O Amor é uma "Droga"

Capítulo 40

Charllotte Wood

 Não sei onde eu estava com a cabeça quando decidi ir naquele apartamento, mesmo a Gi ter me aconselhado que era melhor deixar as coisas como estavam.

Mas eu não me conformava.

 Era como se eu tivesse em uma competição e perdesse da pior maneira possível, e uma coisa ele tinha razão.

 Nós nunca tivemos nenhum contato, é óbvio que não foi por falta de tentativa, pois eu praticamente quase implorei por sua atenção naquela boate.

Mas ele estava ali com um simples objetivo, a Ashley.

 Nunca imaginei que ela fosse aceitar as investidas dele tão facilmente, pois do jeito que ela agia parecia que nem queria se envolver com ninguém.

 Lembro de uma vez que ela comentou sobre um namorado que teve na adolescência, e de como ele foi um babaca com ela, só por ela não ter dado o que ele queria.

 E eu duvido muito que essa relação entre eles dure, pois sei que ele não parece ser daqueles que fica sem sexo por muito tempo, e eu sei que ela ainda é virgem.

E talvez ele corra dela por isso!

 Se por acaso isso acontecer, eu estarei aqui linda e bela esperando por ele.

 Já eram quase 9h da manhã, e eu estava atrasada para a faculdade, e assim que passo pelos portões, já dou de cara com uma cena bastante desagradável.

 Aquelas que se dizem minhas amigas, apoiando o casal perfeito, até a Gi estava no meio o que me deixou um pouco decepcionada com ela.

Era só o que me faltava!

Então elas decidiram apoiar essa traição?

 Revirei os olhos e entrei na faculdade, queria ficar sozinha, pois não iria ficar naquele meio.

Não sei fingir.

 Estava tão distraída querendo sair logo dali, que acabei esbarrando em alguém...

— Nossa gata, que pressa é essa? — Disse uma voz masculina, e assim que me virei para encara-lo, percebi que o conhecia.

 Era o Edward, o loiro que tentou puxar conversa comigo na boate.

— Vê se olha para onde anda! — Exclamei, e me direcionei para a porta que levava os alunos para a cantina.

 Ainda pude ouvir o mesmo murmurar alguma coisa, mas não dei ouvidos.

 Eu só precisava colocar meus pensamentos no lugar e me sentar o mais longe possível das meninas quando chegar na sala de aula.

 Já se passava das 11h, quando nós fomos liberadas das aulas, e a única coisa que notei foi o quanto Gi estava diferente.

 Ela parecia distraída, assim que voltou para a aula depois de sair para ir ao banheiro.

 Como eu estava um pouco distante, decidi conversar com ela apenas quando todas fossem embora.

 Apesar de tudo, Gi era minha amiga, e sempre tentava me aconselhar e principalmente nesse momento.

 Ela costuma me dizer que sou dramática quando quero, mas o problema não era esse, pois se fosse eu que tivesse pegado alguém que elas estavam interessadas, iriam cair em cima de mim.

Com certeza.

 Estava sentada no banco perto do pátio, quando Gi se aproximou, e pela sua expressão, queria saber como eu estava.

— Vai ficar afastada? — Perguntou, e se sentou ao meu lado.

— Prefiro, não sei fingir. — Respondi, e ela sorriu.

— Você precisa entender que não tinha nada com ele. — Disse, e eu suspiro.

— Mas ela sabia dos meus sentimentos.

— Ela resistiu até onde pode. — Disse, e eu franzo o cenho, não entendendo.

— Quer dizer que ela pensou em mim? — Pergunto, apenas por curiosidade.

— Pensou, e ela está chateada por você está agindo desse jeito. — Revelou, e eu revirei os olhos.

— Olha vamos deixar esse assunto para lá. — Digo, e ela suspira. — E você por que ficou tão distraída quando voltou do banheiro?

— Ah, não foi nada... — Disse, e percebo que está fugindo do assunto, pois ela olha para o lado e avista um dos meninos indo embora. — Eu preciso ir.

 Assinto, e a vejo indo na mesma direção que ele.

 Gi sempre foi assim, nunca foi de se abri com ninguém, e ainda tinha o fato de ela ter voltado as boas com Matt, um ex-namorado que até hoje não desgruda dela.

 Ela teima em dizer que não aconteceu nada no dia em que ele passou a noite em seu Kitnet, mas eu duvido muito, pois sei que quando ela fica carente, acaba fazendo com o primeiro que aparece.

 Mas eu ainda prefiro acreditar nela.

 Apesar de que até eu estava na carência, pois fazia um tempo que eu não conhecia ninguém interessante, a única pessoa que me interessou agora está brincando de namorar com uma das meninas e isso era demais.

 Estava me levantando para ir para casa, quando aquele loiro parou na minha frente.

— Oi, gata. — Falou, e eu ri sem humor. — Você de novo?

— Pois é, parece que você deu para me seguir.

— É o destino.

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Beijos e até o próximo capítulo...