Can you tell me what happened?

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Pov Lauren

Eu não resisti então. Nem se eu quisesse eu resistiria. Seu pergunte suave imediatamente adentrou minhas narinas, me deixando mais mole do que deveria.

Suas mãos me seguravam firme. Seus olhos não olhavam para nenhum outro lugar que não fossem os meus. Era verde intenso, único. Me causava frios na barriga.

Harry desviou o olhar para a minha boca, me fazendo seguir com os olhos. Minha respiração já se encontrava com dificuldades para passar por entre meus lábios entreabertos, eu queria.

Uma de suas mãos foram à minha nuca, fazendo-me suspirar. Harry Styles, naquele momento, tinha total controle sobre o meu corpo.

Envolvi meus braços em seu pescoço, minhas mãos trêmulas percorreram a sua alma. Harry foi se aproximando lentamente, sem pressa alguma, respirações bagunçadas juntas. Eu sentia calafrios por todo o corpo.

-Seu coração bate sempre assim?

Encostei minha testa na dele, sorrindo.

Harry colou o nariz no meu e aquela altura eu já tinha os olhos fechados. Pude IMAHINA-lo sorrindo. Apesar de eu ter mãos suando, corpo tremendo e respiração descompassada, era calmo.

E então acontecia. Harry me deu um selinho demorado, me fazendo sentir os seus lábios primeiro. Macio.

Ele me beijou suave, pedindo passagem na terceira vez. Em sincronia nossas bocas se abriram e as línguas procuravam uma a outra.

Continuamos devagar, descobrindo-as. Sentindo a massagem que ele fazia ali. Sentindo meus pés flutuarem. Um fluxo de energia pulsante me dominava.

Elas se enrolavam e dançavam, dançavam e dançavam, era bom. Suguei o seu lábio e ele mordeu o meu como resposta. Meu peito ardia pela experiência, eu nem havia me afastado e já sabia que queria de novo. E de novo. E de novo.

Harry me deu outro selinho antes de se afastar lentamente, voltando a ter a testa na minha. Eu mal podia acreditar.

-Tudo bem?

Ele disse baixinho, me trazendo de volta para o mundo real. Balancei a cabeça em sinal negativo, me esforçando para olhá-lo.

Um silêncio constrangedor se instalou no ar. Minhas mãos ainda tremiam enquanto eu as passava no cabelo, ajeitando-o.

-Quer jantar comigo hoje?

Harry perguntou. Sua voz poderia acalmar até os oceanos mais caóticos, seus olhos hipnotizar a criatura mais sem alma de todas.

-Seria um prazer.

Sorri, me afastando minimamente.

-Você pode ir lá pra casa, posso preparar algo legal.
-Você cozinha?
-Posso ser nova, mas sei bastante coisa viu?

Brinquei, o fazendo rir.

-Tem alguma coisa que você não saiba fazer?
-Oh... -as pernas fraquejaram- Com certeza sim.

Harry concordou de imediato com minha ideia maluca, me deixando feliz.

Girei as chaves e meu desejo era só um: que as coisas não estivessem bagunçadas. Abri a porta para ele, que estava parado atrás de mim, e a primeira coisa que víamos era o buquê incrível que ele havia me dado.

-São realmente bonitas. -disse corado-
-Seja bem vindo!

Dei um passo para dentro, fazendo sinal com as mãos.

-É a sua família?

Ele disse, virando de lado, observando algumas fotos.

-É sim.
-Sente falta, huh?
-Bastante.
-É o seu irmão? -apontou-
-Sim! -sorri- Muito bonitinho, né?

Harry riu, ele não se atreveria a não concordar.

-Acha que ele me aprovaria?

Eu o olhei, Harry me fazia corar a cada novo segundo.

-Oh, com certeza sim.

Harry riu, ficando em silêncio depois. Voltei meus olhos para baixo, desviando. Meu rosto certamente mostrava uma enorme sensação de vergonha, antes Harry tomar frente novamente.

-Vamos lá, eu te ajudo.
-Então quer dizer que o senhor Styles também cozinha? -brinquei-
-Bem, talvez não tanto quanto você.

Harry me lançou uma piscadela, sempre me fazendo sorrir. A cozinha estava organizada, tudo em seu devido lugar. Pensamos em fazer macarronada. Simples, porém divino.

Lavamos nossas mãos e eu peguei todas as panelas necessárias, as deixando na pia. Olhei para trás e ele estava lá, todo bonitinho colocando as coisas na mesa.

-Só um minuto!

Harry deixou a cozinha por um segundo e voltou com uma rosa na mão, a colocando no centro da mesa. Sorri ao vê-lo virar pra mim, me mostrando.

O observei servir ambos os pratos, o alimento que preparamos juntos brilhava em beleza. Quem diria?

Harry sorria, e era o que eu precisava, meu jantar estava aprovado. O cantor não mediu esforços ao elogiar meus dotes culinários. De novo, éramos uma boa dupla.

-Eu te ajudo.
-De forma alguma, você é minha visita.

O impedi de se aproximar das louças.

-Então depois você faz isso.
-É rapidinho, não se preocupa.
-Não e não!

Harry insistiu, delicadamente me segurando pelo braço, me apoiando contra a pia.

Aquela era a diferença entre ele e qualquer outra pessoa.

-Ou você para ou vou ser obrigado a te molhar. São escolhas.

Disse, ainda segurando minhas mãos.

-Oh... -o provoquei- Você não teria coragem.
-Lauren...
-Harry...

Sem me dar muito tempo para pensar, Harry jogava um pouco de água gelada em mim, me fazendo gritar em surpresa.

-Não acredito!!!

Me virei rapidamente e joguei o dobro de água nele, o fazendo passar as mãos no rosto para se secar.

-Super corajosa!

Comecei a correr em círculos pela cozinha, Harry tinha as mãos cheias de água, ameaçando jogar em mim a qualquer momento.

-Para, por favor! -ri-

Harry semicerrou os olhos, me fazendo acreditar que ele pararia até jogar mais um pouco em minha roupa. Sua gargalhada era uma delícia.

-Não fique brava, você está intacta!

Os olhos esmeralda se aproximou, tocando meu cabelo. Estávamos próximos de novo.

Não poderíamos ter tido uma noite melhor.
Um dia melhor.

-Obrigada por ter vindo, eu me diverti.

Me encostei sobre a porta, com ele já do lado de fora.

-Obrigado pelo convite, se eu não estivesse em um hotel... -sorriu- Te convidaria também.
-Não se preocupe...

Nos despedimos com um abraço apertado e muita, muita vergonha.

Pov Harry

-Bom dia, no quê posso ajudar?
-Bom dia, preciso fazer uma denúncia.

Falei sério, não me importando se seria ou não reconhecido.

Peguei uma senha e me sentei em uma das cadeiras de espera, decidido. O clima do local não era bom.

Esperei por volta de dez minutos até ter meu número no grande visor. Me dirigi até a cabine indicada, minha garganta travava.

-Bom dia senhor, o que houve?

Era um alívio ser tratado normalmente as vezes.

-Bom... Eu soube de um abuso e vim denunciar.
-Tudo bem, pode me contar o que houve?

Respirei fundo.

End Of The Day - 1Where stories live. Discover now