24.Eu já sabia que te amava

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Logo de manhã fomos acordadas por minha tia animada como sempre, após tomarmos banho descemos para o restaurante do hotel para tomar café. Enquanto comíamos minha tia lia o jornal do dia, e que por coincidência a nossa entrevista de ontem já havia sido publicada.

— "Para algumas pessoas a música é um passa tempo, para outras é uma compulsão por fama, e de vez em quando, surge uma pessoa para quem a música é um direito de nascença." - Minha tia lia a parte que falava sobre mim.

— Continua continua. - Emma disse.

— "De vez em quando um garoto surge e nos deslumbra com sua preciosidade, no que pode ser o talento maia desejado do mundo. Mas se esse garoto fosse uma jovem garota? Uma menina jovem e séria, com olhos castanhos, cabelo preto, e roupas deslumbrantes?" - Ela continuou a ler.

— E o que mais? - Eu e Emma falamos em conjunto.

— "No mundo dominado por pessoas importantes que já estão nisso a anos, surge uma jovem com olhos brilhantes e intensos de Birmingham. Ela é observadora, bem educada e tem sangue nos olhos, Hana Cooper continua a chamar atenção de todos". - Ela termina.

— O que importa pra eles é o meu sobrenome. - Reviro os olhos. - Não publicaram metade das coisas que eu disse.

— Hana querida, o sobrenome Cooper é apenas um extra, não ligue para esses repórteres. - Minha tia disse.

— Vamos fazer um brinde! - Emma sugeriu.

— A um futuro brilhante para nós! - Minha tia disse erguendo sua taça.

— A um futuro brilhante para nós! - Eu e Emma falamos em conjunto levantando nossas taças e brindando.

Terminamos de tomar café e voltamos para o quarto, hoje iríamos voltar para Londres após 3 meses longe. Arrumamos nossas coisas e descemos com tudo para a entrada do hotel, rapidamente o motorista colocou tudo dentro do carro e partimos para a estação de trem. Não demorou muito até chegarmos lá e pegarmos nosso trem.

(P.O.V JOHN)

"Ela é observadora, bem educada e tem sangue nos olhos, Hana Cooper continua chamando a atenção de todos." - Ada lia o jornal do dia sorridente.

— Quem diria que um dia aquela pestinha sairia nas notícias principais do jornal. - Arthur riu.

Eu escutava tudo o que Ada lia com atenção, depois daquele dia eu nunca mais a vi, e com o passar dos dias fui começando a cair na real sobre tudo que havia desmoronado em nossa cabeça de uma hora para a outra. Ela vivia em meus pensamentos constantemente e não havia nem sequer um dia no qual eu não me lembrava daquele dia, deixa-la ir doeu mais do que qualquer tiro que eu já levei na vida, e ainda continua doendo.

Agora estávamos seguindo caminhos distintos, estávamos nos tornando pessoas diferentes, e conquistando o que sempre sonhávamos juntos quando criança. Agora a família Shelby era mais rica que antes e nós éramos uma companhia importante, enquanto isso Hana era a sensação das notícias e estava cada vez mais crescendo também.

[...]

Ali estava eu em pé no quarto enquanto me ajudavam a colocar o terno, o dia que tanto me assombrou durante esses meses havia chegado, meu casamento com Izzy. Após terminarem de me ajudar as empregadas saíram, sente-me no sofá nervoso, coloquei as duas mãos em meu pescoço e abaixei minha cabeça me fazendo olhar somente para o chão, enquanto isso uma de minhas pernas não parava quieta.

O nervosismo tomava conta de mim por inteiro, me levantei e com passos largos fui até o escritório de Tommy que era o lugar mais proximo e peguei uma das garrafas de uísque fechadas em cima da mesa, sem demora abri a mesma e enchi o copo até transbordar. Com a maior facilidade do mundo virei o copo ingerindo o uísque de uma vez só e o enchi novamente.

Meu Eterno Shelby Where stories live. Discover now