10.Apenas eu e você

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Ficamos por alguns minutos abraçados ali, até que Arthur apareceu.

— John temos que ir. - Arthur fala com uma voz suave, meio envergonhado de interromper.

— Eu tenho ir, você vai ficar bem? - Acaricia meu rosto e olha em meus olhos preocupado.

— Claro que vou, pode ir. - Sorrio faço e faço um movimento com a cabeça lhe dando permissão para ir.

Em silêncio John me olha por breves segundos e então se levanta arrumando o sobretudo , logo indo se juntar aos outros. Arthur ainda parado a minha frente solta uma tosse e se senta rapidamente ao meu lado.

— Ta tudo bem Hana? - O mais velho pergunta.

— Ta sim Arthur, são só algumas coisas que ficam atormentando meus pensamentos, nada demais. - Suspiro fundo apoiando minha cabeça em minha mão.

— Qualquer coisa você sabe que pode falar com a gente não é? O John eu sei que as vezes você não quer preocupa-lo, mas você pode falar comigo ou com o Tommy. - Coloca a mão em meu ombro.

— Eu sei que posso contar com meus dois irmãos velhos. - Falo em tom de brincadeira.

O mesmo se levanta rindo e vai embora, fico por alguns minutos ali sentada até que decido ir para casa tomar um banho. Chegando em casa subo as escadas e entro em meu quarto, me despi e entao comecei a me lavar. Enquanto passava a água pelo meu corpo, comecei a pensar no que eu faria daqui pra frente, eu estava certa de que teria que conhecer minha irmã, e isso nem era tanto por mim, e sim por minha mãe.

Terei que ir morar naquela casa para descobrir quem é a minha irmã, e isso era algo que eu nunca planejei em minha vida, se eu pudesse nunca colocaria os pés naquela casa. Minha mente bagunçada estava começando a ficar em ordem, mas eu ainda sentis uma dor enorme em meu coração, ir para aquela casa e deixar todos que amo aqui era difícil, mesmo que eu não planejasse ficar lá por muito tempo.

Assim que eu aquele homem mandar me entregarem uma mensagem, eu terei que ir. Peguei a toalha e me sequei, passei um pouco de perfume e me sentei sobre a cama. Abri a pequena cômoda que havia ao lado da cama e retirei algumas de minha mãe, calada observei cada foto e imaginei como ela teria sido um pouco mais feliz se soubesse que seu primeiro bebê estava vivo, era por ela, por ela eu iria fazer o sacrifício de ir para aquela casa.

[...]

A lua já estava alta no céu e a noite estava um tanto refrescante, enquanto olhava a lua pela janela, senti meu corpo ser consumido por uma grande ansiedade. A ansiedade de não saber até quando eu ficaria em Birmingham, eu nunca fui alguém que vivesse com medo, sempre que podia vivia os momentos como se fossem os últimos. Por isso calcei meus sapatos e sai de casa indo em direção ao ao pub.

Abri a porta do pub e passando pelo meio da multidão de homens cheguei até o balcão sorridente.

— Vai beber o que querida? - Meu tio James pergunta sorridente.

— O Tommy me disse que agora começaram a vender Gin, um copo de Gin então por favor tio. - Respondi ainda com com o sorriso no rosto, enquanto apoiava meus cotovelos no balcão.

— É pra já! - Pisca pra mim e ri.

Enquanto esperava meu Gin me sento no banco e olho ao redor, eu não conseguia explicar a sensação que estava sentindo, cresci praticamente correndo por esse pub e agora nem sei quando irei voltar aqui.

Arthur e Thomas entram pela porta e ao me verem no balcão me chama para a cabine, pego meu copo de gin e vou até lá. Me sento na mesa enquanto thomas se serve de uísque e Arthur fuma um charuto, começamos a conversar e como sempre eu não conseguia segurar a risada com Arthur, em meio as risadas Thomas coloca um cigarro na boca me olha.

Meu Eterno Shelby Where stories live. Discover now