Capítulo 8

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Júlia Keene

 Já se passava das 10h da manhã e eu me encontrava no banheiro segurando os cabelos loiros compridos de Giselly, ela havia bebido demais na noite passada, usei ela como um refúgio para sair daquela festa que mais parecia uma boate, não sei de quem era aquele apartamento, mas com certeza desafiou o limite de pessoas.

— Já acabou? — Perguntei sem conseguir encara-la agachada perto da privada. — Você precisa de um café bem forte e bastante água. — Resmunguei me direcionando para a cozinha.

— Eu passei do limite. — Giselly resmunga baixo se jogando no sofá. — Eu prometo me controlar na próxima.

— Não adianta você prometer! — Falei em um tom de reprovação. — Você nunca se controla.

Minha voz soou rígida e isso fez ela franzir o cenho e me encara irritada.

— Você viu a Charllotte? — Ela levantou procurando seu Iphone. — Queria saber se ela tá bem.

— Ela está bem melhor que você. — Respondi ironicamente. — Isso eu garanto.

Giselly permaneceu calada, me direcionei para o banheiro com a intenção de limpa-lo, pois eu sabia que meus pais iriam chegar e com certeza ia sobrar para mim.

— CADÊ A DROGA DO MEU CELULAR!! — Ouvi os gritos de Giselly totalmente descontrolada bagunçando toda a minha sala e isso com certeza não era bom.

— CALMAA!! — Gritei segurando seus ombros e os sacudindo de leve. — Onde você o viu pela última vez?

 Ela não me respondeu, pois não se lembrava, depois de arrumar toda a bagunça acabei encontrando sua bolsa e lá estava seu lindo Iphone e com algumas mensagens de Sophia e Charllote, queriam saber como ela estava, pois sabia que ela sempre exagerava nas festas.

 Depois de perceber que Giselly havia pegado num sono profundo no meu sofá, decidi ligar para Ashley, ela era a única que conseguia me ajudar nessa situação, meus pais não entendem muito minha relação com as meninas e isso me deixava muito desanimada, ás vezes. Liguei 5 vezes e não obtive resposta, deixei mensagens em seu Whatsapp e sua última hora de entrada foi ontem as 22:30

 Eu estava completamente perdida, até que decidir levar ela para outro lugar, pois meus pais não poderiam encontra-la desse jeito aqui.

— Levanta Gi. — Chamei lhe dando um leve tapa em seu rosto. — Preciso tirar você daqui.

— Eu quero dormir! — Giselly se contorce no sofá e isso me deixa ainda mais nervosa. — Me deixa Matt.

Fiquei totalmente em silêncio quando Giselly me chamou de Matt.

Quem é Matt?

 Isso ficou ecoando na minha mente até que consegui coloca-la em meus braços e carrega-la até a porta. Assim que descemos a coloquei sentada em um banco que havia perto do condomínio, logo consegui chamar um Uber

 Consegui pelo menos chegar até a porta de sua casa, eu nunca havia ido até lá, por isso precisei mexer em sua bolsa para achar o endereço, e pelo pouco que eu conhecia a Gi, não tinha como eu saber se ela morava sozinha.

— Estamos em sua casa. — Comentei ainda tentando levantar sua cabeça que não se aguentava reta. — Você mora com alguém? - Perguntei, mas não obtive nenhuma resposta.

 Liguei para Sophia, pois ela conhecia melhor a Gi e fiquei feliz por ela ter me atendido rapidamente.

— Está tudo bem? — Perguntei, pois eu havia deixado muitas mensagens em seu Whatsapp. - Preciso de ajuda.

— Eu estou bem, dormir na casa de um amigo. — Ela me respondeu de imediato, me tranquilizando — O que houve?

— A Giselly, como sempre. — Tentei ser o mais breve possível, pois o sol já estava ardendo em minha pele. — Eu estou em frente à casa dela.

— Não acredito. — Sophia fez uma pausa. — Ela mora sozinha, pelo que sei. — A resposta foi bem precisa e comecei a mexer em sua bolsa, tentando procurar alguma chave que abrisse aquela porta.

— Muito obrigada. — Agradeci — Ela dormiu em minha casa. — Justifiquei rapidamente.

— Mais tarde darei uma passada aí. — Ela afirmou. — Gi sempre a doida da turma.

— Verdade, eu poderia ter ficado com ela em minha casa. — Comentei dando um suspiro leve. — Mais você sabe. — Dei uma pausa. — Meus pais não iam gostar disso.

— Entendo, relaxa. — As palavras de Sophia me deixaram mais tranquilas, pois eu sabia que estava fazendo a coisa certa.

 Depois disso encerrei a ligação e encontrei a chave da casa de Gi, assim que entrei, reparei no sofá pequeno perto da TV e não demorou muito para que ela se jogasse lá.

— Eu vou precisar ir embora.  Sussurrei em seu ouvido. — Sophia vai passar aqui mais tarde.

Ela assentiu com a cabeça e voltou a dormir.

 Depois de voltar para casa, sentei na minha poltrona em frente a varanda e de repente ouço uma voz ecoar em minha mente

"Me deixa Matt"

 Essa voz era de Giselly, eu ainda não entendia o por que dela chamar por esse nome, eu decidi ocultar isso no momento em que liguei para Sophia novamente. 

 Nossa conversa não durou muito, pois estávamos todas atrás da Ashley que até o momento não havia dado nenhuma notícia e Tomás e Alana já estavam preocupados e por um minuto eu também fiquei até que recebi uma mensagem de um número desconhecido...

"- Preciso falar com você, não alerta as meninas. Beijos Ashley"

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O Amor é uma "Droga"Where stories live. Discover now