O Amor é uma "Droga"

Capítulo 50

Ashley Marshall

Já fazia mais de 1h que estávamos andando pelo shopping de New Crest e Emmett parecia extremamente pensativo e eu estava até agora tentando saber o motivo

— Você não parece feliz. — Afirmo e o mesmo me olha e dá um sorrisinho de lado.

— Estou pensando em como iremos embora nessa chuva. — Disse, tentando disfarçar o seu semblante sério.

Mais não estava adiantando!

Sei que estamos juntos a pouco tempo, mas já conheço suas faces, queria muito que ele se abrisse comigo e me contasse o que o perturba tanto.

Estávamos sentados no banco que ficava perto de uma loja de roupas de marca e tentei me aproximar mais dele, passando um braço por seus ombros que naquele momento estavam tensos demais.

— Me diz o que está acontecendo? — Pedi, massageando um pouco aqueles ombros largos e musculosos que eu tanto gostaria de poder tocar sem nenhum tecido me impedindo.

Se concentra, Ashely, isso não é hora!

— Lembra quando eu te falei que minha família mora em Londres? — Falou, me encarando e eu assenti, pois foi no dia em que nos conhecemos e ele nos prendeu na varanda. — Não sei como irei te dizer isso.

— Só me diga. — Peço, agora segurando seu rosto.

— Meu pai administra a empresa da família há anos, mas sempre gostou de fazer certos investimentos que as vezes não dá certo e isso acaba prejudicando o rendimento dela, entende? — Tentou explicar, mas eu não entendia muito disso, apesar da minha família inteira trabalhar com isso, eu mesmo não consegui me encaixar nesse mundo.

— Eu entendi, mas sei que tem outra coisa te perturbando por trás disso. — Digo, e ele acaricia meu rosto.

— Eu preciso voltar para Londres.

E foi como levar um tiro no peito, como assim ele teria que ir embora?

Como ficaremos?

Me afastei, tentando digerir aquela bomba que de repente caiu sobre a minha cabeça.

Ele percebe e se aproxima, tentando de alguma maneira amenizar a dor que estou sentindo.

— Isso não pode estar acontecendo. — Sussurrei, mas para mim do que para ele que estava agora com seus braços em volta da minha cintura.

— Meu pai me ligou há 2 dias atrás e falou que a empresa não vai bem e que está precisando de mim. — Conta, e eu o encaro parecendo incrédula, pois isso já faz 2 dias e ele nem para me dizer.

Me afasto rapidamente e ele tenta me prender em seus braços, mas eu consigo me soltar.

Sai andando rapidamente pelo estacionamento, que para a minha sorte é coberto, pois ainda chove lá fora, mesmo que a mesma tenha diminuído.

Quando chego perto do carro, sinto seus braços me agarrarem e eu tento me desprender, mas ele é forte e mais alto que eu.

— Não faz isso. — Pediu. — Eu sabia que irias reagir assim por isso não falei nada.

— E ia me contar quando?

Ele fica em silêncio, e eu suspiro.

— Já sei, só ia me dizer quando já estivesse indo. — Ironizo e ele balança a cabeça negativamente.

— Vamos para casa.

Tento protestar, mas ele é taxativo e eu acabo cedendo.

Chegamos no apartamento dele, e me jogo no sofá da sala, cruzo meus braços e fico imaginando como será daqui para frente, não sei mais como viver sem ele por perto.

Vejo que ele se aproxima, como se tivesse adivinhando meus pensamentos, ele me abraça dizendo que não irá sair de perto de mim e nunca irá me deixar.

Franzo o cenho, o que ele quer dizer com isso?

— Como assim? — Pergunto, pois agora não estou entendo nada. — Vai desistir de ir?

— Vem comigo?

Fico paralisada no lugar, como assim? Ir com ele.

Isso seria impossível.

Pois tenho a faculdade e não sei se minha família iria concordar com isso, apesar de que eu posso tomar minhas próprias decisões, mas mesmo assim, eles ainda pegam minha faculdade e recebo uma mesada para o aluguel do apartamento.

Então automaticamente, eu devo satisfações!

Ele alisa meu rosto, quando percebe que fiquei tensa, ele me surpreende e diz aquelas palavras que toda mulher deseja ouvir.

— Eu te amo, Ashley e não irei abrir mão de você.

Fico sem reação e a única coisa que faço é lhe abraçar, pois não esperava que ele me dissesse isso, pois não temos muito tempo de relacionamento.

Mas sinto que esse sentimento que temos é verdadeiro e sei que desde o início, ele sempre deixou claro suas intenções comigo.

Eu que dava um jeito de fugir!

Mas agora não quero mais fugir, pois sinto o mesmo por ele e não aguentaria se ele tivesse que me deixar, mas ele não quer isso.

Ele quer me levar com ele, e sinto que é como se ele tivesse me provando que tudo o que vivemos até aqui é real e que fomos feitos um para o outro.

— Eu te amo também. — Sussurro em seu ouvido, e ele se afasta um pouco e me olha com aqueles seus lindos olhos claros.

Não digo mais nada, apenas o beijo apaixonadamente.

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Beijos e até o próximo capítulo...