41.Ainda não acabou

3.8K 296 92
                                    

( P.O.V HANNA)

Assim que terminei de ver algumas papeladas, me levantei e sai do The Empire, logo pegando meu carro e indo para a casa de Tommy. Estava tranquilamente dirigindo pelas ruas de Londres, até que vi uma imagem que preferia evitar. Vi Izzy saindo de um restaurante com sua tia, não consegui não reparar em sua barriga que estava visivelmente grande.

Ela sorria como se sua vida estivesse perfeita e não tirava a mão da barriga, imediatamente estacionei o carro às pressas e encostei a cabeça no volante, respirando fundo. Foi como se eu tivesse levado uma facada, ali dentro de sua barriga havia um filho dele, um fruto. Sem levantar a cabeça deixei algumas lágrimas cairem, foi inevitável.

Era incrível como eu estava vulnerável quando se tratava de John, e eu odiava isso com todas as minhas forças. Respirei fundo e limpei o rosto, olhei meu rosto pelo retrovisor e arrumei meu cabelo. Voltei a dirigir e fiz o máximo de esforço que pude para me concentrar na estrada.

[...]

Assim que cheguei na casa de Tommy uma das empregadas me deixou entrar e disse que ele estava em seu escritório, enquanto caminhava até lá olhei pelas janelas e vi que a lua já se fazia alta no vasto céu escuro. Cheguei em frente a porta e bati três vezes, como costumava sempre fazer e logo fui recebida com um "entra".

Abri a porta e logo de cara vi Tommy sentado em sua mão, com uma garrafa de bebida ao seu lado, obviamente. Fechei a porta com delicadeza e fui caminhando até ele, sua expressão essa serena e ele olhava para baixo. Fazia muito tempo que não o via assim, a última vez foi quando meu tio morreu.

— Tommy sou eu... - Falei me aproximando.

— Imaginei que fosse, só você bate três vezes. - Sorriu brevemente.

— Como você está? - Me sentei a sua frente.

— Estou otimo... - Balançou a cabeça positivamente. - Aquela cena fica se repetindo na minha cabeça, o último sorriso dela...

— Tommy não foi culpa sua. - Falei o olhando preocupada.

— Foi sim Hanna, a culpa é toda minha. Aquele tiro era pra mim! - Disso com voz de choro e colocou o copo na mesa com certa forma.

— Tommy... - Me levantei.

Me doía vê-lo assim, eu sabia bem como era aquele sentimento de culpa, Tommy era minha família, meu irmão e eu ficaria ao lado dele, assim como ele sempre esteve do meu. Me levantei da cadeira e dei a volta na mesa, indo até ele. Assim que cheguei perto, sentado mesmo Tommy abraçou minha cintura e encostou sua cabeça em mim como uma criança.

Ele chorava em silêncio enquanto me abraçava e eu sem dizer nada o confortava, eu conhecia ele, palavras não adiantariam, ele só precisava que segurassem sua mão e não o deixassem cair.

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Meu Eterno Shelby Onde as histórias ganham vida. Descobre agora