102.Dívida paga

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— Pode falar, o que aconteceu? - Volto a olhar pra ela.

— Foi a uma semana atrás, minha vó finalmente se aposentou e foi morar em uma casa no interior. - Ela conta. - Eu fui a mansão aonde eles estão morando agora pegar o restante dos pertences dela e o dinheiro que ela faltava receber. - Se senta na cama. - Eu estava andando pelos corredores quando ouvi uma conversa...

— De quem? - Arqueo a sobrancelha.

— Seu pai, Margaret e Anne. - Diz pausadamente. - E eu nunca ouvi palavras tão monstruosas! - Engole a seco.

— Sobre o que eles falavam? - Desvio o olho.

— Eles estavam tramando algo... - Suspira. - Estavam tramando a morte do seu avô.

— O que?! - Digo confusa.

— Eles não aguentam mais seguir as regras do seu avô, querem logo assumir todo o legado e fazerem o que bem entenderem. - Ela explica. - Eu não sei como, mas eles estão planejando a morte dele, e eu acho que já deu início ao plano.

— Eles são piores do que eu imaginava. - Digo em negação. - Fazendo tudo isso por dinheiro???

— Eu tinha que te contar, agora esta nas suas mãos. - Ela diz olhando pra mim.

— Eu não sei o que fazer. - Coloco a mão na cabeça. - Eu não quero ter mais nada a ver com eles Emma!

— A vida de alguém está em risco Hanna, você precisa fazer algo, o avisar pelo menos! - Ela retruca de forma teimosa.

— Ele não se importou com a vida do meu tio. - Tento não dar ouvidos a ela.

— Hanna. - Chama por mim.

— O QUE EMMA!? - Digo nervosa, não a olhando nos olhos.

— Você não é assim e você sabe disso! - Vem até mim. - Acha mesmo que seu tio se orgulharia disso?

— Você tem razão... - Suspiro e a abraço. - Eu vou pensar bem no que fazer. - A solto. - Mas agora preciso focar no meu momento, não posso deixar que estraguem isso! - Sorrio.

— Isso! - Ela sorri.

Depois de prontas, Emma me ajuda a arrumar minhas coisas e então vamos definitivamente embora do hotel. Enquanto os funcionários colocam minhas coisas no carro, passo meu olhar meu enorme edifício aonde passei muito tempo. Ali chorei, ali sorri, ali eu estava quando me tornei a musa de Londres, esse hotel foi como uma casa pra mim e com certeza significava o ápice da minha solidão.

Entro dentro do carro e dessa vez era Emma quem dirigia para a casa de Tommy. Enquanto isso eu olhava para a paisagem, com meus pensamentos longe. Eu não sabia ainda o que fazer sobre a informação que Emma me deu, mas eu podia acreditar na tamanha maldade humana, a ambição fazia as pessoas fazerem coisas monstruosas.

[...]

Assim que chegamos na casa de Tommy, passo pela sala de jantar e vejo como a decoração estava bonita, uma verdadeira confraternização de noivado. Tommy havia cuidado de tudo, mas tendo pouco tempo, olhando cada detalhe eu sorria de ponta a ponta, todos aqueles pensamentos negativos e preocupações foram embora naquele momento. Me senti contagiosa novamente pela aquela alegria nova, de estar noiva do amor da minha vida.

Emma então decide ficar no andar de baixo, enquanto eu sou levada até o quarto que seria meu enquanto eu estivesse na casa de Tommy. O quarto era lindo, era bem a minha cara para falar a verdade, mais uma vez Tommy mostrando o quanto me conhecia. Sento com impulso na cama, sentindo a maciez do colchão, enquanto sorrio meu olhar é levado para o espelho, aonde de longe eu podia ver algo brilhando, era o anel em meu dedo.

Meu Eterno Shelby Where stories live. Discover now