Capítulo 66

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Charllotte Wood

Já eram quase 21h da noite e eu me encontrava sentada no banco da praça, pois não tive coragem de sair daqui.

Sei que não contei muitos detalhes da minha relação com o Edward, pois é uma coisa que quero manter apenas para mim.

Pois foi um encontro legal e fomos para um dos meus lugares favoritos, mostrei-me para ele e ao mesmo tempo entreguei todo o meu coração.

Me senti totalmente vulnerável.

Mas era aquela velha história, nada é fácil nessa vida.

Sei que tentei de todas as formas possíveis conversar com aquele cabeça dura e era sempre a mesma história, então decidi deixar que pensasse um pouco, antes de tomar uma atitude definitiva.

Não é por causa da minha gravidez, o fato é que eu o quero e ele não acredita nisso.

Estava perdida em meus devaneios que não notei que alguém havia sentado ao meu lado.

Levantei meu rosto para saber quem era e levei um leve susto quando o vi ali me encarando tão de perto.

— Nossa, eu não esperava te encontrar aqui! — Exclama, cruzando os braços.

— Eu sempre venho aqui. — Respondi, também cruzando os braços e tentando não olhar para aqueles músculos maravilhosos que estavam mexendo com o meu psicológico.

Devem ser os benditos hormônios.

— Agente precisa conversar. — Suspirou, e tratou de senta-se mais perto, passando um braço envolta do banco.

— Pode falar, pois eu não tenho nada a dizer.

— Eu conversei com um amigo e ele me aconselhou a não fazer nenhuma burrada. — Disse, e senti um pesar na sua voz, tanto que virei meu rosto e engoli em seco quando o percebi tão próximo.

Demais para o meu gosto!

— Ok, e o que isso significa? — Perguntei, já impaciente com todo aquele arrodeio.

Engoli em seco quando colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Eu quero tentar...

Não aguentei, entrelacei os braços pelo seu pescoço e o beijei.

Tive receio de que não me retribuísse, mas para a minha surpresa fui correspondida até com uma pegada gostosa.

— Ei, calma. — Pedi, entre beijos. — Podemos ser pegos aqui.

— Então vem comigo?

— Para onde?

— Surpresa.

Gargalhei e deixei que me guiasse, pois queria mesmo saber o que ele estava aprontando.

Andamos por alguns minutos até chegarmos a uma casa de madeira, que ficava aos arredores do bairro de San Myshuno.

Apesar de que aqui era uma cidade que continha muitos apartamentos, mas tinha uma certa parte que era movida por casas e continha alguns lagos pelos arredores.

E assim que adentramos a casa, percebi que ela foi arrumada e continha uma mesa montada com o que parecia ser um jantar e fiquei boquiaberta quando avistei uma caixinha de veludo sobre ela.

— Espero que tenha gostado! — Sussurrou em meu ouvido, me deixando ainda mais derretida por ele.

— Eu amei demais.

E assim sentamos na mesa, conversamos e ainda descobrir que o jantar tinha sido feito por ele.

Uma lasanha de carne moída com suco de laranja, pois eu não poderia beber e então ele resolveu que iria me acompanhar no suco.

O Amor é uma "Droga"Onde histórias criam vida. Descubra agora