Capítulo 23

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Júlia Kenee

 Por mais que eu tentasse me concentrar no trabalho da faculdade, minha cabeça estava totalmente ligada na Ashley.

 Ela ainda não se deu conta, mas está apaixonada por ele.

 Uma coisa que eu temia que pudesse acontecer, mas confiei em que a mesma iria se afastar.

 Mas o fato dos dois terem se beijado, foi demais para minha cabeça, agora está tudo complicado.

 E eu estou me sentindo péssima por estar apoiando isso sabendo que a Charllotte também gosta dele.

Ou seja, é complicado.

 Eu prometi a mim mesma que não iria mais me meter nessa história, mas é inevitável, pois agora nesse exato momento, estou aqui no Bar da Pitú, em Strangerville as 22h da noite, esperando ela.

E ela estava muito estranha.

— Desculpa a demora. — Diz ela, se sentando na mesa. — Não acredito, que você está fazendo o trabalho aqui?

— Lá em casa não dava, estou com parentes. — Respondi. — Agora me fala, o que você aprontou dessa vez.

Ela me olhou com reprovação.

— Fui até o apartamento dele. — Disse ela, e eu continuei imóvel na cadeira. — Acabei de sair de lá.

Eu não sabia o que dizer, o que diabos ela foi fazer lá?

— Você sabe que está se envolvendo cada vez mais né? — Falei, sem nenhuma vontade de discutir sobre esse assunto que já era muito velho.

— Nós quase fizemos... — Disse e deu um suspiro, levando as mãos ao rosto, como se estivesse envergonhada. — Mas aí um dos amigos dele apareceu lá do nada.

 Eu apenas continuei ouvindo e não sabia o que falar, mesmo que minha vontade fosse de dar uma bela surra nela, eu jamais faria por que no fundo não era culpa dela.

 E pelo que percebi o interesse dele era ela, na verdade.

— Não vai me dizer nada?

— O que você quer que eu diga? — Falei, fechando o livro e juntando as folhas na pasta. — Não sei mais o que falar.

— Eu sei que estou errada. — Falou, e sua voz saiu chorosa. — Estou me afundando ainda mais.

— Calma, olha não precisa ficar assim. — Disse, para tentar acalma-la. — Olha e esse amigo que quase te flagrou lá?

— Foi um tal de Edward, mas ele não me viu. — Disse.

Dei graças por isso.

— Você precisa ter mais cuidado. — Falei. — É um risco ir lá.

— Eu sei, foi automático. — Disse, e percebi que o seu celular vibrou na mesa. — É ele.

 E foi aí que percebi que o caso deles estava ficando sério, pois pode ser que ele sinta o mesmo por ela, mas isso eu não tenho como saber.

 Só se eu conversasse com ele, coisa que seria impossível, pois as meninas iam saber.

— O que ele te enviou? — Perguntei, apenas por curiosidade.

Óbvio que eu queria testar minha teoria.

— Queria saber se eu já havia chegado em casa. — Disse, e guardou o celular.

 Minutos haviam passado, e nós já estávamos no Uber indo para a casa da Sophia, pois ela já havia me chamado para passar a noite lá, e era óbvio que eu aceitei, afinal minha casa estava uma loucura.

O Amor é uma "Droga"Where stories live. Discover now