele não queria que você arriscasse sua saúde indo ao supermercado.
"Acho que precisamos comprar coisas..." Você tentou iniciar a conversa.
Arón franziu o cenho. "Por quê? Tenho certeza de que temos tudo, e não é como se a Mercadona tivesse muitas coisas para comprar hoje em dia."
Ele tinha um argumento óbvio e percebeu que você ficou em silêncio. "Você sabe que não precisa me dar nada no meu aniversário, certo?" Ele sorriu e colocou as mãos nos seus quadris.
Você fez beicinho. "Eu sei, mas é o primeiro aniversário que passamos juntos e nem sequer temos um saco de batatas fritas para comer enquanto assistimos à compulsão."
Ele encolheu os ombros. "Temos cerveja e um pouco de tabaco, e eu tenho você, então não preciso de mais nada."
"Tão brega." Você revirou os olhos para ele.
"Sempre há o próximo ano para comemorar. Estarei aguardando meu relógio Cartier ou algo parecido. " Ele brincou, fazendo você rir.
"Acho que duas cervejas e eu é tudo o que posso oferecer." Você disse a ele e ele deu de ombros.
"Querida, seu corpo é mais do que suficiente." Ele deu um sorriso apertado, deixando suas covinhas mais proeminentes.
"Isso não foi o que eu quis dizer." Você riu e desembaraçou de seus braços.
––––—
Você acordou antes dele, o que lhe deu tempo para colocar a caixinha na mesa de cabeceira, para que fosse a primeira coisa que ele veria quando decidisse abrir os olhos.
Infelizmente para você, no momento em que sua mão errante não encontrou seu corpo ao lado dele, seus sonolentos olhos castanhos se abriram, descobrindo que você estava tentando montar o presente dele.
"Bom dia. Você precisa de alguma coisa?" Sua voz profunda da manhã estava cheia de brincadeira, mesmo que seus olhos mal pudessem se abrir.
Você pulou antes de se ajoelhar. "Feliz cumpleaños, amor."
Arón dedicou a você o maior sorriso que ele conseguiu com o sono ainda em seu corpo. Você se inclinou para beijar os lábios dele, com os quais ele concordou alegremente antes de colocar as mãos nos quadris e levá-la de volta para a cama com ele.
Vocês dois estavam nus na cama, aproveitando o silêncio tranquilo do quarto. Você poderia facilmente voltar a dormir enquanto Arón traçava padrões em suas coxas quando se lembrava do presente dele.
"Babe, você pode me pegar essa caixa?" Você apontou para a mesa de cabeceira dele.
Ele olhou para o pequeno arco e olhou para você. "Eu disse que não queria nada."
"Eu sei, todo mundo diz isso, é uma cortesia! Ninguém realmente quer dizer isso!" Você riu e o encorajou a abrir.
Arón colocou cuidadosamente a corrente de prata com uma pequena lua pendurada nela, parecendo vagamente sua tatuagem.
"Eu amo isso, obrigada, querida." Ele beijou seus lábios, colocando cuidadosamente seu corpo em cima do seu, fazendo você rir.
"Você está aproveitando toda essa coisa de aniversário."
"Claro, é meu direito." Ele sorriu antes de beijar você de novo.
Aparentemente, as manhãs de aniversário eram as melhores.
–––—
"Então, eu tenho a última surpresa." Você disse a Arón.
Você conseguiu arrumar uma mesa com algumas coisas. Alguns queijos, bolachas, chouriço e jamón, além de algumas garrafas de cerveja. Você encontrou uma vela para acender enquanto desfrutava da melhor noite, dadas as situações.
"Não sei o gosto, mas tentei o meu melhor." Você mostrou a ele uma torta de mirtilo com algumas pequenas velas para assinar parabéns.
Ele balançou a cabeça enquanto sorria. "Quando você fez isso?"
"Você adormeceu após a segunda rodada." Você colocou na frente dele e acendeu as velas.
Você cantou parabéns, sentindo-se quase intimidado pelos olhos castanhos dele por trás da chama das velas.
"Três desejos?" Você perguntou a ele.
Ele riu incrédulo, esquecendo completamente as velas e beijando-o apaixonadamente.
"Eu amo você, porra." Arón sussurrou em seus lábios.
Sim, seu aniversário de 23 anos acabou bem, afinal.
