Capítulo 4 - Oficialmente noivos!

1.8K 117 4
                                    

Três meses para o casamento

  Hoje inauguramos a escola das crianças, está linda e muito bem equipada, como eu fiz questão de fazer.

  De longe eu vi Perigo, observando as pessoas ao meu redor que gritavam de alegria. Eu não via o homem por que eu sou apaixonada, até porque eu nunca estive apaixonada, eu via alguém que iria facilitar minha  evolução e a construção de novos projetos para a comunidade como: a creche, uma quadra coberta, melhoria nas casas.

  Eu aceitei o pedido de casamento, mas ainda estou em dúvida se fiz o certo. As coisas ainda estão só entre nós e minha mãe, para os outros nós só nos vemos com constância mas isso muda na semana que vem, quando ele vai me pedir em noivado na frente de todos, durante um baile que ocorrerá a noite.

[...]

  Eu estava indo em direção a boca, as pessoas me cumprimentavam com sorrisos no rosto quando escutamos um tiro e todo mundo corre em desespero. Minha mão vai para a pistola na minha cintura automaticamente. Eu tento acalmar minha respiração enquanto vejo as pessoas correrem feito loucas. Eu sabia que era o Alemão.

Muitos homens desconhecidos subiam o morro com armas pesadas, eu me escondi no beco, esperando para abater aqueles que não fossem meus homens.

– Caos — Menor gritou no rádio.

— Estou bem, preciso de alguém vigiando de cima, quero saber quantos  são. — Ordenei — Não mostrem suas posições e salvem os moradores a todo custo — conclui.

  Um dos homens passa ao meu lado, eu lhe dou uma coronhada, rasgo minha blusa e isso o tecido para amar suas mãos.

  Eu deixo o beco quando escuto uma criança gritar.

— Mamãe! — Ele grita em desespero. Vejo que do alto, um dos homens do Alemão mirar no garoto. Eu corro o mais rápido que posso e o abraço forte sentido uma ardência na lateral do meu abdômen.

— Larrisa! Rua principal, Sniper no telhado da casa a esquerda, estou baleada e com uma criança em meu braços, argh — Gemo.

  O menino chora em desespero e grita pela mãe.

— Shhh, está tudo bem — Eu tento controlar a respiração e não pensar na dor — Eu vou cuidar de você e vou te levar até sua mãe, prometo — Eu tento acarenciar seu rosto, aos poucos ele se acalma.

Obrigada — Penso.

  — Ah! — Exclamo quando meu corpo é virado — Larissa! — Eu olho para o telhado e encontro um dos nossos — Leva ele ate a mãe — Ela chama rádio para que alguém busque o menino.

— O ataque acabou, não conseguimos manter ninguém aqui, ou fugiram ou estão mortos — Eu assenti. Não estava com cabeça para isso, não naquele momento.

Quando um vapor chega para levar o menino, que se recusava a largar de mim, eu grito:

— Quando terminar... Argh ... entre nesse beco da frente — Tento apontar com a cabeça — Eu, tinha derrubado um dos dele, mas não sei se o libertaram.

— Entendi, volto em cinco Caos — Ele olha para Larissa que assente.

  Eles me levam até em casa, a minha visão estava turva, eu sentia muito frio e minha ferida latejava de tanta dor.

  Um médico de confiança chega em casa para retirar a bala, alojada, isso vai doer, eu tenho certeza.

— Não temos anestesia disponível no posto, terá que ser sem — Eu assenti e sinto minha mãe apertar minha mãe — Preciso que segurem ela — Larissa assente e segura meu braço esquerdo e minha mãe o direito.

  Quando ele começa a mecher a bala, eu sinto como se tivesse me cortando, me remexo tentando não gritar.

— Segurem ela com mais força — manda.

— Aaah — Grito de alívio quando sinto que a bala já foi retirada. Sinto que meu coração vai pular pela boca e o mundo a minha volta gira rapidamente — Me ... lembre, de priorizar... os cuidados... do posto — Ri para Larissa.

  Minha visão escurece e eu desmaio.

Uma semana depois

  Não posso dizer que estou cem por cento mas estou melhorando aos poucos.

  Minha ferida está melhor mas ainda incomoda, um pouco. Se eu pudesse ficaria em casa e não sairia por nada mas hoje eu serei pedida em casamento e me casarei em três meses.

  Eu optei por um vestido preto e bem curto, ele fica justo no corpo e tem uma fenda na coxa esquerda. Nos pés eu coloquei um salto confortável e no rosto passei penas base, rímel e um gloss avermelhado nos lábios.

  Eu estava pronta e bem nervosa para tal acontecimento.

— Beatrice — Minha mãe me chama — Está pronta para isso?

— Acho que sim — Ela me estendeu a mão, eu peguei e senti seu aperto.

— Vou estar segurando a sua mão — Sorrio e assenti.

  O baile está lotado e agora todos param para me cumprimentar com sorrisos no rosto, me sinto satisfeita, muito satisfeita.

  Eu não tento dançar, preciso me manter o máximo parada possível, ainda não posso me dar esse luxo.

Quando são por volta da meia noite eu observo Perigo se aproximar do palco e meu coração acelera, depois disso não tem mais volta, vai ser oficial.

  Não sei se estou fazendo o certo, tenho tanta coisa para pensar e ainda vou ter que organizar o meu casamento.

— Caos — Ele chama meu "nome"no microfone e faz um sinal com a cabeça para que eu me junte a ele.

  Eu finjo surpresa e nervosismo enquanto ando até o palco. Quando me aproximo ele segura uma de minhas mãos. Em seus olhos há uma frieza indescritível mas sua voz, seus gestos e até sua postura passam o extremo oposto, amor.

  Ele inicia um discurso, ao qual não dou atenção, aquelas palavras não eram para mim ... eu só olho para ele enquanto fala, como se tivesse admirada e sorrio de orelha a orelha.

Alô, Globo?

— Beatrice Giorno Costa, você aceita se casar comigo? — Como ele sabe meu nome? — Penso. Eu tento me concentrar  no homem a minha frente,  ele está de joelhos, um de seus homens segura o microfone próximo de sua boca, as suas mãos estão ocupadas pelo anel. Eu choro, não de alegria mas de dor. Respiro fundo e digo:

— Sim! — Eu aceno com a cabeça inúmera vezes, tentando passar animação mas por dentro me sinto uma idiota.

  Ele coloca o anel em meu dedo e se levanta passando a mãe em meu rosto com ternura, seus olhos são hipnotizantes, ele deixa um longo beijo em meus lábios.

  Eu observo as pessoas: Existem aquelas felizes, as confusas, existe raiva e inveja. De longe eu avisto minha mãe com o rosto banhado pelas lágrimas nos olhos dela eu vejo orgulho e sorrio por isso.

  Agora é oficial, estamos noivos!

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje😉

Nos vemos depois de amanhã e não esquece seu voto⭐

A dona do MorroМесто, где живут истории. Откройте их для себя