Interview.

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Pov Harry

Lágrimas em meus olhos e enjôo em meu estômago, me fazendo queimar em raiva e arrependimento.

Ela não disse nenhuma palavra então. Meu peito subia e descia pelo peso de toda a situação, o silêncio perturbador estava entre nós outra vez.

Lauren afastou seu cabelo e, em um segundo, a minha corrente que estava com ela, estava de volta em minhas mãos.

Eu tentei dizer alguma coisa. Eu tentei sair do lugar, mas Lauren foi mais rápida do que eu tentando processar.

-Não...

Choramingue, ela pareceu não me ouvir.

Não parou. Não me ouviu. Eu não me mexi, enquanto via a garota que amava caminhar para longe de mim.

O que era uma droga de uma metáfora, não tínhamos para onde ir. Fechei a porta e soquei a parede, me arrependendo amargamente depois.

Juntei minhas mãos e apoiei a cabeça na cama mais alta, era impossível conter as lágrimas quando se sabia que acabara de perder algo importante.

A porta dava fim à algo que não tinha um fim.
Não poderia ter.

-Harry... Amigo... Posso te ajudar em alguma coisa?

Diego moveu sua cadeira de rodas até mim. Limpei as lágrimas rapidamente e fiz esforço para abrir os olhos.

Ele era bom demais para ter minha companhia naquele momento.

-Eu agradeço, de verdade. -suspirei- Preciso ficar sozinho agora. Muito obrigado.

Raspei a garganta.

-Pensar e... Dormir.

A agenda vinha em minha cabeça.

-Dormir porque amanhã tenho compromissos pela manhã.
-Tem certeza? Eu entendo, mas, as vezes... As vezes faz bem colocar para fora.

Ele sorriu gentil e eu fiz o máximo para retribuir. Tirei meu sapato de qualquer jeito e pulei para dentro de minha cabine, puxando a pequena cortina e apagando os pequenos pontinhos de luz.
...

Pov Bianca

Abaixei a tampa do vaso e me sentei. O banheiro era o lugar do ônibus onde você mais sentia o movimento das rodas no chão.

-Não vejo a hora de chegar no hotel.
-O que houve dessa vez? Tem sinal?

Ele disse, do outro lado da linha.

-Eu deixei escapar, Lauren surtou.

Soltei uma risada rápida, tapando a boca.

-Eles não estão bem, tenho certeza.
-Caramba...

Ele riu.

Silêncio.

-Eu só não queria que fosse assim.
-Bianca, o que está acontecendo? Você mudou muito em duas semanas.
-Deve ser esse ônibus.

Digo sem qualquer importância.

-Não foi culpa sua e, de qualquer forma, mais cedo ou mais tarde ela descobriria.
-E se eu perder o meu emprego? O que você vai fazer sobre isso?
-Você não...
-Pode ter certeza que eu sei muito sobre você e que se algo acontecer comigo, sobrará para você também.

Joguei sujo.
Como ele fazia.

-Você não vai perder o seu emprego.
-Você não sabe.
-Na verdade sim, eu sei. Esqueceu que eu estou diretamente ligado à ele e aos assuntos dele agora?

End Of The Day - 1Where stories live. Discover now