48.Você não é ela

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2 dias depois

— Mas e se um dia você se for? - A garotinha perguntou, enquanto sentia seus fios serem penteados.

— Você já estará grande Hanna. - Respondeu docemente enquanto passava a escova. - E não precisará mais de mim.

— Eu acho que sempre vou precisar de você. - Se virou e encarou os olhos da Mãe.

Despertei de meu sono e enquanto abria os olhos lentamente, suspirei. Eu havia sonhado com minha mãe, de alguma forma consegui reviver uma lembrança antiga, por meros minutos, mas consegui. Sentada sobre a cama, permaneci parada encarando a cortina a minha frente.

Parecia tão real, real ao ponto de eu me emocionar, eu lembrava perfeitamente de minha mãe, mas no sonho consegui sentir a sua presença novamente. Sai de meus pensamentos e então me levantei, fiz minhas higienes e abri o grande guarda roupa. Optei por um dos vestidos e logo o coloquei, ele era longo, todo coberto por um tecido leve e transparente e seu forro carregava um tom rosado frio, discreto.

Seu decote em formato V era sútil e bonito, a manga também era coberta pelo tecido transparente, somente ele, deixando meus ombros um tanto a mostra.

Sai do quarto e caminhei pelos corredores até a sala de jantar para tomar café, o sonho com minha mãe havia me deixado de bom humor, o que me fez caminhar com um sorriso até lá

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Sai do quarto e caminhei pelos corredores até a sala de jantar para tomar café, o sonho com minha mãe havia me deixado de bom humor, o que me fez caminhar com um sorriso até lá. Assim que cheguei me deparei com Margaret sentada a mesa, e por outra porta, meu pai adentrava ao cômodo também.

— Bom dia filha. - Meu pai disse com um sorriso no rosto, enquanto arrumava o botão do paletó.

— Bom dia. - Fechei o sorriso e me aproximei da mesa.

Margaret passou seu olhar breve por mim, me olhou dos pés a cabeça como de costume e então voltou ao que estava fazendo. Permaneci calada e comecei a comer, e assim ficamos por um tempo. Meu pai não passou muito tempo na mesa, apenas comeu um pouco e saiu, deixando apenas eu e sua esposa a mesa.

Enquanto eu comia, não deixava se perceber os olhares constantes de Margaret em mim. Tinha momentos que ela simplesmente parava e me encarava, as vezes com aquele olhar esnobe de sempre e as vezes ela parecia estar perdida em seus próprios pensamentos, nostálgica.

— Pode me explicar o por que esta me encarando tanto hoje? - Falei enquanto enchia minha xícara.

— No dia que eu a vi...ela usava um vestido parecido com esse. - Falou pensativa, encarando sua xícara. - O fato de vocês serem tão parecidas me irrita.

— Ela quem? - A olhei confusa.

— Sua mãe. - Olhou para mim. - Você não parece surpresa.

Meu Eterno Shelby Where stories live. Discover now