Hate to admit it but...

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Havíamos ficado apenas algumas horas separados, mas meus olhos se encheram ao vê-la de novo.

O coração batia como se não a visse por dias. Esse era o sentimento.

Ela parou imediatamente na porta, com o maior sorriso que eu já havia visto em seu rosto! Assim que ela parou, nos levantamos. Muito barulho, muitos abraços.

Ela entrou com as mãos na boca e olhava maravilhada em volta, eu adorava o fato de todos estarmos usando colares de flores. Era como um aniversário, só que melhor.

-Eu... O que é isso tudo??
-Apenas boas vindas, estamos felizes por estar aqui.

Gabriella falou primeiro, se aproximando da garota e deixando um colar de flores em seu pescoço, seguido de um abraço apertado.

Comecei a dedilhar o violão.

-Queremos você bem, somos uma equipe agora, a vida deve ser celebrada.
-Oh meu Deus...

Ela dizia ainda impressionada.

-Passaremos por isso com você. Forças!

Linz completou, colocando a coroa de flores em seu cabelo castanho, ela choraria a qualquer momento.

Eu deveria cantar? Deveria pedi-la em namoro? Deveria dizer algo que ela ainda não saiba?

Lauren caminhou até a minha direção, trazendo uma de suas mãos para mim. A segurei em meu peito. Ela sorriu, e foi nesse momento que notei que seu sorriso também me fazia sorrir.

-É só um pouco perto do que sinto por você. Cada flor aqui dentro hoje representa força, coragem e tudo o que você nos trás quando está por perto. Amor. Muito amor.

Ela sorriu envergonhada, eu dedilhava alguma melodia qualquer.

-E... -respirei fundo- Bom, como Gabriella disse, somos uma equipe agora. E você é importante para nós. Para mim. Sente-se.

A guiei, sentando-me sua frente. Naturalmente as cadeiras foram formando um círculo. Respirei fundo.

"I got a girl crush
Hate to admit it but..."

Eu cantava, sem tirar os olhos dela por um segundo. Ela sorria com lágrimas em seus olhos, eu mal podia conter o sorriso também.

Pov Lauren

Ansiedade, alegria, nervosismo, timidez, desejo, paixão, amor. Tudo de uma vez.

-E aí?? -Gabriella me cutucou-

Olhei para ela e apenas sorri.

-Oh, ele é lindo!! -cochichei-

Ela concordou com a cabeça, Harry sorria, provavelmente teria escutado.

Todos se levantaram rapidamente para aplaudi-lo, eu os segui. Ele calmamente deixou o violão na cadeira e caminhou até a minha direção. Ele mexia com o mundo inteiro.

Abri a boca para dizer algo, mas antes que eu conseguisse, Harry me pegou pela cintura e celou nossos lábios. Ali mesmo. Na frente de todo mundo. Harry selou nossos lábios suave, sem pressa, sem fome.

Envolvi minhas mãos em volta do seu pescoço, sentindo suas mãos me puxarem para ele, encostando em seu peito.

Ele era mais do que a lua e as estrelas no céu. Seus lábios contra os meus, uma poesia.

Me afastei devagarzinho ao escutar os gritos dos nossos amigos ao fumo, escondendo meu rosto no pescoço dele.

Eu estava paralisada novamente, completamente entregue à ele. Tão fácil.

Nada era mais bonito do que o sorriso dele encostado no meu.

-Que casal bonito!

Um deles disse chacoalhando o Harry, Gabriella me puxou para outro lado.

-Menina!!!

Gargalhei, Linz se juntava à nós.

-Estou sem reação, muito obrigada. Sério. Sem palavras.

Peguei um dos buquês em mãos, só poderia estar sonhando.

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Pov Bia

-Quem é?

Perguntei ao não reconhecer o rosto por trás da porta.

-Posso ajudar?
-Boa tarde, Beatriz, certo?

Ele disse tentando entrar, o barrei com o coração na mão.

-Posso ajudar? -repeti-
-Sim, talvez. É...

Ele parou por um segundo.

-Você pode me fazer um favor?

Não disse uma palavra, eu estava assustada demais para conseguir pensar em algo.

-Diga à sua amiga que eu fiquei bem chateado com a denúncia injusta sobre a minha pessoa. Diga também que estou disposto a conversar e acertar as coisas, sem próximas medidas.

Ele estava falando da Lauren. David. Eu gelava.

-O que eu tenho a ver com isso? Tenha um bom dia.

Tentei fechar a porta, ele barrou com o pé. Rindo. Como tinha o meu endereço?

-Por favor, faça o que estou pedindo.
-David, não é? Olha, o que te faz pensar que você pode vir até aqui e me exigir coisas? Essa é a minha casa e eu não te conheço.

Ele tentou dizer algo.

-Sinceramente? Apenas mantenha a distância necessária e todos nós ficaremos bem.
-Você não deveria...

Ele disse baixo, o medo que antes me dominava foi sendo substituído por uma raiva crescente.

-Eu não sei como descobriu meu endereço, ou meu nome, mas não volte. Meu namorado está ciente e a caminho, você deveria ir.

Digo apontando para a rua, ele seguiu minha mão com os olhos.

-Certo, espero que passe o recado.

Ele disse se afastando. Tranquei a porta imediatamente, percebendo o quanto minhas mãos suavam frio.

End Of The Day - 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora