As coisas que eu ainda não sei - MDZS AU

Capítulo 27 - Reencontros

Chegamos ao penúltimo capítulo. Esse não ficou muito grande, com 3107 palavras. Mas eu não quis ajuntar esse capítulo e o próximo em um só, para não ter coisas demais acontecendo.

Não economizem comentários, e se gostarem do capítulo, votem nele.

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Logo após Jin Guangyao ser atingido, a nave inimiga parte em retirada. Não há muito o que fazer a respeito disso, pois a batalha foi curta o suficiente para que o canhão principal de Shuanghua ainda não estivesse com força total. Atacá-los nesse momento iria deslocar uma quantidade enorme de energia e isso comprometeria os escudos. Nenhuma nave arriscaria a segurança de todos os tripulantes para realizar um ataque tão arriscado. Então, nada se pode fazer exceto vê-los ir embora. Entretanto, considerando todas as derrotas que a Frota Terrestre já teve, e todas as perdas de pessoas queridas, ver uma nave inimiga recuando, após perdas mínimas e um número baixíssimo de feridos graves em comparação a outros ataques semelhantes a esse, é acolhedor. A sensação de vitória, de que as coisas daqui para a frente seriam diferentes, de que o jogo tinha mudado, permeia a tripulação, que grita e comemora enquanto os inimigos Wen recuam.

Ainda havia trabalho a fazer. Logo após a rendição de Su Minshan e derrota de Jin Guangyao, o feitiço colocado sobre os pilotos de Lanling começa a ceder, e eles agora estão confusos, precisando de orientação, cuidados e resgate, presos em suas naves imobilizadas. Também há feridos para socorrer, e um prisioneiro importante para interrogar. O trabalho agora seria árduo, a fim de garantir que as duas naves ficassem em segurança. Tudo era mais complicado ainda, especialmente agora que Lanling estava sem comando e o Capitão Mingjue teria de assumir temporariamente as duas naves. Mas, para algumas pessoas, tudo isso era secundário nesse momento, pois a batalha tinha sido emocionalmente intensa para eles.

...

No silêncio do espaço, em meio a detritos, Bichen segura a mão de Chenqing:

- Wei Ying? Você está bem?

Após desligar a Consciência Expandida, Wuxian se sentia exausto. Ele tinha fechado os olhos e entrado rapidamente em um estado de meditação, visando reequilibrar o seu núcleo e afastar os impulsos violentos causados pelo uso de Energia Ressentida. Ouvir a voz de Wangji é um alento para o seu coração.

- Estou. Vou ficar. Só preciso descansar um pouco, Lan Zhan. Mas eu estou bem, de verdade.

Seu monitor ainda estava no laranja, e isso era preocupante considerando que seu corpo ainda estava frágil, mas já tinha começado a regredir e logo voltaria para o amarelo. Sem perder tempo, Wangji o pega pelo braço e leva de volta para Shuanghua. Enquanto medita para se estabilizar, Wuxian se deixa levar, como se fosse um monte de lixo espacial sendo rebocado. Uma vez no hangar, o mais velho rapidamente desce de Bichen e salta até o cockpit de Chenqing, entrando sem cerimônia.

Os cabelos de Wuxian acabaram se soltando, e agora estão espalhados em seus ombros e costas. Seu semblante demonstra claramente o cansaço. Ele parece tão frágil dentro daquela nave. Mas ao ver o amado, seus olhos brilham, e um sorriso genuíno invade o seu rosto.

- Eu estou bem, Lan Zhan...

O mais velho fecha a escotilha, e sem se importar se alguém mais estava monitorando, sobe na poltrona de piloto, se posicionando sobre Wei Wuxian, e o beija. Através desse beijo delicado, apaixonado e cheio de entrega, ele começa a transferir Energia Espiritual do tipo Yang para o mais novo. Passado o susto inicial, Wuxian sente rapidamente os efeitos benéficos daquele tratamento. Sua mente está mais clara, seu núcleo mais calmo, seu corpo, menos cansado. Ele envolve Wangji em um abraço e corresponde o beijo. Mas ambos estavam vestidos apenas com o traje de piloto, o que praticamente fazia se sentirem como se não vestissem nada. Então Wuxian empurra gentilmente o mais velho: