Capítulo 49

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Caio McKinnon

 Faz exatamente 2 dias que dormir no Kitnet da loira e não sei bem o que deu em mim para ter praticado tal ato.

 Pois havia prometido a mim mesmo que iria me afastar, mas ao ver a mesma indo em direção ao bar.

Aquele mesmo bar...

 Não aguentei, precisei ajuda-la novamente, mas dessa vez não a deixei se embebedar.

 Queria entender o motivo dela ter mudado de humor naquela hora em que quase passei dos limites.

 Ela parecia ter se lembrado de algo e preferiu não dizer nada.

 Estava distraído, observando a chuva cair forte lá fora, até que a campainha começou a tocar e eu franzi o cenho.

 Quem sairia de casa com uma chuva forte dessas, pensei.

 E assim que abri a porta, Joey estava parado e tentando fechar o guarda-chuvas que estava todo ensopado.

— Você é corajoso, eu não teria saído de casa. — Digo, assim que ele adentra a sala.

— Eu sei, mas nós precisamos conversar. — Diz ele, e era a primeira vez que ele ficava serio desse jeito.

— Assim você me assusta, cara. — Tento brincar um pouco, mas vejo que o assunto é sério.

— Olha, sei que esse assunto é proibido, mas preciso te falar que ela está de volta, cara. — Joey diz, passando as mãos nos cabelos.

 Franzo o cenho, não entendo a quem ele se refere.

 Uma pessoa me vem à cabeça e eu tento afastar os pensamentos, ele parece perceber e me pede para sentar e ouvi-lo.

— Olha ela foi no meu apartamento e... — Ele inicia e eu reviro os olhos. — Disse que não teve coragem de bater aqui.

— Eu não iria atender se ela viesse. — Afirmo, e ele percebe a minha frieza.

 Ele balança a cabeça negativamente, é como se ele quisesse que eu resolvesse isso.

Mas o que eu posso fazer?

 Ela preferiu ir embora e eu segui a minha vida, e agora ela volta e já quer entrar como se nada tivesse acontecido.

Não mesmo!

 Permanecemos em silêncio e vejo seu celular vibrar, ele pega, ler a mensagem e sorri.

 Deve ser a namorada, aposto.

 Um alerta surgi em minha cabeça e eu resolvo perguntar:

— Sophia sabe disso? — Perguntei, e ele pareceu não entender.

— Ela estava comigo quando ela chegou lá. — Respondeu, ainda vidrado no celular.

 Eu assinto, e vou em direção ao quarto, visto uma roupa mais quente e faço menção de que irei sair.

— Onde vais? — Pergunta.

— Resolver uns assuntos. — Digo, e ele se anima, pensando que irei conversar com a Kelly. — E se vê-la de novo, diz que eu mandei um foda-se.

 Ele revira os olhos, pois já esperava a minha reação.

 Agora é saber se a loira ficou sabendo disso.

 Já fazia mais de 1h que eu estava em frente ao seu Kitnet e para a minha surpresa, ela não queria me receber

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 Já fazia mais de 1h que eu estava em frente ao seu Kitnet e para a minha surpresa, ela não queria me receber.

— Gi, abre, eu sei que estais aí? — Chamei, mas uma vez.

— O que você quer? — E finalmente ela abriu a porta.

— Sabia que você fica linda, quando tá brava. — Brinquei, mas realmente, ela ficava bem mais sexy quando estava estressada.

 Ela revirou os olhos e me deu passagem para entrar.

 Assim que entrei me surpreendi com o que vi espalhado em cima da pequena bancada.

 Era uma pasta, que havia alguns papeis, cartas e fotos.

 Parecia ser a sua família.

— O que te fez sair de casa? — Perguntou, de braços cruzados. — Ou você não percebeu que está chovendo.

 Não pude evitar de dar uma gargalhada.

 Alguém acordou com um pé esquerdo hoje.

— Eu queria te ver. — Confessei, e me aproximei dela, sabia que ela ficava nervosa quando eu chegava perto.

— Por que? — Perguntou, me encarando.

 Fiquei em silêncio, eu não sabia exatamente o por que estava tão atraído por essa loira.

 Sei que era só para ter sido um plano maluco, mas eu agora me sentia totalmente viciado com a sua presença.

 Cheguei mais perto dela e acariciei seu rosto, tentando ver o que ela estava pensando.

 Mas tudo o que consegui perceber foi que a mesma estava me analisando e eu não estava entendendo.

— O que está tentando me dizer? — Perguntei, mesmo tendo ignorado sua pergunta anterior.

 Ela se afastou e pegou uma folha de caderno na bancada, e depois comparou com outro papel que havia em cima do sofá.

— Por que não me disse que tinha me ajudado? — Perguntou, me surpreendendo.

— Como assim?

— Não se faça se desentendido.

 Me aproximei dela e me sentei ao seu lado no pequeno sofá, observando os papeis que estavam em sua mão.

E merda!

Ela comparou as letras.

 Eu tinha escrito um bilhete no dia em que a deixei em sua casa e tinha deixado outro há dois dias atrás, avisando que iria embora.

— Você não iria entender! — Exclamei, me levantando.

— Quero explicações...

— Vou lhe dar todas, mas precisa acreditar em mim.

— Vou lhe dar todas, mas precisa acreditar em mim

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Beijos e até o próximo capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo...

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