O Amor é uma "Droga"

Capítulo 22

Emmett Lewis

 Estava em um momento bem especial com a Ashley, até eu avistar aquele carro vermelho, que era do primo do Edward, ou seja ele cumpriu o que disse mais cedo.

 Que iria aparecer para conversarmos seriamente, uma coisa que achei desnecessária, pois não devo nenhuma satisfação a ele.

 Faço o que quero da minha vida não preciso de ninguém atrás de mim dizendo o que tenho que fazer.

 Estava parado na cozinha quando a campainha tocou, ou seja, ele subiu sem ser anunciado, coisa que iria ser péssimo se eu não tivesse visto o carro lá embaixo, pois não ia dar tempo de esconder ela lá dentro.

 Só espero que a mesma se mantenha lá como eu lhe disse.

 Abri a porta e ele já foi entrando.

— Nossa, você está muito caseiro ultimamente. — Diz ele, já se sentando no sofá e reparando na série que eu estava assistindo. — Nem aceita mais ir para as farras.

— Estou tentando tomar jeito. — Falei, e fui para a cozinha preparar um sanduíche. — Veio fazer o que aqui a essa hora?

 Perguntei e o mesmo franziu o cenho.

— Você nunca se importou com isso. — Disse, se levantando e se aproximando da bancada. — Você está realmente estranho.

— Já são 21h15 da noite, Edward. — Suspirei. — Você devia estar em alguma festa por aí.

 Tentei disfarçar para não prolongar aquela conversar sem sentido.

— Pois é, eu estava indo para a boate. — Disse, e percebi o mesmo olhando ao redor do apartamento. — Quer cheiro é esse?

— O que você queria conversar? — Perguntei logo de uma vez, e ignorei sua pergunta, pois o cheiro que ele estava sentindo era o perfume doce dela.

— Nada demais, só quero que desabafe comigo. — Disse, ainda olhando ao redor. — Isso é perfume feminino.

 Merda. Agora é que ele não vai me deixar em paz mesmo.

— Não tenho nada para dizer. — Afirmei. — Deve ser o perfume da diarista que esteve aqui mais cedo.

 Tive que menti, pois não vou me justificar e pretendo manter meu caso com a Ashley em segredo por enquanto, até ela me dizer que podemos assumir algo.

— Ok, então vou indo. — Disse, e isso me deu um grande alivio, pois preciso tirar a Ashley do meu closet. — Mas saiba que pode me dizer qualquer coisa.

 Assenti e o mesmo se direcionou até a porta, saindo e fechando a mesma.

 Fui até a varanda para me certificar de que ele realmente tinha ido embora.

 Depois que me certifiquei de que ele tinha ido, ouvi um barulho de porta se abrindo e notei que ela já se encontrava no corredor andando bem devagar.

 Ela é mesmo desobediente.

— O que pensa que está fazendo? — Falei, e a mesma tomou um susto, levando a mão ao peito. — Pedi para ficar lá até eu aparecer.

 Ela cruzou os braços e me olhou séria.

— Você não manda em mim. — Disse, e fez bico como se estivesse com raiva. — Quem estava aqui?

— Era o Edward. — Falei, e me aproximei mais dela. — Apareceu aqui do nada.

 Ela me olhou desconfiada, só espero que ela não pense que armei isso tudo para alguém pegar ela aqui.

Jamais eu faria isso.

— Que cara é essa? — Falei, e passei o dorso da mão em seu rosto. — Não está pensando que foi proposital né?

 Ela demorou para responder, mas depois abriu um pequeno sorriso me deixando aliviado.

— Vou confiar em você. — Disse, e se direcionou até a cozinha, me deixando no vácuo no corredor.

— Pode confiar. — Afirmei, e fui sincero. — Não quero que eles saibam.

 Ela assentiu e pegou o sanduíche que eu tinha feito e deu uma mordida.

— Isso está bom. — Falou, e logo percebi que seu celular vibrou em cima do balcão. — Nossa já são 21h20.

— Pois é as horas voam.

 Ela terminou de comer o sanduíche e disse que precisava ir embora, pois queria chegar em casa antes dos seus colegas.

 Assenti, e fiz questão de descer com ela até a portaria, pois eu precisava falar com o porteiro, para não comentar com ninguém sobre a visita da Ashley.

 Isso geraria um atrito e agora tenho que ficar ligado, Edward estava realmente determinado a descobrir alguma coisa.

 Descemos e ela já havia chamado um Uber para ir para casa, me ofereci para leva-la, mas ela disse que não era bom, pois se por acaso seus colegas tivessem chegado em casa iam fazer perguntas, e poderiam reconhecer o meu carro como já havia acontecido do Playground.

 Assim que ela entrou no carro, me direcionei para a portaria.

— Gostaria de pedir sigilo sobre a visita dela. — Pedi.

— Pode deixar. — Disse Gregory, o porteiro que a recebeu, o bom era que ele não sabia o nome e eu também não disse, assim as coisas ficariam mais fáceis.

 Depois disso, subi e fui fazer outro sanduíche para mim, pois ela havia comido o anterior.

 Voltei a assistir a série, e logo recebi uma mensagem do Caio.

 Confesso que tinha me esquecido dele e do nosso plano...

"Cara, tive uma sorte muito grande, mas descobri o que você queria. "

 Confesso que fiquei ansioso para conversar com ele sobre isso, só preciso saber como irei fazer isso sem Edward na minha cola.

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Beijos e até o próximo capítulo...