O Amor é uma "Droga"

Capítulo 57

Ashley Marshall

 Foi bastante difícil esconder a minha empolgação, pois precisei espera-lo sair para que Tomás viesse trazer as minhas malas.

 Eu iria para Londres e estava decidida.

 Hoje mais cedo eu havia ligado para os meus pais que no início ficaram receosos, mas por fim se deram conta de que eu precisarei viver a minha vida e se eu estava feliz, era o que importava para eles.

 Estava tão alheia aos meus pensamentos que quase não ouvi a campainha tocar e assim que abrir era Tomás com todas as minhas bagagens.

— Eu espero que vocês fiquem juntos para sempre, pois não iria atrás de você para te ajudar com tudo isso. — Diz ele, passando um lenço na testa, pois o sol está quente lá fora.

— Eu pretendo ficar com ele pelo resta da vida, não sei se ele quer a mesma coisa. — Digo, o ajudando a colocar as malas no centro da sala.

 Percebo que Tomás observa o apartamento e parece procurar por algo.

— Ele não está aqui! — Exclamo, vendo se ele realmente trouxe as minhas coisas.

 Depois de conferir minhas coisas, percebo que Tomás não se encontra mais na sala e quando estava prestes a procura-lo, ouço um grito no quarto e rapidamente vou até lá.

— MONAAA, VOCÊ FINALMENTEE TIROOU O LACREEE! — Exclamou, gritando e foi aí que percebi que o lençol estava manchado.

 Emmett havia comentado sobre isso, mas eu não me dei ao trabalho de vir aqui e trocar as roupas de cama.

 Pois é, eu deveria ter vindo e trocado.

 Evitaria todo esse escândalo.

— Fala baixo, e sim. — Digo, o puxando pelo braço. — Me entreguei para ele.

— Você deve amar mesmo ele, pois com o último não foi bem assim. — Diz ele, relembrando meu relacionamento anterior.

 Thalles era um amor de pessoa no início do nosso relacionamento, mas o fato dele ser louco por sexo, foi o que nos levou ao termino, pois eu simplesmente não sentia vontade de fazer isso com ele e eu esperava que ele entendesse e respeitasse o meu tempo.

 Coisa que não aconteceu.

 Mas com Emmett foi diferente, eu sentia e queria muito, mas tinha um certo medo de como ele reagiria ao saber que eu ainda era virgem e para a minha felicidade o mesmo ficou bastante feliz, pois eu iria ser dele e de mais ninguém.

— Eu o amo demais. — Confesso, e Tomás me abraça.

— Estou feliz por vocês.

 Ficamos mais um tempo conversando até que Tomás precisou ir para casa, pois iria receber sua mais nova paquera e ainda queria ver se arrumava um pouco as coisas.

 Ele estava aproveitando que Alana estava passando alguns dias na casa de sua avó para marcar esse encontro e aplacar um pouco a carência que o mesmo dizia estar sentindo.

 Então como estava tudo feito, apenas tomei um banho e esperei ansiosamente por Emmett na sala e só queria ver a cara dele quando entrasse e visse todas essas malas.

 Minutos haviam se passado e eu já estava me sentindo muito ansiosa para que ele chegasse e como se deus tivesse atendido as minhas preses.

 Logo ouvi o barulho de chaves na porta, Emmett passou por ela e assim que entrou na sala, franziu o cenho, parecia confuso com tanta bagagem.

 Tudo o que fiz foi rir e o mesmo cruzou os braços, esperando por uma explicação.

— É sério que não vai nem chutar uma resposta? — Perguntei, ainda rindo e ele negou com a cabeça. — Irei para Londres com você.

 Assim que ouve minhas palavras, abre o sorriso mais lindo desse mundo e só o que faz é se jogar em cima de mim no sofá.

 Me beijando e me prendendo contra seus braços fortes, é como se demonstrasse que era tudo o que ele queria ouvir.

— Você não tem ideia da felicidade que estou sentindo. — Sussurra, nossas testas coladas enquanto acaricio seus cabelos.

— Eu tenho ideia, pois estou sentindo a mesma coisa!

 Nos beijamos novamente, entrelaço minhas pernas em seu quadril, apenas para acomoda-lo melhor, pois quero senti-lo de novo.

 Sinto que já está mais animadinho, pois fomos interrompidos hoje pela manhã e agora sei que nada vai nos atrapalhar.

 Ele entende o que quero, me pega no colo e me leva para o banheiro, franzo o cenho, achei que iriamos para o quarto.

 Mas já vi que ele levou mesmo a sério o fato de me ter em cada canto desse apartamento.

 Assim que ele me põe no chão, tiro sua blusa que eu havia vestido pela manhã e vou para dentro do box, abrindo o chuveiro e deixando que a água escorra por todo o meu corpo.

Passo as mãos pelos meus cabelos e o sinto atrás de mim, mas permaneço onde estou.

 Fecho meus olhos enquanto ele cheira meu pescoço e alisa meu corpo, me causando leves arrepios.

 Me viro de frente para ele, o beijando e correspondendo todas as suas caricias.

 E de repente ele me pega no colo e me encosta na parede, dando aquele sorrisinho sacana que conheço bem.

— Eu te amo tanto... — Sussurra em meu ouvido, mas não tenho tempo de responder, pois o sinto me penetrar devagar.

 Sinto um leve desconforto, mas não é nada insuportável e tudo o que sei fazer é senti-lo inteiro dentro de mim.

 Me entrelaço inteira nele, querendo sentir mais desse movimento gostoso que ele faz questão de aumentar quando percebe que estou perto de gozar.

 Segundos depois, gozamos juntos de baixo do chuveiro gelado que nem é capaz de varrer o calor dos nossos corpos.

 Minutos depois, já estamos de banhos tomados e assim que vamos para o quarto, percebo que ele para e fica me encarando.

— O que foi? — Pergunto, me aproximando dele e alisando seus ombros tensos que até minutos atrás estavam totalmente relaxados.

— Não usamos proteção dessa vez. — Afirma, e por incrível que pareça não fico tensa. — Podes tomar uma pílula.

— Eu não quero.

 Ele me olha surpreso e o puxo para um abraço.

— Então para você está tudo bem termos um filho agora?

— Se for para ser, vai ser!

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Beijos e até o próximo capítulo...