E não grite comigo não.

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pontual! boa leitura sz


Iara levantou de manhã e era dia de faxina. Isabella seguiu deitada, assim como o pai delas.

— Bom dia mainha. — beijou a testa da mãe, que tomava café à mesa.

— Bom dia, Ivana.

— Já vai pro salão?

— Eu não tô afim não, mas tem que ir né? Daqui a pouco tô lá. Sua amiga que marcou uma hora lá hoje, não foi?

— É, ela vai levar Betinha também.

— Meu Deus, aquela menina é o cão.

— Oxente, mainha. — riu Iara. — Ela é um amor. Cadê, tem pão ou tem que comprar?

— Eu fui comprar, tá na cozinha.

— Hmm, acordou disposta! Tirou a calça jeans pra dormir, foi? — foi na cozinha pegar uma banana e o pão.

— Me respeite. E o que era que você tava mais Isabella brigando de madrugada?

— Ah, não foi nada demais não. — disse com a boca cheia de banana.

— E você tá indo dormir tarde da noite por quê? Acorda parecendo um bicho, com essas olheiras...

— Ai mainha, namoral... — foi tudo o que disse, botando o café.

— Estou falando sério, Ivana. Pra que porra você dorme tarde?

— Eu tava conversando com uma pessoa, pronto.

— Você tá namorando, não é? — quase que ela cospe. — Você voltou com Mariana?

— Não mainha, pelo amor de Deus. E eu não tô namorando, só tô conhecendo alguém.

— É a menina que Layla me falou?

— Vei deve ser, porque ela sempre atualiza a senhora das fofocas, né?

— Cuidado, Ivana.

— Com ela, com Mariana ou...?

— Não sei, cuidado. Eu acho que você não tem juízo nenhum, às vezes.

— Te encho de preocupação, né?

— Óbvio, eu sou sua mãe. Eu fiz você, com seu pai. — Iara fez uma careta. — Ok que a gente tinha bebido bastante no dia, era farra e...

— Que nojo mainha, me respeite!

— O que importa é que eu fiz você, você é obra minha, você veio daqui da minha barriga. Então não quero que se machuque nem me faça vergonha, principalmente se envolvendo com coisa que não presta.

— Eu acho que ela presta. Mas... Carnaval tá aí. — falou, esperando que isso encerrasse o assunto.

— Fique esfregando a boca em tudo quanto é diabo na rua e depois venha com "ai mainha minha garganta, eu tô com dor no corpo, bota aqui colírio no meu olho de conjutivite...", eu largo você sozinha, se essa mulher quiser te dar remédio ela que venha. — Iara gargalhou, mas fazendo cara de nojo.

— E como é que a senhora sabe que as meninas adoram se vestir de diabinha no carnaval? — riu.

— Tome vergonha! — bateu com o pano de prato nas perna dela, e Iara gargalhou.

— Ai! Vai dona Sônia, trabalhar que eu tenho que limpar essa casa.

— Me conte da menina antes de eu ir.

DifudêWhere stories live. Discover now