Forgive me?

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Pov Harry

Ela me interrompeu. Ela me interrompeu e eu senti o meu corpo fraquejar. Cambaleei por um segundo até a parede e me encostei, sem reação.

Os olhos estavam em mim, meu coração batia acelerado.

-Lauren? Lauren? Alô?

Gritei desesperado ao perceber o silêncio repentino do outro lado da linha.

-Não, por favor... Por favor...

Gemi quase que em dor ao sentar novamente no chão. Apoiei meus braços em meu joelho e escondi completamente minha cabeça no buraco que se formou, sentindo meus ossos quebrarem.

-Harry, o que foi? O que ela disse?

Alguma delas me chacoalharam, eu não respondia. Eu estava em choque, sistema nervoso paralisado.

-Tirem todo mundo daqui, é sério. Por favor.

Levantei a cabeça apenas para tomar consciência de quantas pessoas haviam ali. Olhei para Linz e a vi chorar, olhando para mim.

-Vamos, por favor.

Ouvi Mary dizer de algum lugar. Em instantes a sala ficara mais gelada, restando apenas eu, elas e Mary.

-O que ela falou? Você precisa dizer!

Gabriella dizia e era como se sua voz ecoasse em minha cabeça. Era como se meus olhos não conseguissem focar em um ponto só, deixando tudo embaçado.

-Harry, a polícia está aqui, eles estão olhando tudo em volta. Não quer sair?

Apenas fiz que não com a cabeça, tomando consciência aos poucos.

Respirei fundo, eu estava chorando.

-Ela... Ela dizia que estava tudo bem.

Mary e um cara de uniforme pararam logo atrás delas.

-O tom era diferente, parecia chorar.

Senti dificuldades para falar.

-Diga, rapaz!

Levei meus olhos marejados para cima, até ele.

-Eu pedi para que ela dissesse o meu nome caso tivesse alguma coisa errada, ou se estivesse em perigo...
-O que ela disse?

Linz soltou impaciente. Suas mãos estavam sobre as minhas.

-Ela disse. Ela nem me deixou terminar a frase. Ela disse o meu nome.

Falei e senti o clima da sala abaixar. Tudo o que eu escutava agora era a caneta no papel e o meu nariz em busca de algum ar.

Linz soltou a minha mão e eu a vi ficar mais fraca. Gabriella imediatamente levantou e gritou por ajuda, tentando segura-la.

Me levantei rapidamente e a apoiei contra o meu peito.

-Calma, respira! Fica calma!

Eu dizia mas nem eu me obedecia. Eu pedia por calma ao mesmo tempo que tinha meu rosto inchado por chorar. O caos estava formado para todos nós.

Gabriella chorava em algum canto, Mary falava com alguém no telefone, Linz mal conseguia respirar e eu não conseguia tirar da cabeça que ela estava em perigo agora. Que ela precisava de mim.

-Sim, nós precisamos de um carro diferente, agora! Ele não pode sair daqui com a polícia e eles também não podem conversar aqui.

Mary andava de uma ponta para outra. Voltei meus olhos até Linz.

End Of The Day - 1Kde žijí příběhy. Začni objevovat