Get me out of this reality.

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Saí apressado do prédio, diretamente para o carro. Com o celular em uma mão e as chaves em outra, liguei para a Mary.

-Mary! Tudo bem?
-Olá H, tudo certo.
- Por favor, eu preciso de um favor imenso agora. Estou indo para o hotel fazer minha mala rapidamente, precisarei viajar de última hora. Você poderia comprar passagem só de ida para Boston? Por favor?
-Sim, perfeito, vou olhar agora mesmo e te ligo passando o horário. Está tudo bem?
-Está sim, vou repor os ensaios. Muito obrigado.

Dei partida no carro e dirigi um pouco mais rápido do que o de costume.

Durante o caminho fui mapeando como seria. Eu acabaria conhecendo a mãe dela, mas ficaria em um hotel.

Estacionei o carro na garagem e subi para o quarto. Uma zona. Lauren teria vergonha se visse.

Tirei a mala mediana do armário e a coloquei aberta sobre a cama. Não sabia por quanto tempo eu ficaria, então peguei camisetas e calças. Dois sapatos, cuecas, escova de dente, de cabelo, perfume, desodorante, toalhas, carregador.

Fechei a mala e arrumei a cama rapidamente.

-H? O próximo vôo é as quinze horas, certo? Está comprada.

Olhei o relógio to telefone, eu tinha uma hora.

-Ótimo Mary, obrigado pela ajuda.
-Sem problemas, boa viagem.
-Obrigado, até mais.

Finalizei a ligação e rapidamente abri o e-mail, a fim de pegar os detalhes. Portão, companhia, poltrona. Tranquei o quarto e passei a mala pelo meu ombro, me dirigindo até a porta ao lado.

-Boa tarde senhor, posso ajudar?
-Sim, por favor. -coloquei a mala no chão-

-Eu preciso viajar de última hora, provavelmente uma semana fora. Mas estou deixando coisas no quarto. Posso levar a chave comigo?
-Bom, não é comum, mas podemos abrir essa exceção para o senhor sim.

Sorri.

-As camareiras têm acesso aos quartos, tudo bem?
-Sim, tudo bem.
-Ótimo, garantimos que estará tudo lá para quando voltar.

Ele disse digitando algo no computador a minha frente, provavelmente procurando meus dados.

-Boa viagem!

Agradeci, me afastando. Dentro to avião, meus fones de ouvido seriam peça chave para me fazer descansar pelas próximas cinco horas.

E assim foram. Acordei com o avião pousando e me lembrando do fuso horário. Tarde demais para uma visita.

Desci do mesmo e, no aeroporto, me encostei sobre uma pilastra enquanto esperava minha mala ser despachada. Peguei meu telefone, o tirando do modo avião.

-Lauren! Como você está? Estava acordada?
-Olá Harry, estou bem, na medida do possível.
-Ótimo.
-Como foi o ensaio?
-Ah... Você sabe, você fez falta. Eu não estava muito animado.
-Poxa...
-Você poderia me passar o seu endereço?
-Meu endereço? Daqui?

Seu tom de voz havia mudado. Eu sorria tentando não entregar tudo tão cedo.

-Isso, chegou um documento e... -gaguejei- Preciso da sua assinatura.

Pov Lauren

-Tudo bem, pegue um papel.

Passei o endereço e voltei a me deitar na cama. Eu sentia falta dele. E do meu pai. Meu rosto ardia por tanto chorar.

Peguei meu travesseiro e o abracei junto ao meu corpo, fechando os olhos. O dia havia sido horrível.

Fechei meus olhos e tentei deixar minha mente em paz por um segundo. Vez ou outra eu tropeçava no seu sorriso largo e sincero.

No seu jeito real e atencioso.

Na forma como perfeitamente bagunçava o cabelo.

Em como suas covinhas aparecem quando sorri com vergonha.

Era toda a sua naturalidade e sua essência. Harry tinha uma certa naturalidade em parar no meio da rua e sorrir para um estranho, por exemplo. Perguntar como havia sido o seu dia. Harry transmitia paz. E eu estava sentindo falta daquela paz.

Era uma mistura de felicidade e encantação, e eu só queria poder sentir de novo.

-Filha?

Ouço minha mãe batendo na porta, me trazendo de volta para a realidade.

-Vem jantar, tem frango que você gosta.
-Estou sem fome mãe, obrigada.

Respondi desanimada, a olhando por cima do ombro. Ela sentou calmamente ao meu lado.

-Está difícil para mim também, mas precisamos tentar. É o que ele gostaria.

Ela disse sorrindo, agradeci por ver aquele sorriso. Cerca de um minuto depois fiz força para me levantar, a acompanhando.

-Aposto que eu ganho de você nesse!

Brinquei, fazendo cócegas no meu irmão, arrancando alguns sorrisos.

-Cuidado, está quente.

Peguei a colher e me preparei para afunda-lá na travessa, mas fui interrompida pelo som da campainha.

-Você está esperando alguém?
-Não, vou lá.

Caminhei até a porta e...

End Of The Day - 1Where stories live. Discover now