olá minha gente!
seja muito bem vinde a difudê outra vez novamente de novo. finalmente voltei! com mais uma historia readaptada pra vocêsa quem não conhece a história, espero que goste! a quem já conhece, espero que goste das personagens e consiga se conectar com elas. que felicidade estar aqui!!!
qualquer coisa, estou aqui e no twitter (@vistapromarz)
um xeroooo e aproveite, faço com muito carinho sz
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Salvador parou.
A multidão de fiéis iam debaixo de sol felizes. Só com fé, mesmo, porque a terra de todos os santos parece ter um sol em homenagem a cada um.
Só a Fé pra levar esse povo Colina Sagrada acima no dia da Lavagem.
A Fé, o pagode e a cachaça, claro.
Na Bahia, sagrado e profano andam lado a lado sem briga.
De fé, Emanoela entendia. E não era exatamente católica. Mas o prefeito de Salvador tinha que subir, e por isso lá ia ela debaixo daquele maldito sol escaldante, pela reeleição de seu pai pela "milésima" vez.
Pelo menos ela podia conversar com as senhoras ousadas que se metiam a fazer a caminhada, ela gostava de idosos.
Mas as férias na Suiça faziam falta, muita falta.
Férias? Layla não sabia o que era descanso. Talvez, no máximo, deitar na rede nos fundos da casa e ficar por lá mesmo depois dos irmãos dormirem.
Mas de festa ela entendia. E muito.
Mais ansiosa pro Carnaval que ela, só sua inseparável cantora de Axé e melhor amiga, Iara.
— Bora mainha, que moleza da porra! — provocou, gritando a coroa que tava um pouquinho afastada.
— Eu tô ouvindo você xingar daqui, Ivana Clara! Acha que eu não acerto a havaiana daqui?
— Ave Maria. — elas gargalharam. — Ela pega ar vei, é ótimo.
— É, mas deixe Dona Sônia, Iara, cada um sobe no seu tempo. Além disso, dá pra ver o prefeito daqui.
— Oxe, e daí?
— Daí que tá uma comédia a filha dele subindo com aquela calça. Quem ainda veste calça em Salvador? Só se for no shopping.
— Ah, mas ela é bonita e rica né? Ela pode. — deu de ombros. — A calça deve até se climatizar sozinha, o que o dinheiro não faz?
— Não faz a reeleição do prefeito, quem faz é a gente.
— Verdade. Mas mainha diz que é tudo comprado e que Bahia é dele.
— A Bahia é da gente, rapaz. A gente que enche as ruas e faz a festa acontecer. — Iara sorriu. Adorava a visão de mundo de Layla, porque era muito parecida com a sua.
— Falando em festa, Carnaval...?
— Coladíssima, eu e você. Quem sabe esse ano você não se mete a subir no trio e cantar que nem Claudinha.
— Se eu subir, vão achar que é Veveta.
— Você se acha né vei?
— Eu só não canto com Veveta porque ela não me viu ainda, mas eu vou cuidar disso, me aguarde!
Bem do ladinho, a preta revirou os olhos com a conversa das duas doidas. Mas achou graça. A galera da Bahia devia ser estudada.
E era o que Luísa estava fazendo ali, além de ouvindo a divertida conversa das amigas. Claro que aproveitaria para amarrar uma fitinha e tomar um banho de pipoca, mas o objetivo era terminar seu TCC sobre Sincretismo Religioso em Salvador.
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Difudê
RomanceSalvador, Bahia, terra oficial do sagrado, do profano e da farofa com dendê; é um grande palco pros sonhos de Iara, que vê uma oportunidade de fazer arte a cada canto. Quando, numa situação inusitada, conhece a jovem Eva, as duas descobrem um sentim...