Capítulo 27- A calmaria antes da tempestade

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  Eu fui acordada no susto essa manhã quando Adam chutou a quina da cama com o dedinho e gritou tão alto que acho que puderam escutar ele lá da lua.

  Minha cabeça estava pegando fogo e minha mãe já tinha me ligado muitas vezes pedindo pra eu ir ficar um pouco com ela hoje. O que eu deixei para mais tarde já que Larissa e Madeilane foram me buscar para ir até o shopping, no asfalto, comprar algumas roupas para Tomás.

— Eu ainda não acredito que vocês me fizeram deixar o meu Morro pra carregar as sacolas!

— Para com isso, eu estou levando uma, viu! — Ela enfia a sacola na minha cara.

— Eu te daria um tiro, mas isso é um shopping e eu poderia ser presa — Larissa sorri por isso e nós continuamos andando.

— Ah, olha aquela — Madeilane sai correndo. Como ela consegue correr com uma barriga daquele tamanho? — É uma fantasia de girafaaa — Ela bate o dedo na vitrine muitas vezes — eu quero, a titia paga esse né? — Larissa olhou pra mim.

— Você vai ter um aumento, mas eu não vou te pagar adiantado.

— Aumento? Eu compro — Elas entram correndo e eu às sigo, como uma pessoa civilizada.

  Enquanto elas gritavam olhando as roupas da loja, um par de sapatos me chamou atenção. Eu deixo as sacolas com a recepcionista...

Chique né? A loja tem recepcionista!

  O sapatos são caros, mas são as coisas mais lindas do mundo azuis com nuvens e na frente escrito Toy Story. Eu adoro esse filme.

  Fui até uma o caixa, paguei e coloquei em uma sacola que concerteza iria comigo pra casa, quero fazer uma surpresa.

— Que estou com fome — Digo pegando as sacolas — Comprem o que faltar, vou ir fazendo os nossos pedidos. Onde querem comer?

— Qualquer lugar que tenha uma feijoada completa — Madeilaine disse.

— O Santos é o ótimo! E novo aqui, serve a melhor feijoada — A vendedora de voz seca recomenda.

— Santos? Tudo bem. O que você vai querer Larissa?

— Um pf... será que tem? — A vendedora assentiu — bife de frango, odeio carne vermelha.

— Ótimo — Antes de subir para o andar dos restaurantes eu passo em uma papelaria para comprar um embrulho de presente.

  Não foi difícil de achar o restaurante, eu fiz os pedidos e me sentei para esperar a comida.

— Chegamos! — Madeilaine anuncia a chegada.

— O que você pediu pra você?

— Um refrigerante de limão pra beber enquanto espero e uma lasanha de presunto e mussarela.

— Eu quero um pouco, posso ? — Eu estendi a lata para Madeilaine que sorriu ao pegar a lata — Eu adoro esse refrigente é o meu favorito — Ela bebe e segundos depois cospe tudo na gente — Ele tem cheiro de barata.

— Como é que é? — Larissa cheira o refrigerante — Ele cheira bem, mas como uma barata cheira?

— Eu sei lá? Me dá o meu refrigerante.

— O gosto tá horrível também — Nego com a cabeça.

— Isso porque sempre foi, Madeilaine — Quando eu vou responder a Larissa o garçom deixa nossa comida na mesa — Obrigada, parece delicioso. Pode me trazer um refrigerante de laranja.

— E um de uva pra mim, por favor! — Ela diz docimente.

[...]

  Quando chego em casa eu estou toda quebrada, me jogo na cama e fico de olhos fechados por alguns segundos até decidir levantar e embrulhar o presente do Tomás.

A dona do MorroWhere stories live. Discover now